Vitória vai ter concurso com vagas para educação especial
Prefeitura se prepara para abrir a seleção com 100 oportunidades, sendo 54 para trabalhar com deficiência intelectual e auditiva
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Como forma de reforçar a educação em tempo integral e também a educação especial, a Prefeitura de Vitória se prepara para abrir um concurso público com 100 vagas para o magistério.
O prefeito da capital, Lorenzo Pazolini, destacou que pela primeira vez está sendo realizado um concurso voltado para selecionar profissionais para atuar na educação especial.
“Estamos valorizando os profissionais da educação. Vitória é a cidade com a melhor educação pública entre todas as capitais do Brasil. Agora, vamos trazer a oportunidade de selecionar pessoas vocacionadas, que gostem de cuidar de jovens, que gostem de cuidar de crianças, que vão nos ajudar a manter esses índices”.
Segundo o prefeito, os profissionais também irão atuar na educação de tempo integral.
“Estamos contratando uma instituição seríssima e renomada, que é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para que possamos, através desse concurso público, selecionar os profissionais que queiram e que sejam vocacionados a trabalhar com crianças especiais e também para educação em tempo integral”.
Ampliação
Segundo o prefeito, a ideia é ampliar ainda mais o tempo integral na rede. Ele destacou que somente nos três últimos anos, o município passou de três unidades que ofertavam ensino integral para 30 escolas e creches com a modalidade.
“A nossa ideia é expandir ainda mais educação em tempo integral. Levar isso para mais unidades, para mais territórios, para mais comunidades. Porque a educação é a solução. É o que de fato transforma a sociedade”.
O extrato da contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) como banca organizadora do concurso público foi publicado em dezembro do ano passado.
Ao todo, a previsão é que sejam ofertadas 100 vagas para diversos cargos de professor da educação básica.
Entre as vagas, 54 são para professor de educação especial, para trabalhar, por exemplo, com deficiência intelectual e auditiva.
A previsão é de que o edital seja publicado este mês e de que a prova seja realizada em abril.
O que ele disse sobre...
Obras
“Hoje, Vitória é um canteiro de obras. Nas nove regiões, temos investimento, obras importantes. Um exemplo é uma escola de Inhanguetá, que ficou 20 anos sendo prometida à comunidade. Nós entregamos a escola e ela está funcionando hoje em tempo integral. É ensino de qualidade para os nossos jovens. E a educação de Vitória é modelo para o Brasil. Nós temos a melhor educação pública entre todas as capitais”.
Saúde
“As pessoas não precisam se deslocar aos PAs (pronto atendimentos) em todos os casos, porque sábado, domingo e feriados temos seis unidades de saúde de referência que funcionam. Você vai de bicicleta, vai a pé, vai perto de casa.
Isso desafogou os PAs e humanizou o atendimento da saúde. Foi uma medida assertiva”.
Orla de São Pedro
“É extraordinário poder passar hoje em São Pedro e ver a autoestima do povo. A orla de São Pedro já é uma realidade. A primeira fase já está quase concluída e construída. É uma obra que vai mexer com o turismo, com o eixo de desenvolvimento do Estado.
E nós vamos integrar tudo isso com o canal de Camburi. O nosso desejo, que vai se tornar realidade, é poder caminhar, passear, pedalar desde a Ponte de Camburi e chegar até a Ilha das Caieiras.
Infelizmente, a maioria dos moradores da região continental de Vitória não conhece a Grande São Pedro, não conhece a Ilha das Caieiras”.
Território do Bem
“Temos, por exemplo, uma escola sendo construída no alto do São Benedito. Ali é o Território do Bem, a Poligonal 1. Temos uma obra que foi prometida ali há mais de 15 anos. Nesse tempo, tivemos cinco ordens de serviço dadas, cinco solenidades realizadas nessa escola, lá em São Benedito. E nunca saiu do papel. Não tinha uma lajota, um tijolo, uma coluna. E hoje já é uma realidade o Colégio Paulo Roberto”.
Região de Andorinhas
“O caso de Andorinhas é emblemático. Andorinhas tinha diversos conflitos sociais, atos de violência. E aí as pessoas cobravam uma solução. Eu disse: 'nós temos que investir em educação'. Claro que a presença das forças de segurança é importante, com a integração da Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Rodoviária Federal, Polícia Penal, todos órgãos de segurança.
Mas o que vai mudar de fato a realidade é a educação. Nós levamos educação de tempo integral para dentro de Andorinhas. As mães, os pais, os responsáveis têm orgulho de dizer que os filhos estudam em uma escola em tempo integral.
E eles jamais vão aceitam voltar ao tempo parcial. Essa unidade escolar de Andorinhas, ela mostra a força de como a educação tem capacidade de mudar a realidade social.
Há quanto tempo não temos notícias de confrontos armados ali na região de Andorinhas?”.
Tempo integral
“Em 2021, tínhamos apenas três escolas em tempo integral na cidade. Agora, em fevereiro de 2024, a cidade de Vitória terá 30 escolas em tempo integral. Isso, de fato, é um número absolutamente expressivo”.
Semáforos
“Desde o início da gestão, nós fizemos a substituição das centrais semafóricas. Os semáforos de Vitória, quase todos, via de regra, eram semáforos da década de 80, e eles funcionavam como órgãos autônomos, ou seja, você não tinha contato com a central.
Hoje, nós trocamos esses semáforos, renovamos a central semafórica. Hoje ela, de fato, está ligada on-line, em tempo real, com a nossa central.
Isso permite fazer diversas modificações, algumas até utilizando inteligência artificial. Por exemplo, aquelas câmeras que estão sobre o semáforo, elas não multam. Elas fazem a contagem de veículos e altera o tempo dos sinais.
Ou seja, se em determinado cruzamento você tem mais veículos vindo pela direita, ela muda o tempo para permitir a passagem desses veículos por mais tempo. Isso já é uma realidade na cidade e melhorou muito a fluidez”.
Mergulhão de Camburi
“Tudo correndo bem, no primeiro semestre deste ano vamos assinar o ordem de serviço para iniciarmos a construção do Mergulhão de Camburi. É uma obra extremamente importante para a mobilidade urbana da Grande Vitória e do Espírito Santo, porque ela afeta diretamente a chegada à capital.
Muitas vezes a gente vê no Brasil obras que começam e não terminam, por uma série de questões. A maioria delas porque não tem dinheiro para acabar. Essa obra já está com dinheiro reservado, o dinheiro está em caixa da prefeitura, preparado, só esperando o final da licitação”.
Turismo
“O turismo é fundamental para nós. Com a reforma tributária, você vai ter maior arrecadação, um número maior de tributos para cidades e estados que têm um número maior de população.
O Espírito Santo tem aproximadamente 4 milhões de habitantes. Então, não é um dos maiores estados em nível de população. Qual é a grande alternativa? O turismo.
Por isso, fizemos investimento voltando Vitória para o mar. Vitória ficava de costas para o mar. Então, hoje nós temos diversas obras voltando a cidade para o mar. São Pedro, canal de Camburi e a orla de Andorinhas são exemplos. Isso tudo vai fazer com que a cidade se volte para o mar. Temos agora a área portuária com grandes novidades.
Em conjunto com a iniciativa privada, estamos trazendo um museu para o Porto, revitalizando, ressignificando o centro de Vitória”.
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