Cabeleireira descobriu doença após cansaço excessivo: “Só queria ficar deitada”
Maria Aparecida Oliveira conta que tinha dificuldade em realizar atividades simples por conta do cansaço
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Até onde o cansaço pode impactar a rotina de uma pessoa? No caso da cabeleireira Maria Aparecida da Silva Santos Oliveira, de 47 anos, a condição a atrapalhava em atividades simples.
“Eu me sentia exausta e só queria ficar deitada. Ia para a academia, mas tinha bastante dificuldade para fazer os exercícios. Não tinha vontade de fazer nada, pois tudo me cansava”.
O problema fez com que Maria Aparecida procurasse o médico, e lá teve o diagnóstico: era diabética, doença que tem como sintoma o cansaço excessivo.
Ao saber da enfermidade, passou a tomar o medicamento correto e a seguir hábitos de vida mais saudáveis. Hoje, disse que se sente melhor, mais disposta para realizar tarefas.
“Só me sinto muito sem energia quando acabo extrapolando na alimentação, desviando da dieta. Fora isso, estou ótima”, completou a cabeleireira.
A rotina do assistente administrativo de irrigação Rodrigo Oliveira de Jesus, de 42 anos, também sofreu impactos pelo cansaço, que foi um dos sinais para uma doença no coração.
“Quando fui subir o morro para ir para a casa da minha mãe, onde eu morava quando comecei a sentir os primeiros sintomas, não tive forças para continuar. Tive que parar para descansar. O nível era tão forte a ponto de precisar descansar três vezes antes de conseguir chegar em casa”.
Ele foi diagnosticado com miocardiopatia, o que o levou à insuficiência cardíaca grave. Rodrigo passou por cirurgia de transplante de coração e disse estar bem atualmente.
Consequências
Segundo a neurologista Mariana Grenfell, as consequências do cansaço no dia a dia são várias. “Podem incluir comprometimento cognitivo, tais como falta de concentração e dificuldades na memória, diminuição do desempenho no trabalho ou estudos, irritabilidade, impacto nas relações sociais e, em casos mais graves, aumento do risco de acidentes. É fundamental abordar suas causas em avaliação médica”.
Por fim, a endocrinologista Gisele Lorenzoni ressaltou que existem hábitos que favorecem a condição. Ter uma hidratação irregular, não ter uma noite de sono adequada e se alimentar à base de gordura e açúcar, com poucos vegetais, frutas e carnes, são alguns deles.
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