Porto com 1.295 empregos começa a ser construído nesta quarta-feira
Projetado para ser um dos maiores complexos da América Latina, o Porto Central, em Kennedy, tem conclusão prevista para 2027
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Com proposta de ser um dos maiores complexos portuários da América Latina, com área de 1.800 hectares (equivalente a 1.800 campos de futebol), o Porto Central, em Presidente Kennedy, Sul do Estado, começa a ser construído amanhã.
As obras começam com a supressão vegetal — retirada da mata — em cerca de 65 hectares. Depois, virão as obras civis de terraplanagem e implantação do canteiro. A construção vai requisitar a contratação direta de 1.295 profissionais no pico das obras, até 2027, data prevista para conclusão da primeira fase.
Também estão previstas a produção, transporte e armazenagem de rochas para o quebra-mar sul, a instalação da central de fabricação dos elementos de concreto e a dragagem do canal de acesso, destacou Jessica Chan, gerente comercial do Porto Central.
Um destaque desta fase é a adoção do Programa de Dragagem Adaptativa (PGDA), iniciativa pioneira no País, com alta tecnologia para minimizar impactos ambientais durante as obras marítimas.
Serão R$ 2,6 bilhões de investimentos na Fase 1, que contemplará a construção da infraestrutura portuária para exportação de petróleo.
Será um terminal de granéis líquidos de águas profundas dedicado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship), em área protegida, oferecendo segurança e eficiência para operações com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs), segundo o Porto Central.
O projeto, diz a empresa, posiciona-se estrategicamente no contexto logístico nacional, atendendo à crescente demanda por infraestrutura moderna e eficiente.
“Estamos prontos para contribuir com o desenvolvimento do setor portuário brasileiro e a crescente demanda para exportação de petróleo, oferecendo capacidade adicional para exportação de petróleo e reduzindo custos logísticos”, disse o diretor Angelo Santos.
Sobre a criação de empregos, as vagas diretas serão preenchidas durante o andamento das obras.
“Os interessados podem se cadastrar no site do porto, mas as vagas vão sendo anunciadas aos poucos. Queremos contratar 70% de mão de obra local. Vamos buscar parcerias para formação de profissionais entre moradores da região”, enfatizou.
Detalhes
O Porto Central
Com investimento inicial de R$ 2,6 bilhões e todas as licenças ambientais emitidas pelo Ibama, a Fase 1 contemplará a construção da infraestrutura portuária necessária para um terminal de granéis líquidos de águas profundas. O terminal será dedicado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship), em área protegida, oferecendo segurança e eficiência para operações com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs).
Empregos
No pico das obras da Fase 1, devem ser contratados até 1.295 empregados diretos, com 70% de mão de obra local. Há prioridade por fornecedores e profissionais das áreas de influência do porto, e o empreendimento desencoraja que pessoas de outras regiões migrem em busca de oportunidades.
Entre os cargos, estão engenheiros; mecânicos; eletricistas; bombeiros; pedreiros; encarregados; motoristas de caminhões; ajudantes; operadores de máquinas; técnicos de TI, ambientais e de Segurança do Trabalho; biólogos; soldadores; almoxarife; vigias; mestres de obras; serventes; montadores; carpinteiros, armadores, analistas ambientais, assistentes administrativos.
Interessados podem se cadastrar no site https://www.portocentral.com.br/trabalhe-conosco/. Nas fases futuras, até 2040, o pico de trabalhadores será de 4.200.
Próximos passos
O porto já está em negociação e com estudos técnicos necessários para o desenvolvimento dos próximos terminais, em destaque o estaleiro de descomissionamento e reciclagem sustentável de navios em parceria com a M.A.R.S e um hub de movimentação de contêineres.
Confiança em rodovia e ferrovias
A primeira fase do Porto Central será voltada exclusivamente para o mar. Mas nas fases seguintes será essencial ter estrutura rodoviária e ferrovia até o porto. Segundo a gerente comercial do Porto Central, Jessica Chan, essa estrutura logística não preocupa e os representantes do porto estão confiantes quanto aos modais de acesso.
“Nessa primeira fase não tem alterações na ES-060. Nas fases futuras, terá mudanças no traçado da ES-060, melhorias na ES-162, e expansão da ES-297 até o porto, como já definido junto com o governo do Estado e a prefeitura de Presidente Kennedy”, disse.
Sobre as ferrovias, as EF-118 e a EF-352 serão fundamentais para as fases seguintes, e a direção do Porto Central disse que tem acompanhado o desenrolar de cada passo e está confiante na construção.
No último dia 22, A Tribuna destacou a situação das ferrovias, e mostrou a confiança de integrantes do porto, principalmente com a EF-352 que ligará Presidente Kennedy e Goiás, no Centro-Oeste.
O porto já articula os próximos passos para consolidar posição estratégica no setor portuário. Segundo Jessica, além do transbordo de petróleo na Fase 1, o complexo está estruturado e licenciado para permitir expansões e a diversificação de operações. As próximas fases tem previsão de conclusão em 2040.
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