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Cidades

Corrida contra o tempo para salvar vida de idosa no RJ com órgão doado no ES

Fígado de doador que morava em Vitória mobilizou a polícia e parou o trânsito no Rio de Janeiro até a chegada ao destino


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Imagem ilustrativa da imagem Corrida contra o tempo para salvar vida de idosa no RJ com órgão doado no ES
Transporte em ambulância: órgão foi levado ao Rio de Janeiro às pressas |  Foto: Canva

Uma força-tarefa foi realizada na cidade do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (1º), para que um fígado captado no Espírito Santo pudesse ser transplantado em uma paciente no estado carioca.

A Linha Vermelha, uma das mais importantes vias expressas da cidade, foi interditada nos dois sentidos para que o órgão, que foi transportado para o Rio de avião, pudesse ser levado ao hospital, que não tem heliponto, de carro.

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O transporte foi uma verdadeira corrida contra o tempo, pois, devido a um tiroteio, havia um engarrafamento na via e corria o risco do fígado não chegar a tempo.

O doador é Paulo César Guerra, de 55 anos, que vivia em Vitória, e morreu vítima de um AVC, e a receptora seria uma idosa de 69 anos, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e que estava na fila de espera há três meses, segundo o portal G1.

Ela e a família também quase não conseguiram chegar ao hospital devido ao tiroteio, que começou na noite de segunda-feira (30), quando foram avisados que ela precisaria se internar.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado, disse que, devido à Lei de Proteção de Dados, não pode repassar informações do doador.

Maria Machado explicou que a partir da confirmação do diagnóstico de morte cerebral, é feita a avaliação do potencial doador através de exames sorológicos, de compatibilidade sanguínea e proporção corporal. Os dados do doador são cruzados com os dados dos receptores que estão na lista do cadastro técnico único do Sistema Nacional de Transplantes.

“Um órgão aqui do Estado pode, tendo tempo necessário, ajudar outros pacientes que estão nessa lista. Assim como nós também recebemos órgãos de outros estados. Quando a gente tem um doador no Estado, a prioridade são os nossos receptores. Se não encontra esse receptor compatível aqui, essa oferta é feita para a Central Nacional, que fica em Brasília. E é ela que vai organizar a distribuição”.

Quando tem o receptor, ela destaca que é feita toda uma logística para levar esse órgão o mais rápido possível. “A gente pode usar avião da Força Aérea Brasileira (FAB), companhias aéreas, o apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e também os carros das secretarias de Saúde.”

Mais de 200 registros em cartório

Quem deseja ser doador de órgãos pode registrar formalmente em uma plataforma, desde o mês de abril.

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado.

Até o último dia 27, o Espírito Santo somava mais de 224 pessoas que já realizaram o procedimento.

Após preencher o formulário no site, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade.

O cidadão e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.

A plataforma está acessível 24 horas por dia, de qualquer dispositivo com acesso à internet. Na plataforma, o cidadão pode ainda escolher qual órgão deseja doar: medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos.

A tabeliã do cartório de Campo Grande e vice-presidente do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo (Sinoreg), Fabiana Aurich, explica que a plataforma é dos cartórios de notas, fiscalizada e auditada pelo Conselho Nacional de Justiça.


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Espera

Ao todo, 2.546 pessoas aguardavam por um órgão no Estado até ontem, sendo:

- 1.210 para rim.

- 1.287 para córnea.

- 44 para fígado.

- 5 à espera de um coração, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Tempo de transporte

A viabilidade do órgão entre o tempo da captação, o transporte e o transplante, varia de acordo com cada órgão, explica a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado.

O fígado é de 12 a 24 horas. “Mas a gente trabalha com 12 horas”, frisa a coordenadora.

O coração tem 4 horas entre o tempo de isquemia fria e o transplante.

O pulmão tem de 4 a 6 horas de tempo.

O rim, 24 horas.

Córnea, para captação, são 6 horas. E para transplante, 14 dias.

Protocolo

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado, destaca que o Brasil tem um dos protocolos mais rígidos do mundo para o diagnóstico de morte cerebral.

Fonte: Maria Machado, coordenadora da CET

Manifestação

Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos.

Com a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), esta manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar à família no momento da morte.

Plataforma

O processo de emissão da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos é realizado por meio da plataforma e-Notariado, ambiente digital nacional para realização de atos notariais.

O interessado em doar órgãos deverá acessar o site www.aedo.org.br e solicitar o seu Certificado Digital Notarizado, assinatura eletrônica que assegurará a identidade do solicitante.

Após envio da solicitação, o tabelião de notas selecionado pelo cidadão entrará em contato para realizar a videoconferência de emissão do certificado.

Doador

Uma vez emitido, o futuro doador deverá preencher o formulário da página inicial do site com seus dados e indicar quais órgãos gostaria de doar: medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos.

Após preenchido o formulário, o cidadão selecionará o Cartório de Notas que fará a emissão da AEDO e assinará o documento com seu Certificado Digital Notarizado, instalado no celular.

Documento

O documento será gerado automaticamente e integrará a Central de Doadores de Órgãos imediatamente.

O cidadão, então, poderá informar sua família da existência do documento para facilitar a busca futura.

O documento é gratuito e pode ser revogado a qualquer momento pelo solicitante.

Fonte: Colégio Notarial do Brasil – ES.

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