Caso Íris Rocha: Justiça mantém ex de enfermeira na cadeia
Cleilton Santana dos Santos permanece preso, suspeito do crime. A polícia espera concluir o inquérito nos próximos 15 dias
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A Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e prorrogou a prisão temporária de Cleilton Santana dos Santos, preso suspeito de ter assassinado a enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, grávida de 8 meses.
A delegada Maria da Glória Pessotti, titular da Delegacia de Alfredo Chaves, explica que, com isso, a prisão fica estendida por mais 30 dias, assim como o inquérito.
“No decorrer do processo, diversas perícias foram realizadas, entre elas, no local do crime, exames de DNA e microcomparação balística. Ainda estamos dependendo do resultado do exame da perícia do local e da arma para o relatório final do inquérito”, afirmou a delegada, acrescentando que o inquérito deve ser finalizado na próxima semana ou, no máximo, em até 15 dias.
Procurada pela reportagem de A Tribuna, a defesa de Cleilton, que nega o crime, afirmou que “continua aguardando a conclusão das perícias e investigação”.
Íris foi encontrada morta, com o corpo coberto por cal, abandonado em uma estrada rural em Alfredo Chaves, na estrada que liga Matilde à comunidade de São Bento de Urânia, no dia 11 de janeiro.
Segundo a Polícia Civil, ela foi atingida por pelo menos dois disparos na região do tórax. O corpo de Íris foi encontrado e levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim.
A polícia começou a investigação a partir do cartão de crédito que estava no bolso da vítima e chegou até a mãe de Íris, Márcia Rocha, quatro dias depois, ou seja, no dia 15 de janeiro.
Nesse período, a família não desconfiou do desaparecimento e, por isso, não fez boletim de ocorrência. Segundo a família, a jovem teria feito o último contato com a mãe por WhatsApp, no dia 10.
No dia 18 de janeiro, a polícia divulgou que Cleilton, que namorou a vítima por seis meses, e era o pai da criança que ela esperava, era o suspeito do crime.
O namoro começou em abril e terminou em outubro do ano passado, após Íris ser agredida pelo companheiro, segundo a polícia.
Ela registrou um boletim de ocorrência na ocasião. No boletim, Íris ainda conta que já havia sido ameaçada antes pelo suspeito, com uma arma de fogo.
Amigos da enfermeira relataram que Íris vivia um relacionamento tóxico e o ex-namorado mentiu para ela afirmando que era policial.
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