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Economia

Uma década à espera da entrevista de emprego

Candidatos com acima dos 50 anos enfrentam dificuldades na busca por emprego


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Imagem ilustrativa da imagem Uma década à espera da entrevista de emprego
Beatriz recomendou inclusão de aprendizados obtidos na vida pessoal |  Foto: Divulgação

Enviar currículo por anos e não ser chamado para nenhuma entrevista é uma realidade que profissionais com 50 anos ou mais enfrentam no Espírito Santo e fora dele.

As corporações, muitas vezes, não dão chance para esses candidatos mostrarem do que são capazes. “Quando a gente está falando de processos que não sejam com olhar da inclusão, o currículo nem chega a ser visto”.

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A observação é da gerente de Projetos e especialista em diversidade, equidade e inclusão na Maturi, Fabi Granzotti. Ela explicou que muitas organizações ainda não perceberam que o fator idade pode ser uma vantagem.

“Tem gente há 10 anos procurando e as empresas nem olham. Nem chegam a chamar para uma entrevista, o currículo não passa”. Segundo ela, há mais de 200 mil pessoas cadastradas na Maturi procurando recolocação no Brasil, pelo menos 5 mil são do Espírito Santo.

Para ela, esses profissionais são vítimas do etarismo, mas não são vitimistas. Eles entendem que nem sempre vão conseguir emprego e também buscam outras formas de trabalhar, oferecendo seus conhecimentos por meio de consultoria ou mesmo abrindo o próprio negócio.

Em um futuro não muito distante (2040), um total de 57% da força de trabalho vai ser composta por pessoas com 45 ou mais, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para profissionais que pararam a carreira por algum motivo, seja por questões de saúde ou outras, o desafio é ainda mais difícil. Já que existe um espaço temporal sem atuação no currículo.

Para aqueles que pararam para cuidar de parentes ou dos próprios filhos, especialistas explicam que filhos no currículo podem ser interessantes quando o posto de trabalho desejado exige alguma habilidade trazida por essa experiência.

“Considero que estes aprendizados devem ser levados para a entrevista de avaliação, sempre relacionando-as ao que você pretende atuar”, explicou a psicóloga organizacional e diretora da DRH Consultoria, Beatriz Magadan.

Além de todas as dificuldades enfrentadas para uma recolocação profissional, esses trabalhadores, quando conseguem o trabalho, costumam não ter chances de crescimento na carreira.

Proprietário de uma escola de beach tênis, Fábio Borem resolveu ir por outro caminho. Ele contratou um estagiário de 20 anos e outro de 51. O profissional, já com formação em outras áreas, entrou na faculdade novamente e está para se formar. “Com 51 anos, ele está buscando novas áreas, isso me deixou mais motivado para contratá-lo”, contou.

Análise

Imagem ilustrativa da imagem Uma década à espera da entrevista de emprego
Gisélia Freitas é especialista em pessoas e carreiras |  Foto: Divulgação

Geração 50+ traz vantagens

“A sociedade está com um movimento de diversidade muito forte. O preconceito em relação a profissionais com 50 anos ou mais no mercado de trabalho vai diminuir com esse movimento, mas também por outros motivos.

A expectativa de vida e o número de pessoas mais maduras está aumentando no Brasil, a aposentadoria está cada vez mais tardia e a qualidade de vida também está melhorando.

Muitas empresas ainda acreditam que esses profissionais são desatualizados, inflexíveis e têm dificuldade de aprender coisas novas. Mas isso vai mudar, sem diversidade não tem sustentabilidade, porque não tem inovação.

Essa geração traz diversas vantagens para as empresas. São profissionais que vestem mais a camisa, são mais pontuais, seguem hierarquia, são mais fiéis e presentes.

Atualmente, o percentual de pessoas acima de 50 anos dentro das empresas é, em média, de 6 a 10%. Com esse profissional a empresa ganha experiência, ele pode ser um mentor, um facilitador.”

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