ES tem treze casos de internação por AVC todo dia
Especialistas falam sobre riscos e como identificar sintomas e prevenir a doença
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Uma das principais causas de mortes, incapacitação e internações em todo o mundo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem tido números alarmantes no Espírito Santo.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de janeiro a julho deste ano foram registradas 2.799 internações por AVC, o que corresponde a 13 casos por dia.
Levando os dados acima em consideração e que o Dia Mundial do Combate ao AVC foi celebrado na última terça-feira (29), especialistas explicaram à reportagem como identificar riscos e também prevenir a doença.
Levando os dados acima em consideração e que o Dia Mundial do Combate ao AVC foi celebrado na última terça-feira (29), especialistas explicaram à reportagem como identificar riscos e também prevenir a doença.
O médico neurologista Guilherme Coutinho de Oliveira disse que o AVC, também conhecido por “derrame”, ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, podendo resultar em danos irreversíveis.
“Esse bloqueio pode ser causado por um coágulo (AVC isquêmico) ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico)”.
Sobre os sinais de que o problema está acontecendo, afirmou que existem muitos: fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender a fala, dificuldade para enxergar em um ou ambos os olhos, tontura, além de perda de equilíbrio ou coordenação.
Quando um AVC acontece, se ele não é fatal, pode levar a consequências sérias para a saúde.
“As alterações mais comuns são motoras (por exemplo, dificuldade em movimentar membros, face ou mesmo deglutição), de fala (dificuldades podem ser tanto na compreensão quanto na expressão) e cognitivas (perda na qualidade do raciocínio e/ou memória)”, comentou cardiologista Bruno Ceotto.
Na primária, é recomendado a realização de prática de atividade física regular (o que ajuda a controlar o colesterol alto, diabetes e pressão arterial), não fumar e não beber em excesso.
Na secundária, realização de exames para entender a causa do AVC e possível utilização de remédios para “afinar” o sangue. Em alguns casos, é preciso fazer cirurgia.
“Tenho muito medo dessa doença”
O garçom Edilson dos Santos Batista, de 56 anos, contou que, por ter histórico de AVC na família, tem ainda mais cuidado com a saúde.
Todos os anos, Edilson faz exames e também mantém um estilo de vida saudável: faz atividades físicas e caminha sempre.
“Às vezes quando eu vou ao banco que fica bairro próximo, vou caminhando e volto. Sigo uma alimentação balanceada e durmo bem. Eu tenho muito medo, porque é muito sofrimento. Eu não desejo para ningém”, comentou.
Edilson teme a doença, pois passou pela dolorosa experiência de perder sua mãe pela enfermidade. Ela ficou internada mais de uma vez, mas acabou não resistindo ao longo do agravamento de seu quadro.
FIQUE POR DENTRO
Fatores de risco e prevenção
De acordo com o médico neurologista Guilherme Coutinho de Oliveira, os principais fatores de risco para AVC incluem hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo, obesidade e histórico familiar de AVC.
Algumas formas de prevenção são ter alimentação saudável, praticar exercícios físicos, cessar o tabagismo, evitar consumo excessivo de álcool e ter acompanhamento médico para o controle da pressão, glicose e colesterol.
Sequelas
Segundo o cardiologista Bruno Ceotto, o AVC é um problema na circulação sanguínea cerebral e as consequências vão depender da extensão e da região afetada.
Ele explicou que as alterações mais comuns são motoras (por exemplo, dificuldade em movimentar membros, face ou mesmo deglutição), de fala (dificuldades podem ser tanto na compreensão quanto na expressão) e cognitivas (perda na qualidade do raciocínio e/ou memória).
Expectativa de vida
Bruno disse que uma vez ocorrido o AVC, as terapias são direcionadas para redução da lesão e reabilitação precoce. Mesmo com a redução de sequelas, nota-se redução tanto da expectativa quanto na qualidade de vida pós AVC.
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