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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Sedentarismo e risco de câncer

Confira a coluna desta sexta-feira (17)

Virgínia Altoé Sessa | 17/04/2025, 11:12 h | Atualizado em 17/04/2025, 11:12

Imagem ilustrativa da imagem Sedentarismo e risco de câncer
Virgínia Altoé Sessa é médica oncologista

O risco aumentado de doenças está relacionado a muitos fatores ligados ao estilo de vida, e quase no topo da lista desses agentes que desencadeiam enfermidades está o sedentarismo. Estudos científicos associam a falta de atividade física regular a diversas patologias, inclusive o câncer. Uma pesquisa da publicação científica Cadernos de Saúde Pública revelou que 72,5% dos brasileiros com câncer têm uma vida sedentária.

Já um outro estudo, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), apontou que até 10 mil casos de neoplasias malignas poderiam ser evitados no Brasil, caso a população praticasse mais exercícios físicos.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que os casos de câncer devem aumentar 77% até 2050 em todo o mundo, e um dos fatores que contribuem para esse salto é a obesidade, além do tabagismo e crescimento populacional. E vale lembrar que o excesso de peso corporal está diretamente ligado ao sedentarismo.

Diante de projeções tão preocupantes, a prevenção se torna um fator cada vez mais indispensável, como já é nos dias de hoje. E quanto mais investirmos nossa vida e nosso tempo em práticas preventivas, mais nos afastamos dos riscos.

Estudos científicos reforçam, a cada descoberta, que o estilo de vida de cada um de nós pode impactar no aumento ou na redução dos casos de câncer.

O envelhecimento populacional, uma das causas associadas ao risco aumentado de tumores malignos, é inevitável. Portanto, quanto mais cedo se investe na prevenção, maiores são as chances de se envelhecer bem, desfrutando de uma longevidade sadia e usufruindo de tudo que a terceira idade tem a oferecer.

Para isso, contudo, é preciso empregar esforços em prol de uma vida saudável. E, muitas vezes, isso implica em disciplina, renúncias e em estar aberto a ressignificar prioridades, como abandonar vícios, acordar mais cedo para fazer uma atividade física, até sacrificar alguns prazeres para sair do sedentarismo, se alimentar corretamente e contribuir ativamente para se manter afastado de doenças.

E podemos ir para além da prevenção. Pesquisas já mostram que a prática de atividade física também ajuda quem está em tratamento oncológico. Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine concluiu que pessoas regularmente ativas apresentam riscos mais baixos de progressão e morte por câncer.

Após acompanhar o tratamento de pacientes oncológicos na África do Sul, o estudo descobriu que as chances de evolução da doença foram 27% menores entre indivíduos com nível moderado a alto de movimento na rotina, na comparação com os sedentários.

O risco de morte foi 47% menor entre os mais ativos em comparação aos que não praticam nenhuma atividade.

É no agora da vida que podemos contribuir para construir um futuro diferente das projeções que nos amedrontam. Que o desejo de viver longos anos inspire a cada um de nós a se mover, literalmente, em direção a uma vida com saúde e longevidade.

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