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Cidades

Jovens consomem menos frutas, verduras e legumes, diz pesquisa

Pesquisa apontou que faixa etária entre 18 e 24 anos também bebe mais refrigerante e suco artificial. Número de obesos aumentou


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Pesquisa aponta que jovens de 18 a 24 anos de idade comem menos frutas, verduras e legumes do que pessoas mais velhas |  Foto: Canva

Jovens de 18 a 24 anos comem menos frutas, legumes e verduras do que pessoas de faixas etárias superiores. Além disso, eles também são os que mais consomem refrigerantes e sucos artificiais.

Isso foi o que apontou a segunda edição do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, o Covitel 2023.

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Realizada pelo instituto Vital Strategies Brasil de 2 de janeiro a 15 de abril deste ano, a pesquisa traz informações sobre a alimentação, prática de atividade física, saúde mental, entre outras questões a respeito do brasileiro.

Junto com a diferença dos hábitos alimentares em relação aos mais velhos, principalmente idosos, que consomem mais frutas, legumes e verduras, a juventude também está mais obesa, segundo o estudo. Em 2022, a porcentagem de jovens com obesidade era de 9% e, neste ano, o dado pulou para 17,1%, o que corresponde a um aumento de 90%.

A nutricionista Rayanne Pimentel afirmou que o motivo para tal aumento pode estar relacionado com o acesso facilitado a comidas industrializadas, que têm alto valor calórico e baixa quantidade de nutrientes.

“As pessoas estão cada vez mais sem tempo, não ficam muito em casa, não têm hora para preparar a comida e optam por refeições prontas. Você tem comida com uma explosão de sabor com muita facilidade”.

Ela ressaltou que a pandemia contribuiu bastante na mudança de hábitos alimentares, com um maior consumo desse tipo de alimento.

O nutrólogo Roger Bongestab também citou outros motivos para o aumento da obesidade em jovens: privação de sono, aumento do nível de estresse e alto consumo de mídias sociais. “O uso em excesso de mídias sociais aumenta a ansiedade, o que desencadeia a compulsão alimentar”.

Com os hábitos alimentares não saudáveis, a nutricionista materno-infantil Ana Luísa Mazzini disse que a saúde da pessoa fica prejudicada. “Alimentos ultraprocessados são pobres em nutrientes, com densidade calórica alta e concentração grande de corantes, conservantes e açúcares. Eles impactam diretamente na qualidade de vida da pessoa e no aparecimento de doenças como hipertensão e diabetes”, alertou.

Opiniões

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"O uso em excesso de mídias sociais aumenta a ansiedade, o que desencadeia a compulsão alimentar” - Roger Bongestab, nutrólogo |  Foto: Leone Iglesias/AT
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"Alimentos ultraprocessados impactam diretamente na qualidade de vida da pessoa e no aparecimento de doenças” - Ana Luísa Mazzini, nutricionista |  Foto: Divulgação

Mudança na alimentação

Imagem ilustrativa da imagem Jovens consomem menos frutas, verduras e legumes, diz pesquisa
|  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O universitário João Miguel Nunes Zouain, 23 anos, contou que sua alimentação mudou muito depois que os maus hábitos alimentares e o sedentarismo durante a quarentena por conta da pandemia lhe trouxeram prejuízos à saúde.

“Estava extremamente cansado, indisposto e não sentia vontade de sair da cama. Então, resolvi mudar alimentação e comer alimentos de forma mais equilibrada. Com isso, o ânimo e o sono melhoraram. Graças a minha escolha de mudar de vida, hoje consegui virar atleta de fisiculturismo”, contou.


Fique por dentro

O estudo
coletou dados de 9 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre janeiro e abril de 2023, trazendo informações de âmbito nacional sobre prática de atividade física, hábitos alimentares, saúde mental, entre outros.

Foi realizado pelo instituto Vital Strategies Brasil, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Umane.

Dados

Consumo regular de legumes e verduras

A pesquisa mostrou que 39,2% dos jovens de 18 a 24 anos consomem regularmente legumes e verduras.

É a faixa etária que menos come esse tipo de alimento.

A população de 65 anos ou mais, por outro lado, é a maior consumidora, estando em uma porcentagem de 50,6%.

Consumo regular de frutas
Foi apontado que 33,5% dos jovens consomem regularmente frutas. Novamente, a faixa etária de 18 a 24 anos é a que menos consome esse tipo de alimento.

Pessoas de 65 anos ou mais são os maiores consumidores de frutas, sendo uma porcentagem de 62,8%.

Consumo regular de refrigerantes e sucos artificiais

A faixa etária de 18 a 24 anos ficou em primeiro lugar quando o assunto é o consumo regular de refrigerantes e sucos artificiais. A pesquisa afirmou que 24,3% dos jovens fazem o consumo desses tipos de bebidas ultraprocessadas.

A população de 65 anos ou mais, por outro lado, é a que menos consome, representada pela porcentagem de 10,7%.

Excesso de peso e obesidade

Foi identificado que 40,3% dos jovens estão com excesso de peso (Índice de Massa Corporal, o IMC, maior ou igual a 25).

Foi constatado que 17,1% de pessoas de 18 a 24 anos sofrem com obesidade (IMC acima ou igual a 30).

Tempo excessivo de tela
A pesquisa afirmou que 76,1% dos jovens passam tempo excessivo de tela, de três ou mais horas por dia.

Problemas para a saúde
De acordo com o nutrólogo Roger Bongestab, o pouco consumo de frutas, legumes e verduras pode causar deficiências de vitaminas e mineiras tais como ferro, zinco, cobre, ácido fólico, magnésio e potássio.

Já A nutricionista Ana Luísa Mazzini afirmou que o alto consumo de ultraprocessados, que são pobres em nutrientes e ricos em corantes e açúcar, pode causar doenças como diabetes e hipertensão.

Fonte: Covitel 2023 e especialistas consultados.

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