Setembro
Coluna foi publicada no domingo (1º)
Pelo valor institucional das camisas, pelo simbolismo histórico dos clubes e pelo tamanho de suas legiões de adoradores, Flamengo e Corinthians fazem um jogo na Arena Itaquera, na tarde deste domingo (1º), daqueles de mexer com os nervos de seus torcedores. Mas só mesmo o futebol para fazer o apaixonado espectador considerar a tese do equilíbrio num confronto entre um time que venceu 32 partidas nas 51 que disputou com um outro que venceu apenas 17 neste mesmo número de jogos.
O abismo que separa os dois times no Brasileiro embaralha inclusive a discussão que mais acalora os grupos no zap: até que ponto o sucesso de um time numa competição está atrelado ao tamanho do investimento que ele recebe na aquisição de jogadores?
Será que os R$ 107 milhões a menos que separam o Corinthians do Flamengo nos valores investidos em reforços este ano justificam a ridícula campanha do clube paulista nesta edição da Série A, com apenas quatro vitórias em 24 rodadas?
Ontem mesmo o portal de esportes da Globo.com mostrou que o Corinthians foi o quinto que mais investiu em contratações este ano, gastando R$ 167,5 milhões em 18 aquisições.
O Fortaleza foi o 14º, desembolsando três vezes menos – R$ 54,3 milhões, em 12. Pois o Corinthians segue enlameado no Z-4 e o Fortaleza faz campanha histórica na luta por seu primeiro título do Brasileiro.
E não há nada que os assemelhe ou os aproxime nessa discussão - muito menos ao Flamengo, o adversário desta tarde.
Problemas físicos
Por isso, apesar de todos os problemas físicos que abalaram o trabalho de Tite em agosto, o time rubro-negro, postulante ao título, não pode pensar em tropeçar. Sob risco de ver seus principais concorrentes neste rali ganharem pontos de vantagem nesta reta final.
Envolvido pelos confrontos com Bahia e Peñarol pelas Copa do Brasil e Libertadores, o Flamengo terá este mês jogos contra Vasco, Grêmio (fora) e Athletico/PR, times que aspiram vaga na Libertadores de 2025.
Triênio
A três meses do final da temporada e a cem dias da eleição que apontará o presidente do próximo triênio, o Flamengo pisa em setembro tentando renovar a energia com o retorno do artilheiro Pedro e a presença do argentino Carlos Alcaraz, de 21 anos. Vencer este confronto significa ver flores num caminho que parece ser dos mais espinhosos.