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Saúde

Médicos revelam mais casos de Alzheimer entre mulheres

Pesquisas mostram que quase dois terços dos pacientes são do sexo feminino. Causas da doença ainda são desconhecidas


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Imagem ilustrativa da imagem Médicos revelam mais casos de Alzheimer entre mulheres
A neurologista Mariana Grenfell aponta que o crescimento de quadros do sexo feminino é tendência global |  Foto: Aquiles Brum / AT

Condição neurodegenerativa que leva à deterioração progressiva da função mental e da memória, o Alzheimer é mais comum de acometer mulheres e o número de casos tem crescido nos últimos anos, de acordo com especialistas.

A causa da doença ainda é desconhecida, mas pesquisas mostram que quase dois terços dos pacientes com Alzheimer são do sexo feminino e a comunidade científica tem algumas explicações em relação a essa prevalência.

A causa da doença ainda é desconhecida, mas pesquisas mostram que quase dois terços dos pacientes com Alzheimer são do sexo feminino e a comunidade científica tem algumas explicações em relação a essa prevalência.

Jovana Ciríaco, neurologista, afirmou que há a maior ocorrência em mulheres porque elas têm maior longevidade em relação aos homens, sendo que a idade é um fator de risco para a enfermidade. Esta afeta majoritariamente pessoas acima de 65 anos.

“Também acredita-se que os fatores hormonais contribuam para tal risco, onde após a menopausa com redução do estrogênio poderia aumentar o risco de depósito de proteína amiloide, que é a uma das proteínas alteradas na fisiopatologia da doença de Alzheimer”, completou.

A neurologista Mariana Grenfell apontou que o crescimento de quadros do sexo feminino é uma tendência global, sendo que parte deles pode ser atribuída ao envelhecimento da população e também há uma maior conscientização e diagnóstico precoce.

“Além disso, a transição hormonal que as mulheres enfrentam ao longo da vida, somada a fatores como estresse, distúrbios do sono e uma possível carga extra de atividades cognitivas e emocionais (como o cuidado com a família e trabalho) pode estar contribuindo para o aumento desses casos”, explicou a profissional.

Mariana ressaltou que o Alzheimer é uma doença multifatorial, e a genética, o estilo de vida e fatores ambientais desempenham um papel importante.

“Vários estudos estão sendo feitos na tentativa de encontrar um tratamento mais eficiente, mas ainda apresentam muitos efeitos colaterais graves”.

Filhos de mães com demência têm mais risco de ter a doença

Um estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts General Brigham e das Universidades Vanderbilt e de Stanford, e publicado na revista científica JAMA Neurology, apontou que ter uma mãe com Alzheimer pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

Feita com 4,4 mil adultos de idades entre 65 e 85 anos, e sem deficiência cognitiva aparente, a pesquisa dividiu os participantes em quatro grupos de acordo com a genética de cada: 455 deles tiveram ambos genitores com memória comprometida; 632 com os pais; 1,7 mil com as mães; e 1,5 mil sem histórico familiar conhecido.

Para a pesquisa, os cientistas questionaram os voluntários sobre o histórico familiar da enfermidade e o início dos sintomas de perda de memória de seus pais. Com essas informações, os pesquisadores fizeram a comparação com os níveis de amiloide nos participantes.

Os estudiosos descobriram que aqueles com histórico de Alzheimer materno ou de ambos os pais tinham um maior acúmulo de proteínas amiloides no cérebro, sendo que esta “condição” já é percebida em pacientes com a enfermidade.

Foi indicado que as mães, independente da idade que começaram a apresentar declínio cognitivo, tiveram filhos que já apresentavam níveis mais elevados de amiloide. Por outro lado, com os pais, o risco para os filhos só era maior quando o aparecimento da demência ocorreu neles de forma precoce.

Hyun-Sik Yang, coordenador da investigação, ressaltou que os resultados ainda são “frágeis”, pois vários dos pais dos participantes morreram quando ainda eram jovens, antes de terem indícios de sintomas.

Além disso, o estudo pontuou que fatores sociais como acesso a recursos, educação e diferenças demográficas podem influenciar no diagnóstico e reconhecimento da enfermidade. Outra questão a ser mencionada é que a maioria dos participantes eram brancos não-hispânicos, o que pode ter limitado a generalização dos resultados para outras etnias.

A neurologista Mariana Grenfell ressaltou que, mesmo com o risco genético, a doença não é inevitável. “Há uma interação complexa entre genes e fatores ambientais, e é possível adotar hábitos que protejam o cérebro, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e mentais, e controlar condições como hipertensão e diabetes”.

FIQUE POR DENTRO

Alzheimer

> Causa

- Segundo o Ministério da Saúde, a doença ocorre quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a “dar errado”. Assim, surgem fragmentos de proteínas mal cortadas e tóxicas dentro dos neurônios e nos espaços entre eles.

- Como consequência, há a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo (o qual controla a memória), e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio.

- A neurologista Jovana Ciríaco explicou que a doença causa declínio na capacidade cognitiva e prejudica as atividades diárias, impactando a memória, a linguagem e a percepção do mundo. E provoca alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente.

> Idade

- Soo Yang Lee, neurologista, explicou que o Alzheimer tem relação com a idade. “Aos 65 anos, a chance de ter a doença é de 6,5%. Aos 95 anos, a chance é de 50%. Por outro lado, as formas genéticas podem ter início precoce, aos 50 anos”.

> Dados

- Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Alzheimer corresponde de 60% a 70% de todos os casos de demência e deve afetar até 139 milhões de pessoas em 2050.

- De acordo com a neurologista Mariana Grenfell, pesquisas mostram que quase dois terços dos pacientes da enfermidade são mulheres.

> Cuidados

- Mariana Grenfell afirmou que é “essencial prestar atenção aos sinais de perda de memória, dificuldade de raciocínio e alterações de comportamento, independentemente da idade, pois a detecção precoce pode abrir portas para um tratamento mais eficaz e prolongar a qualidade de vida”.

- Ela ainda explicou que o tratamento envolve uma combinação de medicamentos e abordagens não farmacológicas. Novas terapias, como as relacionadas à remoção de proteínas beta-amiloides do cérebro, estão sendo investigadas e têm mostrado resultados promissores, também pontuou a profissional.

Fonte: Especialistas consultadas e pesquisa AT.

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