Mulher e amante condenados a mais de 20 anos de prisão por matar agricultor no ES
Dona de casa planejou a morte do marido juntamente com o amante. Relembre o caso
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A Justiça do Espírito Santo condenou a mais de 20 anos de prisão a mulher e o amante acusados de matarem um agricultor em Castelo, no Sul do Estado, em julho de 2021. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Thayla Bonicenha Crivellari e Françoa de Souza Calambianqui mataram Alexandro Fim, marido de Thayla, para que os dois continuassem o relacionamento extraconjugal e se apropriassem dos bens dele.
No dia do crime, Françoa atacou o marido de Thayla pelas costas e o asfixiou enquanto a ela segurava os braços do marido até que ele morresse. Em seguida, para acobertar o crime, os acusados simularam um latrocínio (roubo seguido de morte), ocultando objetos da residência para atrapalhar a investigação da polícia.
No dia do crime, Françoa atacou o marido de Thayla pelas costas e o asfixiou enquanto a ela segurava os braços do marido até que ele morresse. Em seguida, para acobertar o crime, os acusados simularam um latrocínio (roubo seguido de morte), ocultando objetos da residência para atrapalhar a investigação da polícia.
Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, utilizando de meio cruel e praticando recurso que dificultou a defesa da vítima — e por fraude processual. Thayla foi condenada a 25 anos de prisão e Françoa a 21 anos de reclusão. Eles, que já estavam presos preventivamente, cumprirão a pena inicialmente em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade.
Relembre o caso
Alexandro Fim, de 34 anos, foi morto dentro de sua casa na comunidade de Monte Alverne, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, no dia 25 de julho de 2021. Inicialmente, o crime estava sendo tratado como latrocínio, já que a mulher alegou, na ocasião, que dois bandidos teriam entrado na residência e rendido o casal.
Mas, após as investigações, a polícia concluiu que foi um crime premeditado por Thayla Bonicenha Crivellari, mulher de Alexandro, e o seu amante, Françoa de Souza Calambianqui.
Na avaliação do Ministério Público, os dois mataram Alexandro para assegurar a continuidade do relacionamento extraconjugal entre eles e para que pudessem se apropriar do patrimônio da vítima.
De acordo com o Ministério Público, o casal estava na cozinha, quando o outro acusado se aproximou por trás. A esposa teria abraçado o marido e segurado seus braços, para distrair atenção dele. “Nesse momento, o acusado agarrou a vítima pelas costas e a asfixiou até a morte”, afirmou o Ministério Público.
Ainda segundo o Ministério Público, após o homicídio os dois esconderam objetos no forro de gesso da casa para simular um crime de latrocínio. Em seguida, o homem trancou a mulher e a filha de 2 anos no quarto e saiu no carro da família, abandonando-o a alguns quilômetros do local.
Por volta das 2 horas, complementou o Ministério Público, a mulher ligou para os pais informando a versão fantasiosa de latrocínio.
Outro fator que chamou a atenção do Ministério Público é que o marido estaria sob o efeito de remédios controlados, o que dificultou ainda mais qualquer resistência da vítima.
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