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Economia

As profissões que terão vagas na futura fábrica da Suzano

Operação da nova fábrica de papel da multinacional em Aracruz vai precisar de 200 profissionais. Veja quais serão necessários


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Imagem ilustrativa da imagem As profissões que terão vagas na futura fábrica da Suzano
Representantes da Suzano e autoridades na solenidade de lançamento da pedra fundamental da fábrica, que começa a funcionar no ano que vem |  Foto: Oziel Ferreira da Rocha

Com capacidade para produzir 60 mil toneladas por ano de papel tissue – usado para fabricação de papel higiênico –, a nova fábrica da Suzano, em Aracruz, vai abrir 200 vagas de emprego a partir do ano que vem, quando será iniciada a operação.

Entre as profissões que serão demandadas estão operadores de máquina e de empilhadeira, engenheiros, técnicos de manutenção e de segurança do trabalho, auxiliares administrativos e técnicos de laboratório.

Com uma produção altamente automatizada, a fábrica ainda irá converter 30 mil toneladas por ano de papel no produto final: papel higiênico das marcas Mimmo, Max Pure e Neve.

As informações foram passadas ontem, durante solenidade de lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de papel tissue em Aracruz, que conta com investimento de R$ 650 milhões.

Estiveram presentes no evento o governador do Estado, Renato Casagrande e o vice-governador, Ricardo Ferraço, além de representantes da Assembleia Legislativa, da prefeitura de Aracruz e de instituições da sociedade civil.

A fábrica de papel faz parte de um pacote de investimentos anunciado pela empresa, que soma R$ 1,17 bilhão. Está incluída a nova caldeira de biomassa, projeto já em execução, que aumentará a eficiência energética da fábrica.

O atual CEO da Suzano, Walter Schalka, destacou que a previsão é que a partir de julho do próximo ano a nova fábrica já deve iniciar a conversão de papel em papel higiênico. “De julho a outubro, vamos começar a linha de conversão, usando bobinas trazidas de Mucuri para converter aqui”.

Já em outubro do ano que vem, a fabricação de bobinas de papel deve ser iniciada já em Aracruz.

O futuro CEO da Suzano, Beto Abreu, que deve assumir o cargo nos próximos meses, enfatizou que a unidade tem todas as condições competitivas de ter novos investimentos no longo prazo.

O governador Renato Casagrande abordou a evolução da Suzano no Espírito Santo nos últimos anos, agregando valor à produção.

Ele destacou a importância do fortalecimento da atividade industrial para o crescimento da economia capixaba.

CEO destaca a unidade de Aracruz: “Mais competitiva”

Durante o evento de lançamento da pedra fundamental da fábrica de papel tissue, o atual CEO da Suzano, Walter Schalka, destacou o potencial de Aracruz. “Aracruz pode ser, e deve ser, ao longo do tempo, a fábrica mais competitiva da Suzano. Estamos a apenas 2 km do Portocel”, destacou ele, fazendo referência ao porto por onde a produção é escoada.

Schalka ainda apontou o sonho de investir no futuro em uma fábrica de bio-óleo. “Certamente, quando tiver de ser realizada, será aqui. Mas ainda depende de ampliar a base florestal. A gente precisa de madeira para produzir o bio-óleo. Então, nós estamos fazendo investimento na base florestal para que a gente possa estar pronto para fazer investimento na unidade de bio-óleo”.

Para o futuro, ele não adiantou planos, mas reforçou que a empresa tem olhos voltados para outras áreas. “Está havendo duas migrações no mundo. A primeira a gente chama de 'fiber to fiber', que é sair da fibra longa para fibra curta.”

Ele explicou que a fibra longa usa florestas nativas e vêm sendo cada vez mais substituídas pelas fibras curtas, de florestas plantadas, como as produzidas pela Suzano.

“E a fibra curta vem evoluindo em qualidade. Aracruz tem trabalhado bastante em relação a isso. Aliás, é hoje o único fornecedor dos maiores players de tissue dos Estados Unidos. E nós podemos fazer essa substituição de uma forma global”. A segunda questão, segundo ele, é que há uma visão de longo prazo de substituir materiais fósseis.

Papel para vários estados

O papel higiênico produzido no Espírito Santo, de marcas como Mimmo, Max Pure e Neve, vai abastecer o mercado de outros estados do País.

O atual CEO da Suzano, Walter Schalka, lembrou que até recentemente o Espírito Santo era importador de papel tissue – usado para a fabricação do papel higiênico.

“Não existiam plantas competitivas, de dimensão significativa, que produziam esse tipo de papel no Estado. A partir dos investimentos, o Estado passará a ser exportador de papel higiênico para vários outros locais”.

Ele apontou que a produção deve ser destinada ao Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, além de parte do Centro-Oeste, parte para o Sul do País.

Ele reforçou, ainda, que o Espírito Santo passará a ter toda a cadeira. “Saímos de produtor de celulose e passaremos a produzir papel tissue, saindo daqui o produto final, que são rolos de papel higiênico”.

Ele destacou que da unidade de Aracruz vai produzir 60 mil toneladas de papel tissue por ano. Desse total, 30 mil toneladas serão convertidas em Aracruz no papel higiênico e outras 30 mil serão convertidas na fábrica de Cachoeiro de Itapemirim, já funcionando.


Saiba mais

Nova fábrica

A Suzano está investindo R$ 650 milhões na construção da fábrica de papel tissue – material de alta absorção usado na fabricação de papéis sanitários – em Aracruz.

Além da produção de papel, a empresa também fará a sua conversão em papéis higiênicos das marcas Mimmo, Max Pure e Neve.

Em Aracruz, serão produzidas 60 mil toneladas/ano de papel tissue.

A produção será convertida em 30 mil toneladas/ano de papéis higiênico. A fábrica de Cachoeiro de Itapemirim, cuja capacidade de produção também é de 30 mil toneladas/ano, é abastecida hoje com tissue vindo de outras unidades da Suzano, mas passará a utilizar o papel produzido em Aracruz.

Empregos

Durante o período de obras, que está em fase de terraplanagem, a nova fábrica vai gerar 300 postos de trabalho.

Após o início da produção, cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas serão geradas.

As chances são para cargos operacionais, administrativos e de manutenção, de níveis médio e superior.

A contratação será feita a partir do início do ano que vem, por meio de parceria com instituições especializadas para qualificar os trabalhadores que vão atuar na operação da nova fábrica.

Será priorizada a contratação de pessoas da região das proximidades do empreendimento.

Alguns profissionais necessários para operação

Operadores de máquina

Operadores de empilhadeira

Engenheiros

Técnicos de manutenção

Técnicos de segurança do trabalho

Auxiliares administrativos

Técnicos de laboratório

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