Polícia de olho em lojas que vendem celulares roubados
Delegado Ícaro Ruginski diz que Polícia Civil está organizando operações para desarticular o comércio ilegal de aparelhos
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Operações estão sendo organizadas pela Polícia Civil, tendo como alvo lojas que comercializam celulares que têm origem em furtos e roubos. A afirmação foi feita na sexta-feira (09) pelo superintendente de Polícia Regional Metropolitana (SPRM), delegado Ícaro Ruginski.
“Esse é o nosso objetivo, com a oitiva das pessoas de quem temos recuperado celulares por meio do Projeto Recupera. Tem nos permitido investigar estabelecimentos comerciais e estamos preparando operações para desarticular o comércio ilegal de aparelhos celulares”, afirmou Ícaro Ruginski.
“Esse é o nosso objetivo, com a oitiva das pessoas de quem temos recuperado celulares por meio do Projeto Recupera. Tem nos permitido investigar estabelecimentos comerciais e estamos preparando operações para desarticular o comércio ilegal de aparelhos celulares”, afirmou Ícaro Ruginski.
Durante todo a sexta-feira (09), 106 vítimas de furtos e roubos de aparelhos celulares estavam sendo esperadas para buscar seus aparelhos recuperados pela polícia na 1ª Delegacia Regional de Vitória.
Segundo o delegado, desde a implantação do projeto, os furtos e roubos de celular tiveram uma redução de 16% na Grande Vitória.
Ícaro Ruginski explica que, primeiro, a pessoa recebe uma intimação pelo WhatsApp, com as informações sobre local, data e horário em que deve comparecer para prestar esclarecimentos.
“É expedida a intimação para evitar que respondam a processo criminal”.
O intimado deve comparecer à delegacia no horário indicado na intimação, levando um documento com foto. A ausência sem justificativa poderá caracterizar crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.
Nos casos em que a polícia identifica que a pessoa comprou o aparelho podendo presumir que ele poderia ter sido roubado ou furtado, ela pode responder por receptação culposa (sem intenção). A pena é de um mês a um ano.
Nos casos em que a polícia identifica que a pessoa está de posse do celular e sabia que ele é produto de crime, ela responde por receptação dolosa (com intenção). A pena é de um a 4 anos.
Já as pessoas que alegam que acharam o telefone, neste caso também pode configurar crime de apropriação.
“Ao longo de toda a operação, já tivemos cinco autuados por receptação dolosa”, afirmou o delegado.
Ao adquirir um celular, a primeira coisa é verificar a procedência, como a nota fiscal ou algum comprovante, destaca.
800 pessoas intimadas a devolver aparelho
Desde a primeira fase do Projeto Recupera, iniciada em julho, 800 pessoas foram intimadas a devolver aparelhos celulares. E, ao todo, 360 foram recuperados e devolvidos aos seus donos, de acordo com o superintendente de Polícia Regional Metropolitana (SPRM), delegado Ícaro Ruginski.
O Projeto Recupera é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e da Polícia Civil.
São utilizadas tecnologias avançadas de rastreamento e identificação, bem como a colaboração das operadoras de telefonia e de outras autoridades de segurança pública, para localizar e devolver os aparelhos recuperados.
Na primeira fase, deflagrada em julho, foram enviadas 502 intimações, que resultaram na devolução de mais de 200 aparelhos, o que representa mais de 40% de recuperação.
Os telefones foram restituídos aos legítimos donos em uma solenidade no Palácio Anchieta.
SAIBA MAIS
Intimação
> O cidadão que estiver de posse de celulares identificados como furtados, roubados ou perdidos é intimado por meio de um aplicativo de mensagens.
> A mensagem de intimação informará o nome da pessoa que deve fazer a entrega, os dados do telefone celular, o nome, o endereço e telefone da unidade policial, além da data e horário para comparecimento.
> O cidadão convocado a entregar o aparelho celular deverá portar um documento de identificação com foto.
Dicas para uma compra segura
> Ao adquirir um celular, a primeira coisa é verificar a procedência, como a nota fiscal ou algum comprovante.
> Outro ponto é o valor comercializado. Por exemplo, um celular que custa R$ 2 mil e está sendo vendido por R$ 200 é um indicativo que aquilo tem uma procedência ilícita.
> No site da Agência Nacional de Telecomunicações (www.gov.br/anatel/pt-br), a pessoa também pode consultar o Imei (código para identificação do celular) do aparelho para verificar se ele foi furtado ou roubado.
Operação
> A Polícia Civil está organizando operações, tendo como alvos lojas que comercializam celulares furtados e roubados.
> Na última sexta-feira (09), 106 vítimas de furtos e roubos de aparelhos celulares estavam sendo esperadas para buscar seus aparelhos, em Vitória. As ações fazem parte do Projeto Recupera.
Fonte: Polícia Civil.
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