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Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

Colunista

Cláudio Humberto

Governo acredita em avanço de pacote anti-STF

Coluna foi publicada nesta segunda-feira (02)

Cláudio Humberto com colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos | 02/09/2024, 14:28 h | Atualizado em 02/09/2024, 14:28

A avaliação dentro do governo Lula é de que o pacote com propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) tem tudo para avançar na Câmara e, mais do que isso, com votos da base governista. Este já era o diagnóstico após a decisão do ministro Flávio Dino que pressionou o governo federal ao estipular 15 dias para que os ministros de Lula se virem e combatam os incêndios que destroem parte do País. Decisão de Alexandre de Moraes sobre o “X” agravou o quadro.

Por pouco

Na proposta sobre decisões monocráticas, tramitando na Câmara, só aos 45 do segundo tempo o governo conseguiu vista. Rejeição, impossível.

Chove no molhado

Além do desgaste ao governo Lula, pouco muda. Boa parte do fogo está em área que não é da União e o pedido por Dino já estava sendo feito.

Interesse em alta

Outra proposta que ganhou atenção nos últimos dias é o fim do foro privilegiado, que retira do STF o julgamento dos parlamentares federais.

PL e PT são o que mais faturam multas eleitorais

Partidos que mais recebem verbas do fundão partidário e do fundão eleitoral, PL e PT também são os partidos que recebem os maiores valores decorrentes das multas eleitorais. Tudo porque o “Fundo de Assistência Financeira a Partidos Políticos”, nome de batismo do fundão partidário, é constituído por verbas do Orçamento, doações eventuais e também por “multas e penalidades pecuniárias” aplicadas. O PL levou R$5 milhões pagos em multas eleitorais em 2024, e o PT, R$ 3,7 milhões.

Top 3

O União Brasil, que tem três ministérios na Esplanada de Lula, fecha o pódio com R$ 3 milhões.

Calma, piora

O pior é que partidos estão autorizados a usarem verbas do fundão para pagar suas dívidas, após a aprovação da PEC da Anistia dos Partidos.

Tem para todos

Rede e PV são os partidos que menos receberam verbas oriundas de multas eleitorais. Ainda assim, levaram R$ 321 mil cada.

Era ruim, mas era bom?

Se o STF e ministros como Alexandre de Moraes têm tanta raiva do “tóxico” X, deveriam ter desativado suas contas na rede social. Mas as mantiveram até o banimento, e ainda pagando como verificadas.

Escafedeu

Tanto quanto o escândalo denunciado pela Folha sobre os métodos de Alexandre de Moraes na investigação dos seus alvos, também sumiu do noticiário a reviravolta no barraco do aeroporto de Roma.

Cangaço baiano

A Polícia Civil baiana não descarta motivação política em atentado contra a prefeita de Aporá, Carine de Ataíde (Avante), que tenta a reeleição. O motorista da política foi atingido de raspão na cabeça, mas passa bem.

Paraná decola

O governador Ratinho Junior (PSD) celebrou bons números do mercado de trabalho do Paraná, 120 mil vagas entre janeiro e julho deste ano. É o melhor saldo desde 2021.

Reação

A Câmara quer que o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) explique o motivo de o delegado federal Raphael Soares pedir ao “X” dados pessoas do deputado André Fernandes (PL-CE) sem ordem judicial.

Na agenda

No climão provocado pela falta de comunicação ao Senado da escolha de Gabriel Galípolo para o Banco Central, o senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, nem mesmo se falaram para marcar a sabatina.

Cadê o dinheiro?

Famílias de ao menos 52 municípios do Amazonas relatam atraso no pagamento do programa Criança Feliz. O não pagamento fez o deputado Adail Filho (Rep-AM) cobrar o ministro Wellington Dias.


Poder sem pudor

Medo do alto

Afonso Arinos de Melo Franco exercia o pior cargo para quem tinha pavor de avião: ministro das Relações Exteriores de João Goulart. Certa vez, ao concluir uma visita a Portugal, ele foi despedir-se do presidente anfitrião, Américo Tomás, que logo tocou no ponto fraco: “O senhor gosta de avião?” Ele admitiu: “Não muito, excelência.” Ao invés de tranquilizar o chanceler brasileiro, Américo Tomás fez um comentário que o atormentaria durante todo o percurso de volta: “É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...”

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