Invasão alienígena chega aos cinemas em história da origem de franquia de sucesso
“Um Lugar Silencioso: Dia Um” se passa em período anterior ao retratado no primeiro filme, de 2018, e traz novos personagens
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Os sons das buzinas dos carros e das obras de Nova Iorque, nos Estados Unidos, vão dar lugar ao barulho da destruição causada pela chegada de alienígenas. Para sobreviverem ao ataque inesperado, dois totais desconhecidos vão precisar ficar quietos, não dar um pio sequer!
Essa é a premissa de “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, um prelúdio do primeiro filme da franquia de sucesso, lançado em 2018. Na nova produção, que chega aos cinemas do Espírito Santo nesta quinta-feira (27), o público vai acompanhar personagens diferentes dos que foram apresentados no longa original e na “Parte II” (2021).
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Enquanto os projetos anteriores eram focados na luta por sobrevivência da família Abbott, vivida por John Krasinski e Emily Blunt, o prelúdio tem a vencedora do Oscar Lupita Nyong'o no papel principal, como Sam. Junto a ela, o ator Joseph Quinn, conhecido por seu trabalho na série “Stranger Things”.
A atriz definiu sua personagem como “uma mulher que está em uma viagem de um dia para Nova Iorque quando os monstros chegam. Como tudo rapidamente vai para o inferno, ela se junta a um homem chamado Eric. Com alguma relutância, os dois concordam em andar e sobreviver juntos pela cidade”.
A promessa é um novo tipo de tensão e atrito em meio ao ataque de monstros assassinos, que se orientam pelo som de suas vítimas.
“Nos dois filmes anteriores, a conectividade dos personagens é intrínseca porque eles são uma família, então você entende imediatamente porque eles precisam ficar juntos”, observou.
Sobre trabalhar com Joseph Quinn, a atriz disse que eles se deram muito bem nas filmagens.
“Exigimos muita confiança para fazer um filme como esse porque não há diálogo, então você tem que estar meio que sintonizado um com o outro, tem que ouvir, tem que ser perceptivo. Fazer esse projeto juntos foi uma experiência íntima que realmente gostamos”.
A dupla vai se unir a outros sobreviventes, como Henri, personagem interpretado por Djimon Hounsou e que apareceu no segundo capítulo da franquia.
No que depender de Lupita Nyong'o, a franquia vai ganhar novos longas. “O que adoro é que, nesta história de invasão alienígena, há tantas oportunidades de seguir pessoas diferentes desde o primeiro dia. Há quantos bilhões de pessoas no mundo? A franquia poderia durar para sempre!”, afirmou.
Filme quer enfrentar crise de Hollywood
Hollywood vem tendo dificuldade para alçar novas franquias ao topo das bilheterias. Por isso, quando uma ideia emplaca, é preciso aproveitar o momento. Com isso em mente, a Paramount não apenas deu sequência a “Um Lugar Silencioso”, como voltou às origens do terror que foi sensação em 2018.
Com a estreia de “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, a franquia soma, em apenas seis anos, três longas (o original, uma continuação e um prequel).
John Krasinski, afinal, não era muito mais do que o mocinho da comédia “The Office” quando ofereceu ao estúdio a história mirabolante sobre uma invasão alienígena. Concebida por Scott Beck e Bryan Woods, por sua vez ilustres desconhecidos, a ideia foi abraçada pelo ator, que garantiu os US$ 17 milhões de orçamento.
“Um Lugar Silencioso” acabaria arrecadando US$ 341 milhões e seria eleito pelo Instituto Americano de Cinema um dos 10 melhores filmes de 2018. As portas se abriram, e agora “Dia Um” recicla o universo de sucesso apresentando ao público novos personagens e com um orçamento que foi a US$ 67 milhões.
Enquanto “Um Lugar Silencioso” acompanhava uma família vivendo há anos sob uma invasão alienígena, “Um Lugar Silencioso: Dia Um” retorna ao momento exato em que as criaturas desembarcam na Terra.
E se antes o filme começava em silêncio, já que os personagens foram obrigados a se comunicar em língua de sinais para não atrair os extraterrestres, que caçam usando a audição, agora as sirenes, buzinas e gritaria de Nova Iorque dificultam os planos dos sobreviventes.
“Imagine pedir para uma das cidades mais barulhentas e movimentadas do mundo para ficar quieta?”, diz Nyong'o, que interpreta uma das nova-iorquinas forçadas a fazer voto de silêncio. Ela já tinha experiência em se adaptar a realidades catastróficas, porém.
Vencedora do Oscar, a atriz tem uma relação simbiótica com os filmes de gênero e já testemunhou o colapso da sociedade em “Pequenos Monstros”, sobre uma invasão zumbi, e “Nós”, em que fugiu de sua “doppelgänger” assassina.
Para ela, o interesse do público por tramas do tipo sempre foi uma constante no cinema, mas se fortaleceu depois da pandemia de covid-19. O impossível aconteceu em 2020, diz, e o que antes era fascínio pelo desconhecido virou uma preocupação real, alimentando o ciclo do subgênero de catástrofe.
“Nós ainda vivemos um choque coletivo, continuamos assombrados pelos fantasmas da pandemia”, diz Joseph Quinn, que foge dos alienígenas ao lado de Nyong'o.
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“Tô de Graça”
Filme, que é baseado na série de sucesso do “Multishow”, tem estreia oficial nesta quinta-feira (27) e acompanha a história de Graça, uma mãe de 14 filhos e moradora do subúrbio do Rio. No elenco, Rodrigo Sant’Anna e Isabelle Marques.
“8 1/2 Festa do Cinema Italiano”
O Cine Jardins, em Jardim da Penha, será um dos locais que vão receber a 11ª edição do evento. A programação inclui 10 filmes, a exemplo de “A Imensidão”, com Penélope Cruz.
“Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”
Os fãs da saga terão uma nova chance de assistir ao terceiro filme da franquia nas telonas, em comemoração aos 20 anos da produção. A exibição vai acontecer no próximo sábado (29).
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