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Educação

Professora há mais de 50 anos afirma: “Ainda me emociono”. Veja depoimentos

Ângela Costa Pereira, que é muito querida pelos alunos, começou a dar aula por influência da mãe e da irmã


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Imagem ilustrativa da imagem Professora há mais de 50 anos afirma: “Ainda me emociono”. Veja depoimentos
Ângela Costa Pereira revelou que em nenhum momento pensou em mudar de profissão |  Foto: Leone Iglesias/AT

Há 50 anos, a sala de aula faz parte da vida da professora Ângela Costa Pereira. Influenciada por sua mãe e irmã, que eram professoras, ela iniciou a carreira como “docente de emergência”. “Na época, minha irmã conseguiu uma 'cadeira' para mim na escola”.

Ela, então, iniciou a faculdade. A professora de Geografia recorda que começar a carreira tão jovem foi desafiador.

Ela, então, iniciou a faculdade. A professora de Geografia recorda que começar a carreira tão jovem foi desafiador.

“Terminei a faculdade em julho e, em setembro, já estava dando aula para o ensino médio. Foi um grande desafio da minha vida, porque eles tinham uma idade próxima da minha. Eu tinha 23 anos e eles tinham 16 e 17 anos. Não tinha distância de idade expressiva. Eu tive de mostrar que era nova, mas tinha muito conhecimento e conteúdo para passar”.

Há 44 anos, ela leciona no Colégio Sagrado Coração de Maria, em Vitória. “Em nenhum momento pensei em mudar de profissão. É onde eu me realizo. Eu me emociono muito, porque os alunos têm carinho e respeito, mas não é por imposição”.

Não é por acaso que Ângela tem o respeito dos estudantes “Eles sabem que não entro em sala com ninguém em pé e nem com papel no chão. Eles podem tomar água, ir ao banheiro e à coordenação, mas só quando todos estiverem sentados. Eu faço acordos com eles”.

Entre as mudanças durante todo tempo de carreira, a que mais faz falta para Ângela é a proximidade com os alunos. “Os alunos de antigamente eram mais próximos da gente, mas sem se aproveitar para intimidade. Hoje a proximidade é mais em sala de aula”.

Professora do oitavo ano, segunda e terceira série do ensino médio, mesmo aposentada há 23 anos, Ângela não pensa em parar. “Eu amo dar aula, se eu ficasse em casa, ficaria doente”.

Com a palavra, os mestres!

Verdadeira paixão por ensinar

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Claudia Rodrigues |  Foto: Roberta Bourguignon

Aos 50 anos de idade, a professora Claudia Rodrigues comemora seus 26 anos de sala de aula, e declara que vê a profissão como uma verdadeira paixão.

“Me realizo no ambiente escolar, onde cada dia é uma oportunidade de reinventar e aprender”, afirma.

Claudia acredita que o papel do professor é mediar o conhecimento, tornando uma figura essencial em um mundo onde a internet compete pela atenção dos alunos. Para ela, é gratificante acompanhar o progresso de cada estudante e fazer a diferença em sua trajetória.

Reconhecendo que a educação é um processo contínuo, Claudia destaca a importância de um olhar crítico para transformar a realidade. “Estamos em constante aprendizado e precisamos do conhecimento para entender melhor o mundo ao nosso redor”, ressalta.

“Dar aulas salvou minha vida”

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Luizette Azeredo Bittencourt |  Foto: Clóvis Rangel

Luizette Azeredo Bittencourt, de 85 anos, é respeitada no meio educacional não apenas em Cachoeiro de Itapemirim, mas em todo o Espírito Santo. Ela começou a dar aulas aos 18 anos e anos mais tarde fundou o Instituto de Pesquisas Educacionais (IPE), mesmo diagnosticada tardiamente com dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

“Dar aulas salvou minha vida. Desde a infância eu brincava de escolinha, mas confirmei essa minha vocação na escola Normal, que era o único curso que cabia às meninas da minha época”.

Ajuda para tornar alunos protagonistas

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Rubens Monteiro, o famoso Rubão |  Foto: Roberta Bourguignon

Com 28 anos de experiência em sala de aula, Rubens Monteiro, o famoso Rubão, de 48 anos, reflete sobre a transformação do papel do professor na atualidade. Segundo ele, a função de educador deixou de ser meramente a de transmissor de conhecimento. “Nossa missão é fazer com que os estudantes se tornem protagonistas de seu próprio aprendizado, ensinando-os a usar a informação de maneira crítica e eficaz”, destaca.

Para Rubão, ser professor sempre foi um sonho e ele não trocaria a carreira. O carinho e a gratidão dos alunos são o que o motiva a continuar. “Acredito que só o conhecimento pode nos levar onde queremos chegar”.

Brincadeira virou profissão

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Luana Marcelino de Lima |  Foto: Leone Iglesias/AT

Foi ainda na infância que Luana Marcelino de Lima se apaixonou pela sala de aula. Este ano, aos 24 anos, ela iniciou sua carreira como professora do 4º ano do ensino fundamental I no Colégio MAC.

“Desde a infância, eu adorava a escola. Chegava em casa e queria brincar de escolinha. Essa paixão foi crescendo e me motivou muito durante o ensino médio a fazer essa escolha. Os professores eram muito potentes e me fizeram ter a certeza do que iria escolher.”

Luana iniciou a graduação em 2020, mas logo se deparou com a pandemia. “Foram quatro anos de muitos estudos, vivências e potencialidades. A cada semestre, sentia que meu sonho estava cada vez mais próximo”.

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