Tecnologia revela como serão os aparelhos do futuro
Criador de imagens projeta a evolução na aparência dos eletrodomésticos mais famosos
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Se a inteligência artificial generativa é capaz de criar conteúdos inéditos, por que não perguntar para ela própria como serão os eletrodomésticos do futuro? A reportagem resolveu trazer essas respostas em imagens.
Para isso, usou a inteligência artificial “Criador de imagens do Microsoft Designer” para responder perguntas como: “Como será o aparelho de ar condicionado em 2050?”. No comando também foi especificado que a resposta deveria vir como fotografia.
Na tabela é possível ver o comando solicitado ao programa e uma das imagens que ele apresentou como resultado.
O especialista em inteligência artificial Howard Roatti explicou que quando o assunto é eletrodomésticos do futuro, os consumidores tendem a esperar as coisas mais futurísticas, como o desenho Os Jetsons.
“Elas devem esperar algo mais simples, mais padronizado e que internamente possui inteligência e capacidade de aprendizado”.
Quando o usuário pede para inteligência artificial gerar uma imagem, ela utiliza a base de conhecimentos que já existe, explicou o professor de inovação e futuro dos negócios Marcelo Minutti.
“Ela vai pegar todas as referências de conteúdo em sua base de dados que fazem algum tipo de projeção (algum tipo de informação associado ao futuro) e vai tentar internalizar e construir a imagem com base nisso”, detalhou.
Para ele, o ar-condicionado, por exemplo, não vai ser como a imagem apresentada. “Acredito que o ar-condicionado vai ser praticamente invisível. Os ambientes se autorefrigerarão porque os materiais das paredes, dos pisos farão com que os ambientes se torne frescos”.
Na questão do fogão, pode ser que , quando olharmos muito para frente, que os alimentos sejam impactados por novas tecnologias de produção, então os alimentos podem ser que não sejam como são hoje. Ele lembra de filmes que apresentam os alimentos do futuro em cápsulas ou comprimidos.
Lavadora em 2090
Segundo a IA, em 2090 a máquina de lavar será como na imagem em destaque. O especialista em inteligência artificial Howard Roatti sugeriu que, aparentemente, a máquina possui um dispositivo magnético que mantém a parte principal suspensa, com transmissão de dados e energia sem fio. A alimentação e o despejo da água é realizado na parte inferior do dispositivo de lavagem através de sucção e despejo automático a cada lavagem. A parte principal possui um visor transparente para as roupas sendo lavadas e esse visor também é um painel de comando touch screen ou por voz. Nela, existe muita tecnologia que ainda não foi inventada.
Geladeira em 2090
O eletrodoméstico consegue inclusive agir proativamente sobre as dietas dos usuários e até mesmo fazer compras on-line para os consumidores, de acordo com o especialista em IA Otávio Lube dos Santos.
Ar-condicionado em 2050
O climatizador que consegue não só gelar ou aquecer, mas também purificar o ar das cidades, sugere o especialista em IA Otávio Lube.
Televisão em 2055
O projetor gera a imagem na tela com fundo transparente, que interage com o ambiente, sugere o especialista em inteligência artificial Howard Roatti.
“Vimos algo parecido com o lançamento do óculo de realidade mista da Apple, seria uma transferência de tecnologia com capacidade de interação diferente do óculo de realidade mista, talvez com toque ou percepção de movimento, tal como fazia o Kinect (sensor de movimento da Microsoft)”, destacou.
Lava-louças em 2060
A lava-louças de 2060 aparece com um robô humanoide dentro. Toda a tecnologia presente na imagem já existe, a curiosidade que fica é sobre qual seria o papel desse robô.
Fogão em 2040
Em 2040, a inteligência artificial aponta que o fogão lembrará os existentes hoje, mas trará uma riqueza muito maior de informações sobre o que está sendo preparado.
Robô-aspirador: 2090
Aparentemente o robô aspirador do futuro será capaz de fazer atividades mais delicadas como limpeza de objetos mais frágeis, como é o caso dos livros.
Análise
"Equipamento tomará decisões para as quais não foi treinado" - João Paulo Chamon, professor e especialista em Segurança da Informação
“Antes nós tínhamos robôs que seguiam as regras (programação). Com a inteligência artificial generativa, passamos a ter uma inteligência artificial que ensina o básico para ela, deixando ela conectada a bilhões de dados e tirando suas próprias conclusões.
É como se estivéssemos falando de uma criança. Você ensina ela a andar, falar, se comportar. Vai chegar a um ponto da vida dessa criança, que coisas que aconteceram com ela ou no ambiente vão moldar a forma como ela toma decisões.
Estamos falando do equipamento para tomarem decisões para as quais ele não foi treinado. A IA não tem ética, não tem moral. Colocar a inteligência artificial generativa em eletrodomésticos é algo que precisa ser visto com muita cautela.
O principal ponto é o ponto ético. Não é porque existe que pode ser usado. Já em relação a uma regulamentação legal, os países já começaram a se movimentar, principalmente depois da demissão e recontratação do presidente da Opena AI, Sam Altman.”
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