Manual para agir em casos de agressões em condomínios
Síndicos da Grande Vitória criam cartilhas para direcionar porteiros e manter um ambiente seguro dentro dos edifícios
	Após a omissão de socorro do porteiro diante da agressão sofrida pelo humorista e ator Victor Meyniel - que levou 42 socos em 37 segundos de  um  estudante de Medicina no último dia 2, em Copacabana (RJ) -, moradores começaram a questionar quais devem ser as condutas desse profissional mediante  casos de violência. 
No Estado, síndicos de condomínios  montaram manuais para ajudar esses profissionais a enfrentarem casos parecidos. 
O síndico profissional do Village de Itaparica, no bairro Itaparica, em Vila Velha,  Leonardo Nascimento, 49 anos, montou um manual interno para manter uma portaria segura. 
“É  fundamental que o porteiro trabalhe em uma portaria segura e com boas condições de trabalho”.
Ele explica que, para otimizar o desempenho  do porteiro, é crucial que ele esteja bem preparado para agir em situações de emergência e prestar auxílio quando necessário.
 
“Assim, ele demonstra o nosso compromisso, não apenas com a segurança dos moradores, mas também com o bem-estar de nossa equipe de portaria”, relata.
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              Sobre o caso do ator, Nascimento ressalta que o profissional  deve se manter calmo e estar seguro sem colocar a sua vida em risco. Em casos de violência, o síndico conta que em seu manual é ressaltado que ele deve ligar para autoridades competentes e pedir ajuda. 
 
Além do manual criado para criar um ambiente seguro, o  síndico levou os seus funcionários para participar do projeto “Condomínio Seguro”, com um agente da policia militar, em agosto de 2022. 
“Participamos de um projeto chamado 'Condomínio Seguro', onde o capitão Bongestab da 2ª Companhia  orientou os nossos porteiros”. 
Vendo uma reação omissa do porteiro no caso do ator, o  presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire, opina que ele deveria ter agido. 
“Ele deveria ter acionado a polícia. O síndico poderia ter gritado, por exemplo, mas escolheu ficar quieto e parado”, afirmou. 
 
O  sindicato tem parcerias com associações e oferece  cursos para ajudar em casos de violência. Mas cada manual deve ser feito pelo  síndico de cada condomínio.
 
“É muito importante os condomínios darem cursos e normas para os porteiros. Dessa forma, eles estarão atualizados, com novas dicas, práticas e regras para realizar suas atividades”, completou.
SAIBA MAIS
Normas do manual
 1 - O porteiro deve estar familiarizado com o regulamento do condomínio e com  as regras de segurança estabelecidas.
2 - É crucial que o porteiro esteja bem preparado para agir em situações de emergência e prestar auxílio quando necessário.
3- Em casos de violência, o porteiro deve  se manter calmo e estar seguro.
4 - O porteiro deve prestar socorro, mas nunca colocar a sua vida em risco em caso de violência.
5 - Ele deve ligar para autoridades competentes e pedir ajuda. Ou seja, ligar para o Ciodes e também acionar o síndico responsável pelo condomínio. 
Cursos e preparações
> O Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces) informa que cada condomínio deve criar e seguir as suas normas e regras.
> Além disso, o sindicato tem parcerias com associações e oferece  cursos. O presidente frisa que é muito importante os condomínios darem cursos  para os porteiros.
Fonte: Leonardo Nascimento e Sipces.  
		
		
        
                                        
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