X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Internacional

Vietnã: empresária é condenada à pena de morte por golpe de US$ 12 bilhões

Caso da magnata faz parte da ofensiva contra corrupção que se intensificou no país nos últimos anos e já derrubou dois presidentes


Ouvir

Escute essa reportagem

A magnata do ramo imobiliário Truong My Lan, 67, foi condenada à morte no Vietnã pelo que é considerado o maior caso de fraude na história do país. A sentença anunciada nesta quinta-feira, 11, evidencia a cruzada anticorrupção do Partido Comunista no poder.

A empresária foi presa em 2022, acusada de subornar funcionários públicos, violar regulações e desviar US$ 12 bilhões do Saigon Commercial Bank (SCB), que controlou ilegalmente ao longo de uma década. Os promotores, contudo, disseram nesta quinta que os danos causados pelo esquema somam US$ 27 bilhões (R$136 bilhões), valor que é equivalente a 6% do PIB do Vietnã no ano em que Lan foi detida.

Apesar de atenuantes como o fato de ser ré primária e ter prestado serviços comunitários, o tribunal justificou a pena de morte pela seriedade do caso. "[Suas ações] não só violam os direitos de gestão de propriedade de indivíduos e organizações, mas também empurram o SCB para um estado de controle especial; minando a confiança das pessoas na liderança do Partido e do Estado", disse a imprensa local, citando o julgamento.

Lan e sua família fundaram a Van Thinh Phat na década de 1990, quando o país passava por um processo de abertura econômica. A empresa cresceu e se tornou a maior do ramo imobiliário no Vietnã, com prédios residenciais de luxo, escritórios, hotéis e shoppings.

Com sua influência na economia local, ela orquestrou, segundo a denúncia, a fusão do SCB com dois outros credores, em coordenação com o Banco Central do Vietnã. Truong My Lan teria controlado indiretamente 90% do Saigon Commercial Bank e aprovado empréstimos para empresas fantasmas que depois voltariam para suas mãos, segundo registros do tribunal. Para encobrir o esquema, teria subornado funcionários públicos.

Além dela, 85 pessoas foram acusadas por crimes que vão de suborno e abuso de poder até apropriação indébita e violação das leis bancárias. O grupo inclui ex-presidentes do Banco Central, funcionários públicos e executivos do banco.

A empresária negou as acusações e culpou os subordinados. "Estou tão irritada por ter sido tão estúpida para me envolver neste ambiente empresarial muito feroz, o setor bancário, do qual tenho pouco conhecimento", disse.

Em sua declaração final ao tribunal na semana passada, ela sugeriu que cogitou o suicídio. "Em meu desespero, pensei na morte", declarou Lan, segundo a imprensa estatal.

O caso da empresária faz parte da ofensiva contra corrupção que se intensificou no país nos últimos anos e já derrubou dois presidentes. No mês passado, Vo Van Thuong renunciou depois de ser implicado na operação "Forno Ardente". Ele havia se tornado presidente um ano antes, quando Nguyen Xuan Phuc assumiu "responsabilidade política" por escândalos de corrupção durante a pandemia e entregou o cargo, denunciado pelo próprio partido. 

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: