Vida no campo e ovo caipira

Bruno Faustino é autor da coluna |  Foto: Arquivo / AT

Ah! Como eu gosto de contar histórias de empreendedores rurais, caro leitor. O nosso destino esta semana? Viana. Mais precisamente o "Sítio Pais e Filhos".

Antes, preciso contar que essa é uma lição para cada um que pretende empreender. Quem chega à propriedade se depara com muitas galinhas. São dezenas, centenas, milhares de galinhas criadas para produzir ovo caipira.

Vou te contar um pouco do que eu aprendi ao visitar o sítio. Hoje em dia, na avicultura, existem três tipos principais de produção de ovos: a avicultura de gaiola, onde as galinhas ficam confinadas; a "cage-free", que tira as galinhas das gaiolas, mas as mantém dentro de galpões; e a avicultura caipira, onde as galinhas têm uma vida mais livre, se alimentam só de ração vegetal, e podem sair para pastar.

Elas têm ninhos, poleiros, e são tratadas com muito respeito. Afinal, elas não são máquinas de botar ovos, mas sim seres vivos que merecem ser bem cuidados.

|  Foto: Canva

No sítio, além da criação das aves, foi montada uma agroindústria familiar para garantir que os ovos cheguem aos consumidores com a melhor qualidade possível. O processo envolve desde a higienização até a seleção e embalagem dos ovos.

Atualmente, são galpões em funcionamento e a produção chega a 1.600 ovos por dia. O curioso desta história é que a avicultura não foi a primeira atividade econômica da propriedade.

Há cinco anos, visitei o sítio para conhecer o laticínio que ali existia. Empreendimento familiar, com mão-de-obra familiar e muita dedicação.

Ah! Não poderia deixar de contar para vocês que o queijo produzido por eles era maravilhoso. Muito saboroso. Mas, a vida dá reviravoltas e o laticínio precisou ser desativado. A criação de galinha caipira era um projeto futuro, que foi colocado em prática. E não é que deu certo?

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