X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Herdeiros inovam e investem em novidades nas fazendas

Há propriedades rurais do Estado que chegam à 4º geração de gestores, com estímulo para os jovens permanecerem no setor primário


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Herdeiros inovam e investem em novidades nas fazendas
Emir Macedo Gomes Filho com a mulher, Marcia, e os filhos Emir e Kissila: aposta no agroturismo, em cursos e na venda dos produtos |  Foto: Acervo pessoal

Filhos de produtores rurais, os herdeiros do campo ajudam na produção e também passam a comandar os negócios da família, apostando em métodos inovadores nas propriedades rurais.

Há famílias produtoras que já estão na quarta geração. E os desafios de manter o jovem na atividade passam pela transformação tecnológica, novas técnicas, além de aspectos culturais e familiares.

Imagem ilustrativa da imagem Herdeiros inovam e investem em novidades nas fazendas
“A introdução da tecnologia no agronegócio tem atraído os jovens de novo para o campo. Se antes, a falta de oportunidade de emprego e de estudo afastou os mais novos do campo, hoje, a pujança econômica e a agricultura de precisão, com a utilização de equipamentos mais modernos, drones, internet e tecnologias, oportunizam a permanência desse jovem com geração de renda e qualidade de vida, invertendo uma tendência migratória de cinco décadas”. - Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca |  Foto: Divulgação

Há possibilidades que vêm sendo criadas com o objetivo de propiciar a transformação no trabalho e gestão do campo por meio de novas tecnologias, como dizem o secretário de Estado de Agricultura, Enio Bergoli, e o diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Franco Fiorot.

É o caso da família de Emir Macedo Gomes Filho, 65 anos, com Marcia Fonseca Alves, 58, e os filhos Kissila Mell Alves Brandão, 41, e Emir de Macedo Gomes Neto, 30, que produz cacau em Linhares, e já está na quarta geração.

Os filhos se qualificaram e hoje estão com os pais na administração. Gomes Filho contou a trajetória das atividades no agronegócio:

“Na década de 1950, meu avô veio da Bahia e aqui começou os trabalhos com cacau. Passou pelo meu pai, por mim, e hoje meus filhos estão juntos. Meu filho é formado em Agronomia e minha filha em Jornalismo, responsável pelo marketing digital, por exemplo.”

Imagem ilustrativa da imagem Herdeiros inovam e investem em novidades nas fazendas
“Sucessão familiar é uma temática importante para o desenvolvimento rural sustentável. E o Incaper atua com diferentes projetos voltados para manter a juventude rural. Um desses projeto está previsto para ser lançado em abril, de elaboração de plano de negócios, voltado para esse público jovem. Sabemos que temos alguns desafios importantes, como a disputa com a indústria, que tem criado essa concorrência saudável nas cidades do interior do Estado, mas há perspectivas muito boas de jovens que estudam e voltam para administrar o negócio da família”. - Franco Fiorot, diretor-presidente do Incaper |  Foto: Divulgação

Segundo ele, os filhos começaram a trazer um novo olhar que resulta no agroturismo, com visitas à fazenda, e à venda de produtos. Eles planejam investir numa escola, incluindo curso sensorial de aromas e sabores do chocolate.

“Os filhos trouxeram a questão da tecnologia, ferramentas para o melhoramento genético de plantas de cacau. Temos o maior acervo genético do Estado”, disse.

Bergoli diz que o governo tem fortalecido o investimento em tecnologia para a capacitação dos jovens. “São 32 centros digitais nas escolas agrícolas, para acesso desses jovens a tecnologia e capacitações temáticas, para que levem depois para os negócios da família. Um dos pontos destacados no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba 4 é a sucessão familiar.”

Já Fiorot explica que há desafios importantes, como a disputa com a indústria, que tem criado essa concorrência saudável no interior “mas há perspectivas muito boas de jovens que estudam e voltam para administrar o negócio da família”.

Ferramentas tecnológicas e aposta em agroindústria

Em Venda Nova do Imigrante, na região serrana do Estado, Lorenzo Carnielli, formado nas engenharias de produção e elétrica, e que trabalhou por 10 anos no setor de distribuição de energia elétrica em Aracaju, resolveu retornar para participar da gestão dos negócios da família na Fazenda Carnielli.

A família está na quarta geração no Estado, e teve início com a chegada em 1888 dos irmãos Domenico e Giovanni, filhos de Francesco Carnielli, vindos de Vêneto, província de Treviso, na Itália. Hoje, Lorenzo que tem a companhia do pai Leandro Carnielli, e também Antônio Carnielli e Pedro Carnielli na administração dos negócios.

“Desenvolvemos muito na agroindústria de laticínios e hoje produzimos e vendemos na loja dentro da fazenda queijos, socol, cafés especiais, fubá, entre outros alimentos. Os visitantes podem degustar todos os nossos produtos, incluindo os queijos premiados”, disse Lorenzo.

Imagem ilustrativa da imagem Herdeiros inovam e investem em novidades nas fazendas
“Quando se fala em sucessão familiar, ainda há alguns paradigmas a serem rompidos. O programa Herdeiros do Campo é de extrema importância para o desenvolvimento e continuidade do setor do agronegócio capixaba. Mas muitos produtores, muitas famílias são refratárias quando se fala nesse assunto. Depois da primeira turma formada, quando viram os resultados positivos e a importância do processo sucessório, já tinha famílias para formar cinco turmas”. - Júlio Rocha, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) |  Foto: Divulgação

Ele contou também que agregou toda a sua experiência e qualificação para agregar nos negócios da família e com tecnologia para otimizar muitos dos processos de produção.

“Abrimos a fazenda em 1987 para visitação, quando um dos meus tios se formou e trouxe o que tinha de tecnologia naquele período para ser aplicado na fazenda. Hoje é um grande sucesso”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: