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Internacional

Lula diz que ainda não reconhece vitória de Maduro na Venezuela

Petista disse que há várias saídas para a crise política no país vizinho. Uma delas seria um governo de coalizão, entre o chavismo e os opositores


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Imagem ilustrativa da imagem Lula diz que ainda não reconhece vitória de Maduro na Venezuela
Lula mencionou publicamente pela primeira vez a possibilidade de novas eleições no país vizinho |  Foto: RAFAEL VIEIRA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira, 15, que ainda não reconhece Nicolás Maduro como presidente reeleito na Venezuela. Além disso, o presidente brasileiro mencionou publicamente pela primeira vez a possibilidade de novas eleições no país vizinho - caso Maduro tenha bom senso, nas palavras de Lula.

Ele deu as declarações em entrevista à Rádio T, em Curitiba. O presidente está no Paraná para uma série de compromissos na região metropolitana da capital do Estado. Ele começou dizendo que não é "fácil nem bom" o presidente de um país "dar palpite" na política de outro país, mas continuou falando sobre o assunto.

"Ainda não reconheço o resultado, ele Maduro sabe que está devendo uma explicação para a sociedade e para o mundo", declarou Lula.

O brasileiro disse que também não é possível reconhecer vitória dos opositores do chavismo, por falta de dados concretos.

Lula voltou a afirmar que é necessário divulgar os dados eleitorais do país. As eleições venezuelanas foram em 28 de julho. Tanto o governo quanto a oposição dizem ter vencido a disputa - as pesquisas de intenção de voto indicavam derrota de Maduro.

O petista disse que há várias saídas para a crise política no país vizinho. Uma delas seria um governo de coalizão, entre o chavismo e os opositores. Outra, também citada pelo petista, seria uma nova eleição.

"Se ele Maduro tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições", declarou o presidente brasileiro.

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