Caso Jaciara: julgamento do feminicídio é adiado para agosto
Técnica de enfermagem foi morta pelo ex-companheiro com 33 facadas na frente da filha
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O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) informou que o júri do caso Jaciara – técnica de enfermagem que foi morta pelo ex-companheiro com 33 facadas na frente da filha – que seria realizado nesta sexta-feira, foi adiado para o dia 23 de agosto. O motivo do adiamento é que a defesa do réu Zezito Pereira da Silva Filho não compareceu à sessão, justificando a ausência por motivos de saúde.
O caso seria julgado nesta sexta às 13 horas, no Fórum Criminal da Serra. O crime se tornou um dos casos de feminicídio de maior repercussão na história recente do Espírito Santo. Zezito Pereira da Silva Filho é acusado do crime de feminicídio qualificado contra a então companheira dele, Jaciara da Silva Moura.
O crime ocorreu há pouco mais de três anos, em março de 2021. Jaciara, que era técnica de enfermagem, foi brutalmente assassinada há facadas no bairro Vila Nova de Colares, na Serra. De acordo com o inquérito, a mulher foi atingida com 33 golpes.
A filha do casal, que tinha 11 anos na época do crime, presenciou o assassinato. Ela ainda tentou impedir a agressão e pediu ajuda para vizinhos.
A vítima morreu uma hora após dar entrada no hospital Jayme Santos Neves, onde ela mesma trabalhava. A mulher não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no dia em que completaria 33 anos de idade.
Jaciara e Zezito conviveram em união estável por 12 anos e estavam separados há 4 meses, mas ainda moravam na mesma casa. O acusado, que não aceitava o término da relação, cometeu o crime e fugiu do local.
O acusado está preso de forma preventiva durante o processo. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deseja, nesta sexta, a condenação do réu, a manutenção de sua prisão e indenização à família da vítima pelos danos sofridos com o crime.
Crime inspirou lei
Devido à brutalidade e repercussão do crime, que ocorreu na frente da filha da vítima, foi instituída a Lei Estadual 11.402, de 20 de setembro de 2021, nomeada Lei “Jaciara da Silva – atenção e proteção”, proposta pela deputada estadual Iriny Lopes. A norma estabelece o atendimento psicológico para crianças, adolescentes e jovens cujas mães foram vítimas de feminicídio no Estado do Espírito Santo.
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