7 mil garrafas de azeite adulterado são apreendidas em distribuidoras no ES
Esses produtos, de três marcas diferentes, eram vendidos para restaurantes e bares da região metropolitana, que serviam ao consumidor final
Escute essa reportagem
Sete mil garrafas de azeite adulterado foram apreendidas em duas distribuidoras da Grande Vitória durante uma operação da Polícia Civil, na tarde desta quinta-feira (12). De acordo com as investigações, no lugar do azeite, era colocado óleo de cozinha nas garrafas.
Esses produtos, de três marcas diferentes, eram, segundo a Polícia Civil, vendidos por essas distribuidoras para restaurantes e bares da região metropolitana, que serviam ao consumidor final.
Os dois estabelecimentos alvos da operação ficam no Bairro de Fátima, na Serra, e em Rio Marinho, Vila Velha. Eles não foram interditados, mas serão investigados pela Polícia Civil.
Os azeites apreendidos são da marca Don Alejandro, Serrano e Mendozitos. As duas primeiras já estavam na lista de restrição do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como marcas de azeite fraudados e considerados impróprios para consumo. Mesmo assim, ambas continuavam sendo comercializadas em uma das distribuidoras alvo da operação desta quinta.
A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e fez parte de uma operação nacional, que resultou na interdição da empresa apontada como fabricante dos produtos adulterados, localizada em São Paulo.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, a fabricante dos produtos tinha autorização para produzir óleo misto, que é um composto de azeite com óleo. No entanto, as investigações do Mapa identificaram que nem mesmo azeite havia na composição. "Eles acabavam, em algum momento, encaminhando essas garrafas de óleo misto, sem rotulagem, para que fossem rotuladas como azeite e fossem vendidas", disse o delegado.
Segundo Passamani, quando os comerciantes devolviam ao fabricante os produtos identificados como adulterados, os rótulos eram trocados por uma nova marca e as garrafas eram novamente colocadas em circulação, como se fossem azeite.
"Nós identificamos que o fabricante fraudava a garrafa. Ele dizia que produzia óleo misto, mas, na verdade, botava um rótulo de azeite. Quando ele era descoberto, ele tentava recuperar essa mercadoria para trocar o rótulo e vender o mesmo produto, que é um óleo, mas com a rotulagem de azeite", explicou o delegado.
Em outubro, a Polícia Civil já havia realizado outras ações na Grande Vitória que resultaram na apreensão de garrafas de azeite adulterado.
Uma delas aconteceu no dia 2, quando foram recolhidas 428 garrafas do produto em duas redes de supermercados, localizados em Cariacica e Vila Velha. Já no dia 21 daquele mês, foram recolhidas mais 355 unidades.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Comentários