Histórias empresariais: Três condomínios fechados no Espírito Santo
Maior loteadora do Estado, a CBL planeja entrar no novo mercado e tem dois projetos para a Grande Vitória e outro para Aracruz
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Maior loteadora do Espírito Santo, a CBL Desenvolvimento Urbano está prestes a entrar em um novo mercado.
A empresa se notabiliza por realizar loteamentos com toda a infraestrutura, mas na forma de um bairro, sem muros. Essa é uma realidade que está prestes a se transformar, com o desenvolvimento de três condomínios fechados, com estrutura de lazer, sendo dois na Grande Vitória e um em Aracruz.
Na região metropolitana, um dos locais deve ser entre Vila Velha e Guarapari, apostando no “rural urbano”, uma tendência no mercado imobiliário, que é estar fora do caos da cidade, mas próximo.
Já Aracruz é a menina dos olhos da CBL. Foi o que contou o sócio e diretor-executivo Marcos Batista Machado, em entrevista dada ao editor de Economia e Política da Rede Tribuna, Rafael Guzzo.
A Tribuna — Recentemente, a Lotes CBL anunciou dois loteamentos com mais de mil unidades em Aracruz. Por que a decisão de investir na cidade?
Marcos Batista Machado - Começamos a história da CBL em Aracruz, em 2008. É um município que tem despontado e temos uma credibilidade muito grande no crescimento daquela região. Já vínhamos preparando algumas áreas em Aracruz e agora chegou o momento de lançar esses empreendimentos, que são o Villa Santi II e o Park Verde. Faremos o lançamento oficial já no dia 8 (sábado).
Será o maior lançamento imobiliário da história de Aracruz. Qual o valor de cada lote?
A expectativa é um Volume Geral de Vendas de R$ 200 milhões, os dois empreendimentos juntos. Temos tamanhos diferentes. Temos posições de lotes, alguns de vocação residencial, outros comercial. Mas temos lotes com preços a partir de R$ 130 mil.
O loteamento conta com toda a infraestrutura urbana, certo? Como funciona?
Sim, é para uma pessoa morar, só precisa construir sua casa. Tem sistema de drenagem, água, esgoto, pavimentação, sinalização viária, rede elétrica. Quando ficar pronto, só precisa pedir aprovação da prefeitura e construir sua casa.
E por que a predileção por Aracruz?
Nós sempre acreditamos na cidade, no crescimento, no litoral, por ser próxima da capital também. Quando começamos, estávamos captando áreas para fazer desenvolvimento urbano e conseguimos parceiros em Aracruz.
Poderia ser outro município, mas acabou sendo onde começamos. E como começamos lá e o município está em franco crescimento, fincamos a bandeira.
São quantos projetos da CBL na cidade, ao todo?
Ao todo, temos hoje, na cidade, sete empreendimentos, contando com os dois lançamentos de agora. Todos foram um sucesso. Mas estamos também em Nova Venécia, Cachoeiro (de Itapemirim), Serra, Linhares, Vila Velha e Viana.
E é bom destacar: em todos os nossos empreendimentos pode-se construir comércio ou residencial.
E loteamentos para a indústria? A CBL tem ambição de atuar nesse mercado?
Sim, inclusive já temos uma sociedade, uma parceria de alguns anos atrás, quando montamos a VTO, que são loteamentos voltados para a área empresarial, industrial. Acreditamos que também existe um público próprio para isso.
Existem casos de famílias que deixaram o apartamento e embarcaram em um loteamento, em busca de mais espaço e de uma mudança no estilo de vida, e que tenham aprovado?
Inúmeras (enfático)! Depois da pandemia, buscou-se muito os lotes porque as pessoas perceberam que o tamanho das casas em que elas viviam era pequeno.
Tivemos, por isso, uma procura altíssima dos lotes. Acho que o comportamento da população mudou por conta disso. Temos muito casos de pessoas que já têm apartamento mas que decidiram fazer uma casa para ter um espaço maior e procuram por lotes.
Os lotes da CBL são em condomínios fechados ou abertos?
Todos os que fizemos até hoje são abertos. A gente acredita muito nesse lado do empreendimento aberto porque você constrói sua casa, do lado alguém constrói uma farmácia, uma padaria, seu lote se valoriza.
Mas para os próximos anos pretendemos lançar condomínios fechados. Nos, próximos anos temos como meta lançar condomínios fechados.
E há algo que possa ser adiantado aqui para o público do Histórias Empresariais?
Estão em estudo pelo menos três condomínios. São dois na Grande Vitória e outro em Aracruz.
Há muitos investimentos previstos para Aracruz, até mesmo uma ZPE (espécie de zona franca). Muita gente investe pensando no futuro?
Muita gente mais nova não conhecia lotes como investimento. Muita gente hoje vive de renda de áreas que compraram, que valorizaram, que se tornaram grandes bairros. A gente trabalha com isso em mente.
Alguns lotes nossos têm valorização de 40% após a entrega. Falo de um período de três, quatro anos. O lote é questão de moradia, mas também de investimento.
É possível obter com um lote retorno imediato, mensal?
Na realidade você tem um período durante a obra, durante três a quatro anos, que é uma crescente, mas o forte do investimento é após a urbanização e ocupação do local.
Além dos condomínios fechados, há outros projetos?
Temos um rural urbano, que é uma área próxima da cidade com conceito de chácara. Temos um projeto de um condomínio na região entre Guarapari e Vila Velha, que poderá ser uma segunda moradia, ou a primeira, sem estar longe da cidade.
PERFIL | Marcos Batista Machado
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, foi morar em Vitória na década de 1980.
Está na CBL desde sua fundação, já tendo sido também diretor executivo da Mercatus Negócios Imobiliários.
Atualmente, além de atuar como diretor executivo na CBL, também atua em outras empresas do grupo como a Sigmais IoT e a empresa americana de Mármore e Granito Ameriquartz, que fica em San Antonio no Texas.
É mestre em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. e em Liderança, Administração e Negócios pela Florida Christian University.
Também é pastor evangélico. É casado e tem três filhos.
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