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Economia

“Combustível do futuro” pode prejudicar os carros mais antigos

Aprovado no Senado, projeto aumenta para até 35% quantidade de etanol, o que é criticado por especialistas


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Imagem ilustrativa da imagem “Combustível do futuro” pode prejudicar os carros mais antigos
Abastecimento: carros só a gasolina podem sofrer corrosão |  Foto: Canva

O Senado aprovou o projeto de lei do “combustível do futuro”, que altera os percentuais mínimos e máximos de mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no óleo, e que estabelece o incentivo ao diesel verde e ao combustível sustentável.

O novo percentual, que pode chegar a 35%, é prejudicial aos veículos mais antigos e movidos somente a gasolina, segundo os especialistas. A nova quantidade de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol.

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Presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado (Sindirepa ES), Diego Receputi, destacou que esses veículos podem ter problemas mecânicos como desgaste do motor, corrosão das peças — o etanol é mais corrosivo, pode danificar principalmente mangueiras e sistema de injeção — , e a alta concentração de etanol pode atrapalhar o funcionamento do módulo.

Além disso, o aumento do percentual de etanol na gasolina pode levar a problemas em peças de injeção, com desgaste nas peças, principalmente velas e cabos, e bomba de combustível, devido a passagem de combustível. Também pode danificar por conta da corrosão do etanol:

“Nos motores flex, muda muito pouco. Eles já foram desenvolvidos para rodar no etanol e gasolina”.

Aumentar a proporção de etanol terá consequências para donos de carros movidos apenas a gasolina e quem tem carro flex , segundo Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

No caso dos donos de carros flex, o motorista vai sentir o impacto apenas no bolso. No caso de carros somente a gasolina, problemas mecânicos podem surgir.

“Para o flex, o consumo de combustível vai aumentar, considerando que o poder calorífico do etanol é menor”, afirmou Gonçalves. Em outras palavras, o proprietário de um carro flex que enche o tanque com gasolina vai notar uma redução na autonomia total. Porém, a situação é mais complicada para carros a gasolina, especialmente os mais antigos.

“A solução seria disponibilizar aos donos de carros antigos um combustível com mais gasolina na mistura. O problema é que a gasolina premium é mais cara”, disse.

Entenda

O projeto

O projeto de lei que estabelece o novo marco regulatório do setor de biocombustíveis, o chamado “combustível do futuro”, aprovado no Senado, tem como meta a descarbonização da matriz energética brasileira. A proposta altera os percentuais mínimos e máximos de mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no óleo e estabelece o incentivo ao diesel verde e ao combustível sustentável.

Como o projeto passou por alterações na tramitação no Senado, a matéria precisa retornar à Câmara dos Deputados para ter sua deliberação concluída.

Carros mais antigos

Muitos veículos antigos foram calibrados para rodar com 22% de etanol na mistura da gasolina. Elevar a proporção a 35% vai exigir cautela.

Podem acontecer ataques a materiais e corrosões de borrachas e elastômeros. Além disso, há suspeitas de que certos carros podem falhar por intervenção dos próprios sensores, que não reconhecem o combustível, segundo Rogério Gonçalves, da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Veículos mais antigos podem ter problemas mecânicos como desgaste do motor, corrosão das peças, no sistema de injeção, em peças de injeção e na bomba de combustível, segundo Diego Receputi, do Sindirepa.

Fonte: Agência Senado, AEA e Sindirepa-ES.

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