Robinho evita falar sobre julgamento de Daniel Alves: 'Que Deus abençoe ele'
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime de participar de um estupro coletivo de uma jovem albanesa
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Condenado por estupro na Itália, o atacante Robinho evitou comentar sobre o julgamento do compatriota Daniel Alves, preso sob a acusação de agredir sexualmente uma mulher em uma casa noturna de Barcelona, na Espanha. Apesar de não falar sobre o assunto, o ex-jogador do Santos, Real Madrid e Milan mandou um recado para o antigo companheiro de seleção brasileira. "Que Deus abençoe a vida do Daniel Alves. Melhor eu não falar nada", disse Robinho, em breve declaração à Record TV.
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime de participar de um estupro coletivo de uma jovem albanesa que ocorreu em uma casa noturna de Milão, na Itália, quando ele atuava pelo Milan. A sentença foi referendada por outras instâncias da Justiça italiana, incluindo pela mais alta corte do país europeu, que confirmou a condenação em janeiro de 2022. Depois disso, a Itália solicitou ao Brasil a extradição do atleta.
Em março do ano passado, Robinho entregou seu passaporte à Justiça e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de não poder ser extraditado para a Itália, onde foi condenado. O jogador nega as acusações. Ele fez sua última partida em julho de 2020 e vive recluso em sua casa, em um condomínio de Luxo no Guarujá. As poucas aparições públicas que faz são, geralmente, para jogar futevôlei na praia.
O julgamento chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro deste ano, mas ficou suspenso por meses em razão do pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha. Em agosto, a corte rejeitou o pedido da defesa do jogador para que a Justiça italiana enviasse ao Brasil uma cópia do processo na íntegra traduzida para o português.
Daniel Alves, por sua vez, está preso preventivamente desde janeiro de 2023. Ao longo do período detido, ele mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga. O brasileiro alega inocência e afirma que a relação sexual foi consensual. A pena para este tipo de crime no país é de até 12 anos de reclusão. Não há prazo para a sentença.
O julgamento de Daniel Alves foi realizado entre os dias 5 e 7 de fevereiro, nesta semana. A mulher que acusa o jogador de estupro sustentou a primeira versão que apresentou ao denunciar o atleta e reafirmou que foi violentada. O jogador chorou durante o depoimento, negou que a relação foi forçada e disse que estava bêbado no momento do ocorrido. Citar embriaguez é a estratégia mais recente da defesa, que tenta atenuar uma eventual condenação.
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