Trump anuncia taxa de 18% a etanol brasileiro
Medida faz parte das “tarifas recíprocas” a produtos que estariam em condição “injusta” de comércio em relação aos americanos
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Depois de taxar o aço e o alumínio do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora mira no etanol brasileiro.
A Casa Branca anunciou ontem o que tem chamado de “tarifas recíprocas” e, para justificar a medida, distribuiu uma lista de países e produtos que estariam em condição “injusta” de comércio em relação aos americanos.
O primeiro item da lista é o etanol brasileiro.
“A tarifa dos EUA em etanol é de meros 2,5%. Já o Brasil cobra dos EUA tarifas de exportação de 18%. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões (R$ 1,15 bilhão) em etanol do Brasil, enquanto exportaram US$ 52 milhões (R$ 299,52 milhões) ao Brasil”, diz o documento, que também cita produtos agrícolas da Índia e veículos e mariscos da União Europeia.
De acordo com Trump, mesmo parceiros e aliados “têm tirado vantagem” dos americanos nas trocas comerciais, o que ele pretende consertar com seu novo sistema de tarifas.
Segundo funcionários da Casa Branca, as tarifas serão customizadas de acordo com cada caso, país a país, produto a produto, e por isso o início da cobrança não é imediato, mas acontecerá no “tempo de Trump”, ou seja, em poucas semanas ou, no máximo, alguns meses.
Por enquanto, os órgãos administrativos americanos farão estudos para indicar taxas e medidas de barreira que prejudicariam a competição de produtos dos EUA ao redor do mundo e calibrar a resposta da Casa Branca.
“Para fins de justiça, vou cobrar uma tarifa recíproca, o que significa que qualquer coisa que os países cobrem dos EUA, nós os cobraremos de volta. Nem mais, nem menos. É muito simples”, afirmou Trump, logo depois de assinar o memorando prevendo as “tarifas recíprocas”.
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