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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Como manter a relevância da empresa em contextos de incerteza

A inovação não é um ponto de chegada, mas sim uma jornada constante da empresa

Pollyana Rosa Polez é diretora de Inovação do Base27 | 15/04/2025, 21:32 h | Atualizado em 15/04/2025, 21:32

Imagem ilustrativa da imagem Como manter a relevância da empresa em contextos de incerteza
|  Foto: Reprodução

A inovação já deixou de ser um diferencial para se tornar item de sobrevivência nas empresas. Entretanto, é visível o paradoxo que existe entre a necessidade de inovar e a redução dos investimentos nesta área. A única justificativa plausível é a falta de materialidade dos resultados obtidos pela inovação em um contexto tão pragmático como o que vivemos. Separei alguns aprendizados que obtive nos últimos anos sobre empresas que se mantêm relevantes em três eixos: estratégia, inovação aberta e tecnologia.

Empresas relevantes não tratam a inovação como uma área dissociada do restante. Pelo contrário, a inovação é tão integrada com as demais que, às vezes, a estratégia de inovação é a própria estratégia organizacional, ou vice-versa. Costumo falar que a inovação não pode ser uma tarefa além daquelas do cotidiano, e que deve estar presente na operação do dia a dia para gerar resultados consistentes.

Uma abordagem que resume perfeitamente como as empresas criam vantagens competitivas sustentáveis é convocar todas as áreas a inovar, um exercício que une a estratégia da empresa a uma cultura consolidada. Ou seja, toda ação da empresa é observada como quem procura o que pode ser melhorado.

Já a inovação aberta é uma velha conhecida quando se trata de lançar desafios e realizar “scouting” de startups, modelo de open innovation que traz soluções externas para dentro da empresa. Porém, um mecanismo pouco explorado é o que acopla tanto a entrada como a saída de soluções, onde a empresa cria o seu próprio ecossistema. Além de realizar projetos para solucionar os seus problemas, a tendência é escalar soluções para os clientes com uma rede de parceiros e acelerar o desenvolvimento de novas ofertas.

O oferecimento de soluções adjacentes ao seu negócio a partir de parcerias com outras organizações, que detém essas expertises, amplia a capacidade de inovação e também exponencializa as vendas para novos mercados de maneira mais rápida. Tive a oportunidade de conhecer como grandes potências, como Gerdau e BASF, têm aplicado este conceito e percebo que a cocriação é um pilar essencial das empresas relevantes.

Sobre o último eixo, estar preparado para novas tecnologias é requisito para manter a relevância. Tenho como exemplo a computação quântica, que roubou os holofotes do primeiro trimestre com o lançamento do chip da Microsoft. O que sabemos até agora é que essa tecnologia processa dados em uma velocidade quase instantânea, influenciando diretamente a evolução de pesquisas, testagem de hipóteses e até a aplicação da Inteligência Artificial (IA). O que isso implica a médio prazo para as empresas é a necessidade de se preparar para os desdobramentos dessa tecnologia.

Se por um lado, utilizar a computação quântica pode ser uma vantagem competitiva para resolver problemas complexos, por outro, é um risco enorme para a segurança digital. Sabemos que do dia para a noite, tudo muda com a viralização de uma nova tecnologia e é provável que o que conhecemos sobre criptografia se torne obsoleto com a capacidade de quebrar códigos da computação quântica.

De forma resumida, a perpetuidade da relevância passa por entender que a inovação não pode estar separada enquanto o restante da empresa trabalha no que gera receita; inovar sozinho perdeu de vez o espaço para quem quer alcançar resultados exponenciais; e a aplicação e o impacto de novas tecnologias não é mais opcional para as empresas. Por isso, estar em um ambiente estratégico, como um hub de inovação, para que as empresas aprendam umas com as outras, façam conexões de valor e se preparem para os desafios emergentes é essencial. Afinal, a inovação não é um ponto de chegada, mas sim uma jornada constante da empresa.

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