Follow The Money: 20 investigados viram réus em denúncia de esquema de herança
Entre os denunciados estão um juiz, um ex-juiz, advogados e empresários
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O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) aceitou, na quinta-feira (12), a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) contra 20 pessoas investigadas por suspeita de participação em um esquema para sacar heranças a partir de ações judiciais simuladas e acordos fraudulentos. Agora, os envolvidos se tornam réus e vão responder a ação penal. Entre os denunciados estão um juiz, um ex-juiz, advogados e empresários.
A denúncia, oferecida pelo Procurador-Geral de Justiça, Francisco Martínez Berdeal, foi protocolada no Tribunal de Justiça em 22 de agosto deste ano e aceita por unanimidade pelo Tribunal Pleno do TJES, na tarde de quinta-feira.
O documento encaminhado pelo MPES ao Judiciário apontou a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso, por parte de agentes públicos e particulares. Conforme a denúncia, o esquema envolve dano material de mais R$ 17 milhões.
O MPES requereu, na denúncia, que os denunciados sejam condenados pelos respectivos crimes praticados no esquema, além do pagamento de dano moral coletivo no valor de mais de R$ 34 milhões.
Os denunciados são:
- Mauricio Camatta Rangel – juiz
- Bruno Fritoli Almeida - ex-juiz
- José Joelson Martins de Oliveira - advogado
- Ricardo Nunes de Souza - advogado
- Veldir José Xavier
- Denison Chaves Metzker - advogado
- Wisley Silva Oliveira - advogado
- Luana Esperandio Nunes de Souza - esposa de Ricardo
- Luiz Antônio Esperandio - sogro de Ricardo
- Luam Fernando Giuberti Marques - advogado
- Vicente Santório Filho – advogado
- Vaguiner Coelho Lopes - advogado
- Hayalla Esperandio
- Mauro Pansini Junior
- Victor Hugo de Mattos Martins
- Claudio Márcio Mothé Cruzeiro – advogado
- Gabriel Martins de Oliveira – advogado
- Eraldo Arlindo Vera Cruz
- João Autímio Leão Martins – produtor rural
- Juarez José Campos
RELEMBRE
A Operação Follow the Money foi deflagrada em 1º de agosto deste ano, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos Central e Norte) do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com o apoio da Polícia Militar.
Na ocasião, foram cumpridos mandados judiciais em face de agentes públicos e particulares envolvidos no esquema. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, além de outros 13 de suspensão do exercício da atividade profissional.
A Justiça ainda determinou a proibição de contato entre pessoas e de acesso às dependências de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado, atendendo a requerimentos do MPES contra 34 pessoas envolvidas. Ao todo, nove membros do Ministério Público coordenaram os trabalhos da operação, auxiliados por 97 policiais.
"As investigações colheram evidências robustas do envolvimento dos acusados nos crimes e sustentam a denúncia apresentada em 22 de agosto", afirma o MPES.
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