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Economia

Histórias empresariais: Óticas Paris estuda criar centro logístico

Empresa completa 45 anos de história em 2024, vai ainda abrir um novo escritório na Praia do Suá e investir no comércio digital


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Imagem ilustrativa da imagem Histórias empresariais: Óticas Paris estuda criar centro logístico
Ana Luiza e Getúlio Azevedo, filha e pai, estão à frente das Óticas Paris |  Foto: Aquiles Brum

Criar o negócio, virar referência nacional e ser tão eficiente que boa parte da concorrência é formada por ex-funcionários que lhe veem como mentor: essa é a história de Getúlio Gomes de Azevedo, fundador das Óticas Paris.

A gestão tem à frente ainda a diretora-executiva Ana Luiza Azevedo, filha de Getúlio, que tem promovido mudanças na administração, sobretudo no e-commerce.

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Com 45 anos de trajetória, a empresa tem 12 unidades no Estado e planeja ampliação: agora, estuda uma expansão de centro logístico e prepara mudança de escritório.

Juntos na gestão, pai e filha conversaram juntos com o jornalista Rafael Guzzo no quadro Histórias Empresariais, em entrevista marcada por emoção e homenagens mútuas entre os administradores.

A Tribuna - As Óticas Paris completam 45 anos em 2024. É uma marca e tanto. Quais são os planos da empresa?

Getúlio Gomes Azevedo - A gente tem vários planos. Crescer o e-commerce, que está indo muito bem, e sempre que houver chance de abertura de lojas, a gente amplia. Estamos na Grande Vitória, mas gostaríamos de expandir para Linhares, Colatina, São Mateus... Enfim, tendo a chance, se valer a pena, vamos fazer.

Ana Luiza Azevedo - Ficar na liderança do mercado é algo em que focamos o tempo inteiro. Sempre focando no cliente, em inovação e em tecnologia.

AT - Getúlio, o senhor é o fundador da marca. Quais os maiores desafios que enfrentou durante esses 44 anos de trajetória?

Getúlio — Naquela época, tínhamos uma grande inflação. No nosso caso, houve congelamento de preços, mas não faltou produto, e sim clientes, porque havia falta de poder de compra. Mesmo assim conseguimos nos recuperar. Também tivemos o desafio de treinar mão de obra. Porque você não encontra pronto um técnico de ótica e vendedor especializado em ótica. Você tem de formar.

AT - Há um problema na oferta de mão de obra qualificada...

Getúlio - A gente é obrigado a qualificar. Mas não é um processo problemático.

Ana Luiza — Hoje, quando a gente contrata, a maioria não tem experiência. A gente tem um espaço no laboratório onde os funcionários têm a oportunidade de estudar. É como uma biblioteca. Eles estudam e podem dialogar com os técnicos, entender o serviço. A gente demora mais ou menos um ano formando um vendedor ótico.

A pessoa começa como atendente de cliente, que é a função de recepção e caixa. Depois, passa pela prova para virar auxiliar de vendas, depois uma prova oral e então outra escrita, e aí está pronta para ser vendedor ótico.

AT - E aí não se pode perder uma mão de obra qualificada dessas, certo?

Getúlio - Não pode perder. Mas a gente não pode manter quem não quer ficar, quem quer fazer o próprio negócio. Tem muitas óticas hoje em Vitória que são de gente que saiu da Paris. A pessoa tem de tentar a vida também.

AT - Pode-se dizer que a empresa formou a concorrência?

Getúlio - Sim, faz parte. Não quer dizer que sejam inimigos.

Ana Luiza - Eu nem sei quantas pessoas já passaram pela empresa. Foi muita gente. Hoje a gente emprega em média 100 pessoas. E nisso vai trocando. Algumas querem abrir a própria ótica. É super natural. E quem trabalha bem, sempre tem mercado, espaço.

Getúlio - Eu mesmo comecei dessa forma. Fui funcionário de outra ótica no Rio, aprendi bastante, e aí decidi vir para Vitória criar meu próprio negócio.

AT - O segredo do sucesso da Paris é a qualidade?

Getúlio - É. Além de atendimento, bons produtos. Tentar trabalhar com produtos exclusivos.

AT - Sobre o e-commerce... Hoje o maior público não está no Espírito Santo, correto?

Getúlio - Exato. São Paulo é o maior mercado para tudo, né? A Paris hoje é referência nacional.

AT - E há projeção de ampliar as vendas pela internet? Ou as lojas físicas são o carro-chefe?

Getúlio - As lojas físicas existirão sempre. Mas estamos vendo a possibilidade de criar um centro logístico. Hoje o e-commerce equivale a uma loja média nossa, no faturamento.

Ana Luiza - Estamos com uma equipe de cinco pessoas para esse setor, e vamos contratar mais.

Getúlio - Temos planos de contratação. Vamos mudar de escritório, vamos para um na Praia do Suá.

É tudo dentro, e-commerce, administração. Nós pensávamos que dava para ficar tudo igual, mas hoje não dá. Não estamos abrindo o escritório por causa do e-commerce, mas vai ter uma sala só para isso. E, se for preciso, a gente aluga outro lugar. Porque está valendo a pena.

AT - Sobre os produtos exclusivos das óticas, há peças com preços que chamem a atenção? Quais os produtos mais caros?

Getúlio - A gente tem alguns, como Prada, Chanel. Chanel é um produto que pode custar R$ 9 mil, R$ 7 mil, por aí. E tem mercado. Não é grande, é mais seleto.

Ana Luiza - É como um carro. Tem mercado para o popular e o de luxo. Mas você vê mais na rua os populares, porque é o que a maioria das pessoas tem condição. É preciso saber o perfil do cliente.

AT - Ana Luiza, você tem 30 anos e é formada em Direito. Como foi a entrada nas Óticas Paris?

Ana Luiza - Eu me formei com 22 anos. Dois dias depois, perguntei a meu pai se ele me aceitaria na empresa. Não me identifiquei com a área do Direito. Aí entrei, com carteira assinada, ganhei um salário mínimo. E fiz de tudo, serviço de banco, depósito de dinheiro, caixa, tudo, tudo, tudo. Já fui estagiária. E então, sou apaixonada por varejo, né?

Aí depois eu fiz pós-graduação em Administração e MBA em Gestão Comercial. Aí eu fui entrando um pouco mais nessa parte da gestão, da administração mesmo.

AT - Isso permitiu ter uma visão completa do negócio.

Ana Luiza — Com certeza. Foi essencial para mim, porque eu consegui conversar com todos os meus colaboradores e entender quais eram as dores deles, o que faltava, o que precisava. E fora que me deu a chance de me aproximar de todos.

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A ótica

A Ótica Paris foi fundada em 1979, com a sua primeira loja sendo no Centro de Vitória. Hoje, conta com 12 unidades no Espírito Santo.

Os diretores

Getúlio Gomes de Azevedo é fundador da Óticas Paris e é hoje diretor-geral da empresa, além de conselheiro da Associação Brasileira das Indústrias Ópticas (Abióptica).

Já Ana Luiza Azevedo é diretora-executiva da Óticas Paris. É formada em Direito pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV) e é pós-graduada em Gestão Comercial e em Administração e Negócios.


Curiosidades

De fusquinha

O fundador da Ótica Paris, Getúlio Gomes de Azevedo, conta que sua primeira loja, que abriu no Centro de Vitória com um sobrinho, era “uma garagem de fusca”.

“Era uma loja pequenininha, entendeu? Eu não tinha condição financeira de abrir uma loja grande, então eu abri ele, entendeu? E fomos muito bem sucedidos, a Ana Luiza não era nascida ainda, a loja tem... essa história tem 44 anos, e ela hoje tem 30 anos. Ela ainda era só um plano”, detalha.

Orgulho

Ana Luiza Azevedo conta um episódio que mostra a força da marca Óticas Paris não só no Espírito Santo, mas em todo o País.

“Estávamos em São Paulo, e o presidente de uma grande empresa multinacional cumprimentou meu pai super emocionado. Disse que tinha sido aluno dele, que meu pai era um mestre. Eu não tinha a dimensão disso. Eu já tinha muito orgulho da marca e do meu pai, mas quando entrei na empresa e vivenciei essas coisas, fiquei ainda mais orgulhosa.”

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