Como fica o Pix com as novas mudanças
Entre as novidades em vigor está a limitação de transferências para até R$ 200, cada uma, por um dispositivo que não esteja cadastrado
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As novas regras para a utilização do Pix para transações bancárias já estão valendo. Com normas mais rígidas, as mudanças feitas pelo Banco Central têm como objetivo garantir maior segurança nas transações para impedir fraudes.
Entre as novidades já em vigor está a limitação de transferências para o valor de até R$ 200, cada uma, por um dispositivo que não esteja cadastrado nos sistemas bancários. Nesses equipamentos, o limite diário é de R$ 1.000.
Já as operações que superarem esse valor agora só podem ser feitas por meio de um telefone ou de um computador previamente cadastrados pelo cliente junto à instituição financeira.
A exigência de cadastro vale apenas para os celulares e computadores que nunca tenham sido usados para fazer Pix, esclareceu o Banco Central. Para os dispositivos atuais, nada mudou.
Além das novidades ao usuário, as instituições financeiras agora precisam melhorar as tecnologias de segurança. Elas devem adotar soluções de gerenciamento de fraude capazes de identificar transações Pix atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, com base nas informações de segurança armazenadas no Banco Central.
Os bancos também precisam informar aos clientes, em canal eletrônico de amplo acesso, os cuidados necessários para evitar fraudes. Além disso, devem verificar, pelo menos a cada seis meses, se os clientes têm marcações de fraude nos sistemas do Banco Central.
As medidas, segundo o BC, permitem que as instituições financeiras tomem ações específicas em caso de transações suspeitas ou fora do perfil do cliente. Elas poderão aumentar o tempo para que os clientes suspeitos iniciem transações e bloquear cautelarmente Pix recebidos.
Em caso de suspeita forte ou comprovação de fraude, as instituições poderão encerrar o relacionamento com o cliente.
O BC também anunciou que o Pix Automático será lançado em 16 de junho do ano que vem. A modalidade facilitará as cobranças recorrentes de empresas, como concessionárias de serviço público (água, luz, telefone e gás), empresas do setor financeiro, escolas, faculdades, academias, condomínios, planos de saúde, serviços de streaming e clubes por assinatura.
SAIBA MAIS
As mudanças
> Na prática, as mudanças limitam os valores a serem transferidos por celulares ou computadores não cadastrados.
> Ou seja, se o aparelho nunca realizou uma transação via Pix, as transferências serão limitadas a:
> R$ 200 por transação;
> R$ 1.000 na soma de todas as transações no dia.
> Os limites valem até que o usuário confirme junto ao banco que aquele novo aparelho pode ser liberado para transações maiores.
> As regras são apenas para aparelhos novos. Portanto, quem já usa o Pix em um celular ou computador atualmente não será impactado, a menos que troque de aparelho ou queira usar uma outra chave.
> Com as novas regras, mesmo com login e senha, o fraudador não conseguirá realizar transferências maiores que R$ 1.000 ao dia a partir de um celular ou computador novo.
Mais segurança
> A norma também determina algumas medidas de segurança para os bancos, que deverão:
> Gerenciar riscos de fraude, identificando transações via Pix atípicas ou diferentes do perfil do cliente;
> Disponibilizar em seus sites informações sobre como evitar fraudes;
> Verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se os seus clientes têm marcação de fraude junto ao BC.
> O Banco Central espera que, em caso de cliente que tenha cometido fraudes anteriormente, os bancos:
> Encerrem o relacionamento; ou usem limite diferenciado para autorizar transações iniciadas, além de bloqueio para transações recebidas.
Pix por aproximação
> A apresentação do Pix por aproximação foi feita ontem em São Paulo. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto detalharam a funcionalidade que chega primeiro para os usuários das carteiras digitais (wallets) do Google e para todos os usuários do Pix em fevereiro de 2025.
> Os pagamentos vão ser realizados aproximando o celular do terminal de pagamento (maquininha), usando contas bancárias previamente integradas à Carteira do Google. O recurso é ativado a partir da tecnologia NFC (Near Field Communication).
> A solução, que foi desenvolvida em conjunto com a Rede Itaú e foi testada em terminais da marca, poderá ser adotada por quaisquer adquirentes do mercado que queiram oferecer a funcionalidade.
> Feito o vínculo de conta, ao fazer um pagamento, o consumidor deve desbloquear o celular, aproximar o celular com a tecnologia NFC da máquina de quem vai receber o pagamento e seguir os passos indicados pela carteira.
> Inicialmente, apenas celulares Android terão a função. Por enquanto, o Pix por aproximação via Google está disponível para clientes PicPay e C6. Nas próximas semanas, também para clientes Itaú.
> O lançamento de forma ampla do Pix por aproximação está programado para 28 de fevereiro de 2025.
> As regras do Pix por aproximação foram aprovadas em julho pelo Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN).
> Depois disso, o Banco Central firmou a parceria que permite, nesse primeiro momento, aos usuários do Google Pay realizar transferências de valores e pagamentos por meio do Google Pay.
Fonte: G1
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