Tecido de celulose e ações para reduzir uso de água
Suzano investe em iniciativas dentro da agenda ESG, que foi tema de evento da Rede Tribuna, incluindo inovações tecnológicas
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Um dos pontos abordados pela agenda ESG (sigla em Inglês para meio ambiente, social e governança) é a necessidade de empresas realizarem projetos de sustentabilidade voltados para a redução do uso e desperdício de água nos processos industriais.
Isso é motivo de preocupação em todo o mundo porque, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a indústria representa 22% de todo o gasto de água no mundo e no Brasil, ficando atrás apenas da agropecuária, que utiliza 72%.
O tema foi assunto do evento Em Pratos Limpos da Rede Tribuna, realizado no último dia 27. Uma das empresas que participou do evento foi a Suzano, que está desenvolvendo iniciativas para reduzir o consumo de água em seus processos como parte de seu compromisso com a sustentabilidade.
É dessa caminhada que surgem alternativas como a Ecolig, a lignina kraft de eucalipto, um produto sustentável com múltiplas funcionalidades para substituir materiais de origem fóssil. Outra iniciativa é a produção de tecido a partir da celulose, solução que requer menor consumo de água e é desenvolvida em parceria com uma startup.
A Suzano também realiza iniciativas de sustentabilidade em seu dia a dia da operação, como o reuso de 80% da água utilizada na produção, a autossuficiência na geração de energia a partir de fonte renovável, redução do envio de resíduos para aterros e busca permanente pela redução do uso da água em seus processos.
“Um dos nossos compromissos é reduzir em 15% a captação de água até 2030, além de aumentar a disponibilidade hídrica nas bacias hidrográficas consideradas críticas nas regiões onde atua”, informou a empresa, em nota.
A Suzano também mantém um programa de restauração ecológica, com mais de 25 mil hectares de áreas florestais nativas em recuperação, contribuindo para a biodiversidade e a preservação de mananciais hídricos, e recentemente aderiu a uma iniciativa que vai conectar 170 mil hectares de fragmentos florestais entre a Bahia e o Espírito Santo.
“A empresa pretende continuar reduzindo seu impacto ambiental, implementando tecnologias mais avançadas e investindo em inovação. Além disso, está comprometida em ampliar suas áreas de restauração ecológica, aumentando a cobertura florestal e protegendo ecossistemas sensíveis”, destacou a Suzano, em nota.
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Suzano
Pensando na sustentabilidade e na economia de água, a Ecolig, a lignina kraft de eucalipto, um produto sustentável com múltiplas funcionalidades para substituir materiais de origem fóssil.
Outra iniciativa é a produção de tecido a partir da celulose, uma solução que requer menor consumo de água.
Pretende também reduzir em 15% a captação de água até 2030, além de aumentar a disponibilidade hídrica nas bacias hidrográficas consideradas críticas nas regiões onde atua.
Também iniciou a utilização de um caminhão elétrico para o transporte de celulose entre a sua fábrica, em Aracruz, e o Portocel, terminal por onde o produto é exportado. A iniciativa reduz em 20% a emissão de CO no trajeto.
Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa do Estado deu atenção especial à desburocratização da legislação ambiental, tendo aprovado, no final do ano passado, o código geral para licenciamento ambiental.
Outro exemplo da participação da Assembleia Legislativa na pauta da sustentabilidade são os processos, que já foram 100% digitalizados. Ou seja, foi eliminado o uso de papel.
Processos digitalizados e menos burocracia
A Assembleia Legislativa do Espírito Santo também tem atuado em prol da sustentabilidade, seja aprovando propostas que favoreçam o meio ambiente ou por meio de redução de uso de alguns materiais.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (União), relatou à reportagem que foi dada uma atenção especial na desburocratização da legislação ambiental.
Segundo ele, essa atenção vai além da simplificação de processos, buscando equilibrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade.
“Entendo que, assim como em qualquer tema, precisamos fugir do extremismo que alcança também as discussões sobre o meio ambiente, trabalhando as possibilidades com diálogo e parceria”, afirmou Marcelo.
O presidente da Assembleia também disse que o momento atual indica uma era de harmonia entre “tecnologia da informação, inteligência artificial e engenharia genética”, com novas possibilidades para contribuir com esse tema.
“Como órgão legislativo, temos acompanhado de perto todas as mudanças, assim como essas novidades que surgem para auxiliar as demandas ambientais”.
Outro exemplo da participação da Assembleia Legislativa na pauta da sustentabilidade são os processos, que já foram 100% digitalizados. Ou seja, foi eliminado o uso de papel.
“Esse projeto não só acelerou os processos legislativos e administrativos, mas também resultou em uma economia significativa para os cofres da Assembleia, além de uma contribuição fundamental ao meio ambiente, com milhares de árvores preservadas e menos uso de papel”, concluiu.
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