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Qual gordura merece mais espaço no cardápio?

Estudo indica que a de origem animal está diretamente ligada a doenças como hipertensão arterial e diabetes


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Imagem ilustrativa da imagem Qual gordura merece mais espaço no cardápio?
Amanda Cabral conta que, desde que iniciou uma reeducação alimentar, acompanhada pelo nutricionista Victor Fernandes, perdeu 15 quilos |  Foto: Fábio Nunes / AT

Você já parou para pensar o quanto de gordura consome por dia? Talvez esteja consumindo carnes, queijos e manteiga achando que não está fazendo mal para a saúde, mas um estudo mostrou que a gordura presente nesses alimentos está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares.

Na pesquisa, publicada no periódico Nature Medicine, cientistas de universidades europeias analisaram dados de grandes estudos, como o Predimed, com mais de 7 mil espanhóis.

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Com 113 voluntários divididos entre dietas ricas em gorduras saturadas e insaturadas, foram analisadas amostras de sangue para identificar os efeitos das moléculas lipídicas no organismo.

A principal conclusão do estudo é que a gordura de origem animal está diretamente relacionada às doenças cardiometabólicas, como obesidade, hipertensão arterial e diabetes.

O nutricionista Victor Fernandes explicou que a gordura animal é prejudicial por ser rica em ácidos graxos saturados, que podem provocar doenças cardiovasculares e aumento do colesterol ruim (LDL). “Vale ressaltar que mesmo a vegetal em excesso pode ser prejudicial à saúde”.

Segundo o nutricionista, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) não se deve ultrapassar 10% de consumo diário de gordura animal. “Em uma dieta de 2 mil calorias, por exemplo, teria que ser consumido diariamente 200 calorias como fonte de energia”.

Victor destaca que qualquer alimento em excesso pode trazer malefícios à saúde. “É clichê, mas a verdade é que uma vida saudável é feita com equilíbrio”.

Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que as gorduras insaturadas estão, em maior parte, no mundo vegetal, sendo o abacate um desses alimentos que fornece gordura monoinsaturada em boa quantidade.

“O estímulo para o consumo de vegetais já é reconhecido pela OMS, inclusive a redução das gorduras saturada, justamente pela influência que ela pode ter no aparecimento de calcificações nas artérias, não só as coronarianas, mas todas as artérias do corpo, pelo aumento do colesterol LDL”, alerta o médico.

“Uma dieta com menos gorduras saturadas, menos sal, menos calórica, rica em frutas, verduras, grãos integrais e com menos carboidratos simples, especialmente o açúcar, pode determinar uma melhora da saúde”, destaca o especialista.

Abacate e azeite incluídos na dieta

Desde que iniciou uma reeducação alimentar, em abril deste ano, acompanhada pelo nutricionista Victor Fernandes, a assistente administrativo Amanda Cabral, de 27 anos, já perdeu 15 quilos.

Ela conta que diminuiu o consumo de gordura animal, já que estava aumentando as taxas do seu colesterol LDL (ruim), e incorporou mais à sua dieta os alimentos com gordura vegetal, como abacate e azeite.

Como a mãe é hipertensa crônica, Amanda conta que a “virada de chave” para buscar ajuda veio após exames de imagem.

“Realizei um exame de imagem e percebi que estava desenvolvendo problemas que não existiam antes do sobrepeso, como ovário policístico e esteatose hepática. Mas agora sou uma nova pessoa, com a autoestima elevada e melhores hábitos de vida”, explicou.

Consumo com moderação faz bem ao organismo

Ainda que o excesso possa ser prejudicial, especialistas alertam que o consumo de gordura, com moderação, é essencial para o bom funcionamento do organismo.

“As vitaminas A, D, E e K necessitam de gordura para percorrer o organismo. O consumo adequado de gordura é benéfico à saúde. Alguns hormônios são produzidos através das gorduras”, ressalta o nutricionista Victor Fernandes.

O nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que as células têm uma parede composta de dupla camada, onde as gorduras são o principal componente.

“As gorduras fazem parte da composição de diversas substâncias no nosso corpo, incluindo a síntese de hormônios. Então, não comer gordura seria muito ruim para o nosso organismo. A questão é não comer em excesso e preferencialmente ingerir gorduras de boa qualidade”.


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Diferenças de gordura

Estão divididas em três grupos: saturadas, insaturadas e trans.

Saturadas: Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal, como carnes e queijos. O consumo deve ser moderado, pois em grandes quantidades pode aumentar o risco de doenças do coração. É uma gordura importante para fornecer energia e produzir hormônios.

Insaturadas: Podem ser encontradas principalmente em peixes, castanhas e sementes. Têm propriedades que ajudam a evitar a oxidação das células de gordura, diminuindo os níveis de colesterol ruim, o LDL.

Trans: Ingrediente bastante usado na indústria para melhorar textura e prazo de validade dos alimentos. Bolachas, sorvetes e salgadinhos são alguns dos principais alimentos em que a gordura trans é encontrada. Entre seus efeitos mais prejudiciais estão o aumento do colesterol LDL (que entope as artérias) e a diminuição do colesterol protetor, o HDL.

Fonte: Ministério da Saúde, Abran e Conselho Federal de Nutrição.

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