X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Como conviver com glaucoma e evitar a perda de visão

Especialistas explicam que tratamento da doença é feito com colírios, cirurgia ou laser para drenar excesso de líquido


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Como conviver com glaucoma e evitar a perda de visão
Regina Célia Araújo procurou ajuda médica por conta de uma sensação de areia nos olhos |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Uma doença que pode levar à perda da visão e que, na maioria das vezes, é silenciosa. O glaucoma causa lesão progressiva no nervo óptico devido a vários fatores, sendo que o principal é o aumento da pressão do olho.

“A pressão do olho aumenta machucando o nervo óptico e diminuindo a visão periférica progressivamente até cegar completamente, se não tratado. É a maior causa de cegueira irreversível no mundo”, afirma o médico especialista em Oftalmologia Sandro Rotunno.

“A pressão do olho aumenta machucando o nervo óptico e diminuindo a visão periférica progressivamente até cegar completamente, se não tratado. É a maior causa de cegueira irreversível no mundo”, afirma o médico especialista em Oftalmologia Sandro Rotunno.

Leia mais sobre Cuide-se Bem

Ele explica que a pessoa vai perdendo a visão periférica aos poucos, sem perceber. Em fases mais adiantadas, vai tropeçando e esbarrando nas pessoas.

“Se o glaucoma progredir, pode ocorrer a visão em túnel, apenas na parte central e posteriormente, a cegueira definitiva. Em casos de pressão intraocular mais alta, dor ocular e de cabeça, pode haver halos ao redor das luzes, visão turva, além de náuseas e vômitos”.

Sandro Rotuno observa que o aumento da pressão do olho é causado pela produção excessiva de humor aquoso, o líquido do olho, ou a diminuição de sua drenagem.

O médico observa ainda que o diagnóstico é feito através de consultas de rotina com o oftalmologista. “Na consulta, se observamos uma suspeita de glaucoma, podemos lançar mão de exames mais aprofundados”.

O tratamento, segundo o médico, depende da causa. Ele explica que no glaucoma primário de ângulo aberto geralmente inicia-se com colírios. Há também um laser feito para aumentar a drenagem.

“E quando o tratamento clínico não é efetivo em barrar a progressão, pode-se recorrer às cirurgias filtrantes, como a trabeculectomia, o implante de tubos especiais ou de outros dispositivos para melhorar a drenagem”, explica.

A gerente do setor de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, Fernanda Lopes de Almeida, destaca que o glaucoma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas tem tratamento para controlar a progressão.

“O tratamento começa com o uso de colírios para reduzir a pressão ocular. Se os colírios não forem eficazes ou o paciente tiver dificuldade em seguir o tratamento, a cirurgia pode ser uma opção”, afirma.

Consultas e tratamento com colírio

Uma sensação de ter “areia” nos olhos fez com que a aposentada Regina Célia Araújo da Costa, de 68 anos, procurasse um médico.

“Ninguém fazia o teste de pressão”, disse Regina, que ficou meses sem o diagnóstico correto.

Após uma nova consulta, uma médica suspeitou da doença e começou a passar colírio. A partir disso, a situação começou a melhorar.

Regina passou por uma ação com oftalmologistas e foi encaminhada para o Hospital Evangélico de Vila Velha, onde faz tratamento.

“Eu tive a visão muito afetada no olho direito, 60%. E, no esquerdo, 20%. Com o tratamento no hospital, o problema se estabilizou”.

A aposentada conta que foram feitos exames especializados e que recebe um colírio para seu tratamento. “O tratamento é ótimo, hoje eu me sinto bem”.


Maioria dos pacientes tem mais de 40 anos

Imagem ilustrativa da imagem Como conviver com glaucoma e evitar a perda de visão
Sandro Rotunno: faixa etária |  Foto: Arquivo / AT

A faixa etária mais acometida pelo glaucoma é a partir dos 40 anos. A partir dos 60 anos, a chance é seis vezes maior, afirma o médico especialista em Oftalmologia Sandro Rotunno.

O mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto, que corresponde a mais da metade dos casos e é o mais silencioso, segundo o médico.

“Há também o glaucoma primário de ângulo fechado, no qual a pressão intraocular pode subir bastante e rápido. Neste, pode haver sintomas, como dor ocular e de cabeça, olhos vermelhos e náuseas e vômitos”.

A gerente do setor de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, Fernanda Lopes de Almeida, explica que o hospital é habilitado para ofertar colírios para os pacientes do programa de glaucoma, conforme prescrição médica.

“Os pacientes do programa de glaucoma retiram esses colírios no hospital e têm consultas a cada três ou seis meses, dependendo da orientação médica. Se o tratamento com colírios não for suficiente, existe a indicação de uma cirurgia, que pode incluir o uso de laser (como a iridotomia) ou procedimentos cirúrgicos, como a trabeculectomia”.

O serviço de Oftalmologia do Hospital Evangélico é totalmente pelo SUS. O paciente primeiro deve ir até a unidade de saúde, onde será encaminhado a um oftalmologista. O agendamento da consulta é feito pela Secretaria de Estado da Saúde.

Em 2023, o Hospital Evangélico disponibilizou 13.560 consultas para pacientes em tratamento clínico de glaucoma com colírios e 3.120 consultas para aqueles que precisaram de tratamento cirúrgico.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: