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Saúde

Até quando crianças e adolescentes podem fazer uso contínuo de vitamina D?

O uso contínuo do suplemento era feito até os 2 anos, mas uma nova diretriz alterou a data limite


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Imagem ilustrativa da imagem Até quando crianças e adolescentes podem fazer uso contínuo de vitamina D?
A dona de casa Kamila Soares Rezende Donatelli, 36, é mãe de Larissa, 6 meses, Letícia, 3 anos, e Laura, 6 anos, e as três fazem suplementação com vitamina D. Há pouco tempo, as meninas passaram por consulta com pediatra, que manteve a suplementação. “São vários benefícios, mas considero a suplementação importante para fortalecimento do sistema imunológico delas”. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Uma nova diretriz sobre o uso da vitamina D foi divulgada no início deste mês pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Até então, o uso contínuo era feito até os dois anos, mas com a nova diretriz, a recomendação passa a valer até os 18 anos.

A mudança, segundo especialistas, passou a valer após estudos mostrarem que, entre crianças e adolescentes, foi encontrada insuficiência de vitamina D.

A mudança, segundo especialistas, passou a valer após estudos mostrarem que, entre crianças e adolescentes, foi encontrada insuficiência de vitamina D.

Segundo a SBP, o Consenso 2024 da Sociedade de Endocrinologia recomenda a suplementação de vitamina D para crianças e adolescentes saudáveis, sem fatores de risco, para prevenir raquitismo nutricional e potencialmente diminuir o risco de infecções respiratórias.

“A vitamina D tem um papel fundamental no metabolismo do cálcio no nosso organismo, por isso ela é tão importante nos extremos de idade (crianças e idosos) e nas gestantes. Também tem algum papel na imunidade”, explica a nutróloga pediátrica Bruna Junger de Lima Tanure.

A médica explica que a principal fonte para a vitamina D é a exposição à luz solar.

“E como o nosso estilo de vida vem mudando com o passar dos anos, e nossas crianças e adolescentes estão cada vez menos expostos à luz solar (devido ao risco de câncer de pele aumentado, pela maior irradiação UVA), existe um consenso com a recomendação indiscutível de suplementação profilática de vitamina D nas crianças a partir de 2 semanas de vida até 2 anos”, afirmou.

Além da falta de exposição solar, a alimentação deficiente em vitamina D é outra causa que leva à suplementação.

“Temos uma alimentação deficiente em alimentos que contenham vitamina D e cálcio, como leite e derivados, salmão, entre outros”, explica a pediatra Isadora Vencioneck.

Ainda que façam consumo desses alimentos, de acordo com a pediatra, a quantidade que comem pode não ser suficiente.

“Por isso a importância de uma avaliação individualizada e prevenção adequada, entre 600 ui a 1800 ui por dia de vitamina D”, destaca.

Isadora explica que, a partir da nova diretriz da SBP, a recomendação é que crianças até um ano suplementem com 400 ui (unidades internacionais) de vitamina D ao dia e crianças e adolescentes entre 1 e 18 anos, 600 ui ao dia.

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Vitamina D

Embora definida como vitamina, essa substância é conceitualmente um pró-hormônio que desempenha papel fundamental na homeostasia do cálcio e metabolismo ósseo.

Onde encontrá-la?

A vitamina D é obtida pela síntese cutânea e de fontes alimentares. Aproximadamente 90%, é proveniente da síntese cutânea após exposição solar e menos de 10% é obtida por fontes alimentares.

Entretanto, deve-se levar em consideração que a exposição solar deve ser equilibrada com os riscos de fotoenvelhecimento e câncer de pele, não existindo um nível seguro de exposição que possa ser recomendado. Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não indicam a exposição solar sem proteção para esse fim.

As fontes alimentares de vitamina D não conseguem suprir as necessidades. E a ingestão de alguns alimentos ricos em vitamina D, como salmão, sardinha, cavala, arenque e fígado, não faz parte dos hábitos alimentares da população.

Riscos da falta de vitamina

Estudos indicam que a deficiência de vitamina D pode estar associada a diversas condições além dos ossos. Baixos níveis dessa vitamina podem contribuir para doenças como diabetes, asma, infecções respiratórias, tuberculose, dermatite atópica, alergias alimentares e doenças inflamatórias intestinais. Além de artrite reumatoide, doenças cardiovasculares, esquizofrenia, depressão e cânceres como de mama, próstata, pâncreas e cólon.

Nova recomendação

Antes era recomendado a suplementação de 400 ui (unidades internacionais) de vitamina D ao dia até 1 ano e 600 ui até 2 anos.

agora, a SBP recomenda que crianças até 1 ano suplementem com 400 ui de vitamina D ao dia e crianças e adolescentes entre 1 e 18 anos, 600 ui ao dia.

Fonte: SBP.

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