8 hábitos que podem aumentar vida em até 24 anos
Levantamento avaliou mais de 700 mil pessoas que durante 8 anos fizeram exercícios, tinham boa alimentação e sono de qualidade
Escute essa reportagem
Adotar hábitos saudáveis pode impactar diretamente a longevidade das pessoas, fazendo com que a expectativa de vida seja aumentada em mais de 20 anos. É o que aponta um novo estudo conduzido por cientistas e pesquisadores da universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e de outras instituições.
Eles analisaram os impactos de praticar atividade física, manter uma dieta saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, controlar o estresse, adotar uma boa higiene do sono, cultivar relacionamentos saudáveis e evitar o vício em opioides (remédios contra dor) em mais de 700 mil pacientes com idades entre 40 e 99 anos.
Leia mais sobre Saúde e Bem-estar
As análises das informações dos pacientes, que aconteceram entre 2011 e 2019, mostrou que para os homens a expectativa de vida aumentou até 24 anos, em comparação àqueles que não adotavam nenhum desses costumes. Nas mulheres, o ganho foi de 21 anos.
Alexandre Oliveira, coordenador fitness da Bodytech Praia da Costa, frisa que, além do ganho no tempo da expectativa de vida, quem tem hábitos saudáveis ganha também qualidade de vida. “A adoção desses hábitos vai impactar não só na saúde física, mas também na mental e emocional”.
O coordenador lembra que, enquanto o exercício físico é sistematizado e organizado, a atividade física pode ser variada, como fazer uma caminhada, por exemplo.
“Juntamente com a prática da atividade física, a boa alimentação, balanceada e saudável, está intrinsecamente ligada ao bem-estar físico e mental, que é capaz de reduzir o estresse. Uma coisa leva à outra”.
A médica e nutricionista Talita Fernandes ressalta que, junto a isso, não fumar e não consumir álcool em excesso diminuem os riscos de doenças. “Se diminuo os riscos de doenças, eu aumento a minha expectativa de vida”.
Talita explica ainda que manter uma dieta saudável implica em ter uma alimentação balanceada, com carboidratos, proteínas, fibras, gordura boa e micronutrientes, como vitaminas e minerais.
“Outro ponto importantíssimo é a qualidade de sono, essencial para a saúde. Pessoas que dormem bem durante a noite andam mais contentes e bem-dispostas durante o dia”.
Dormir mal pode se tornar um problema crônico e causar transtornos de humor a longo prazo, como depressão ou ansiedade.
Quem tem apneia (roncos noturnos) tem mais probabilidade de ter doenças cardiovasculares, segundo a especialista.
Saiba mais
1- Atividade física
Reduz o estresse, ansiedade, melhora a qualidade do sono, reduz sintomas depressivos, diminui a mortalidade por doenças crônicas como pressão alta e diabetes.
2- Manter uma dieta saudável
Diminui os riscos de doenças e fortalece o sistema imunológico. Uma alimentação balanceada é composta por carboidratos, proteínas, fibras, gordura boa e micronutrientes como vitaminas e minerais.
3- Não fumar
Diminui os riscos de doenças como câncer de laringe, garganta, pulmão, tromboembolismo, entre outras. Ao não fumar, a pessoa apresenta um menor risco de ter essas doenças e há o aumento da expectativa de vida.
4- Não consumir álcool em excesso
O uso excessivo do álcool a longo prazo estimula a irritação da mucosa estomacal, aumenta a pressão arterial e problemas cardiovasculares, entre outros.
5- Controlar o estresse
Melhora a função imunológica e promove a longevidade. Além dos efeitos físicos, isso também pode contribuir para a prevenção de distúrbios mentais e emocionais como ansiedade e fobias.
6- Adotar higiene do sono
O termo higiene do sono refere-se a diversas práticas e hábitos que ajudam a melhorar a qualidade do sono, como manter uma rotina de sono, como acordar e dormir no mesmo horário, evitar comidas em excesso antes de se deitar, não consumir bebidas estimulantes, entre outros.
7- Cultivar relacionamentos saudáveis
A nutrição deve ir além do ato de se alimentar. Cultivar bons relacionamentos e nutrir a mente com coisas positivas ajudam a reduzir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e até depressão.
8- Evitar o vício em opioides
Os opioides são medicamentos com efeitos analgésicos e sedativos potentes. O consumo excessivo pode levar à dependência e ao vício. Usar opioides em exagero pode ser fatal, normalmente levando a uma parada respiratória.
Comentários