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Entenda quando as idas ao banheiro são um sinal de alerta

Especialistas explicam que paciente pode ter bexiga hiperativa, que ocorre por conta da contração involuntária do músculo do órgão


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Imagem ilustrativa da imagem Entenda quando as idas ao banheiro são um sinal de alerta
Bexiga hiperativa gera uma urgência em urinar |  Foto: Imagem ilustrativa/Canva

Se estiver procurando um banheiro para urinar muitas vezes ao dia, fique atento. Esse pode ser um quadro de bexiga hiperativa!

Acompanhada ou não de incontinência urinária, que é a perda involuntária de líquido, a bexiga hiperativa gera uma urgência em urinar e habitualmente está associada ao aumento da frequência urinária e noctúria (vontade de urinar durante a noite), na ausência de causa infecciosa.

O problema ocorre por conta da contração involuntária do detrusor, músculo da bexiga, antes do enchimento completo do órgão.

A condição afeta a qualidade de vida do paciente, interferindo em atividades de trabalho, lazer e no momento de dormir. A pessoa, inclusive, pode ficar ansiosa e depressiva.

Segundo o urologista Guilherme Sanches Emerick, as causas para a bexiga hiperativa podem ser neurogênica (devido a condução dos nervos até a bexiga), miogênica (alteração da musculatura vesical), urotelial (devido a condições físico-químicas do local da bexiga) e idiopática (sem causas definidas). Também é consequência da doença Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).

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Cuidados

Em relação aos cuidados, o urologista Felipe Merlo Magioni explicou que o tratamento inicial inclui medicação oral, reabilitação do assoalho pélvico e terapia comportamental.

Ele afirmou que alguns casos são refratários e evoluem para uma condição mais séria e, assim, necessitam de cirurgia de neuromodulação sacral ou uso de toxina botulínica.

É importante ressaltar que a bexiga hiperativa pode também ser sinal para outras doenças.

“Ela pode estar relacionada a algumas doenças neurológicas ou alguma patologia que possa acarretar em dano da função renal”, disse Felipe. Acidente Vascular Cerebral (AVC), Trauma Raquimedular (TRM), esclerose múltipla e mielomeningocele foram citadas pelo profissional.

No caso dos homens, a bexiga hiperativa também pode ser sinal de doenças da próstata, segundo Guilherme.

Especialistas recomendam a procura de ajuda médica ao notar alterações no hábito urinário para investigação e tratamento.

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Cura é possível na maioria dos casos

Assoalho pélvico

Dentre os tratamentos para bexiga hiperativa está a reabilitação do assoalho pélvico.

A fisioterapeuta Tielle dos Santos Alves disse que esse tratamento envolve exercícios e técnicas para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que ajuda a melhorar o controle da bexiga. Algumas abordagens utilizadas, são:

Biofeedback eletromiográfico

É um dispositivo que utiliza sensores colocados na pele ou dentro da vagina ou ânus para medir a atividade muscular. “Utilizamos um gráfico dentro de um jogo onde é possível ensinar a forma correta de contrair e relaxar os músculos do assoalho pélvico”, afirmou Tielle.

Neuromodulação

Estimulação dos nervos, por meio de impulsos elétricos, para estimular e organizar a condução desses impulsos para a bexiga.

Terapia Comportamental

Treinamento da bexiga que envolve urinar em horários programados, aumentando gradualmente os intervalos entre as idas ao banheiro para melhorar o controle da bexiga.

Fisioterapia Pélvica

Junto do paciente, a fisioterapeuta desenvolve um plano de exercícios personalizados e fornece orientação sobre a execução correta deles.

Cura

“Na maioria dos casos é possível curar a condição, exceto em situações de anormalidades congênitas ou alterações neurológicas, onde o tratamento ameniza os sintomas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente”, disse Tielle.

Fonte: Tielle dos Santos Alves, fisioterapeuta.

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