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Economia

Mais de 100 horas sem internet em condomínio de Vitória

Moradores reclamam de interrupção do serviço em condomínios por vários dias. Um dos casos vem ocorrendo em Bento Ferreira


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Imagem ilustrativa da imagem Mais de 100 horas sem internet em condomínio de Vitória
Cristiano mostra TV sem acesso à internet e lamenta pela filha de 5 anos em férias: “Não tem desenho animado” |  Foto: Leone Iglesias

Moradores de condomínios chegam a ficar sem internet por mais de 100 horas. Foi o caso de um residencial em Bento Ferreira, Vitória, onde o serviço está inativo desde a manhã de domingo. A situação afetou quem precisava da rede para trabalhar e estudar, além do entretenimento.

No domingo, um poste que fica na entrada do prédio e estava caindo foi substituído por outro pela concessionária de energia. No processo, cabos foram rompidos, segundo o síndico Romário Antônio Galter, 40 anos.

O local é atendido por oito operadoras de internet. Todas, segundo ele, restabeleceram o serviço já na segunda: “Menos a Vivo”, reclamou o síndico, que desabafou: “Estamos na era do home office, sem internet e com crianças de férias”.

Ele contou que seis equipes da operadora foram ao local desde segunda, mas não conseguiram solucionar a questão até o fechamento desta edição, ocorrido às 21 horas de ontem. “Pelas nossas contas, são mais de 30 clientes. Ela foi acionada mais de 50 vezes”, reclamou.

O educador físico e personal Cristiano Monteiro, 39 anos, tem alunos em outros estados e precisa da internet para as aulas. “Tive de ir para a portaria usar o wi-fi de lá, que é de outra operadora, para dar aulas”, contou ele, cuja filha, a pequena Alice, 5 anos, está de férias. “Não tem Netflix, não tem YouTube. Não tem desenho”, lamentou.

A operadora também foi acionada no final do ano passado pela Defensoria Pública Estadual que cobrou melhorias nos serviços prestados em São Pedro, Vitória.

Moradores do bairro relataram problemas de conexão e até ausência de internet por mais de 15 dias. A falta prolongada do sinal à rede de computadores é uma violação dos direitos humanos e coloca a comunidade em situação de vulnerabilidade, segundo o mestre em Direito Josmar Souza Pagotto.

No site Dowdetector, alguns moradores de Vila Velha reclamavam ontem do serviço. “Está difícil de abrir os sites”, disse uma usuária. A insatisfação era maior no serviço de internet fixa (49%).

Às 18h56 de ontem, a Vivo informou que uma equipe técnica estava no edifício em Bento Ferreira, Vitória, “para recuperar os serviços no menor tempo possível, devido ao rompimento de cabo de fibra por acidente de terceiros”.

A operadora não explicou o motivo da demora.

Indenização de até 15 mil reais por falha no serviço

O mestre em Direito Josmar Souza Pagotto disse que há casos de danos morais envolvendo falhas na internet com indenizações de até R$ 15 mil. Já os danos materiais variam. As falhas, diz ele, são de responsabilidade do fornecedor do serviço, e a interrupção pode causar de mero aborrecimento a dano moral e material.

Independentemente do motivo, cabe à operadora o restabelecimento do serviço o mais rapidamente possível, após ser informada ou identificar a falha. Por isso, é tão importante que ao detectar o problema, moradores entrem em contato com a operadora.

Ele explicou que esse tipo de situação pode levar a perda de um prazo, de uma aula, de uma entrevista de emprego. Do próprio emprego de quem trabalha em home office, já que o empregado tem que estar a disposição.

SAIBA MAIS

Procura pela operadora, Anatel e Procon

- Responsabilidade

A falta ou falha no sinal de internet por qualquer motivo configura um vício de serviço. A operadora é a responsável por restabelecer a internet o mais rápido possível. Por isso, assim que constatar o problema, o consumidor deve comunicá-la.

- Registros

É importante que o consumidor registre todos os seus contatos com a operadora. Guarde o número de protocolo das ligações telefônicas, reúna as mensagens de texto trocadas, por exemplo.

- Procon e Anatel

caso continue tendo problemas, o consumidor pode buscar o Procon e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que agem também por meio da aplicação de multas.

Se não conseguir solucionar o problema ou decidir buscar algum tipo de reparação, é possível buscar a Justiça, por meio dos Juizados Especiais Cíveis.

- Juizados Especiais Cíveis

Para entrar com ação nos juizados especiais cíveis não há necessidade da contratação de um advogado, para causas com valor de até 20 salários mínimos.

Mas a orientação de um advogado é importante e pode contribuir para formulação até mesmo de um acordo entre as partes.

Vitória

Rua Juiz Alexandre Martins castro Filho, nº 130, Santa Luiza. Contato: 27- 3357-4885.

Serra

Avenida Carapebus, nº 226, São Geraldo. Contato: 27-3357-4877.

Vila Velha

Praça Almirante Tamandaré, nº 193, Prainha. Contato: 27-3149-5139

Cariacica

Rua São João Batista, nº 1.000, Alto Laje. Contato: 27-3246-5500

- Ministério Público

Paralelamente, os consumidores também podem buscar o Ministério Público que tem capacidade de interferir por meio da tutela judicial coletiva. O juiz pode dar prazos curtos para o restabelecimento do serviço sob pena de multa diária, impor multa e dano moral coletivo, com valor de acordo com a extensão do dano.

Fonte: Josmar Souza Pagotto, Pesquisa AT

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