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Cidades

Vida a dois: “Não há fórmula para uma relação duradoura”, afirma psicóloga

A psicóloga Fabiana Naitzel também acredita que não existe relação entre duas pessoas que esteja livre de desacordos


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Imagem ilustrativa da imagem Vida a dois: “Não há fórmula para uma relação duradoura”, afirma psicóloga
Maria de Lourdes Machado Cardoso e Robson Santos Cardoso estão juntos há 49 anos |  Foto: Acervo pessoal

“Não há fórmula para que a relação seja duradoura”. É o que alerta a psicóloga clínica Suzana Pittol, presidente Associação de Terapia Familiar do Espírito Santo (Atefes).

“Muitas vezes as brigas ou desentendimentos são necessários para que se reconstrua um novo caminho mais saudável para ambos. Para resgatar a relação, é necessário que haja uma escuta respeitosa. O casal precisa identificar o problema, estabelecer novos acordos e assumir um novo papel a fim de construir uma relação saudável”, enfatiza.

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Um casamento sem problemas ou discussões não existe. Mas a diferença é a dedicação e a boa comunicação entre o casal para resolver as questões.

“Brigas e discussões são normais em qualquer relacionamento, inclusive em casamentos. O que faz a diferença é a maneira como o casal lida com essas discordâncias. Comunicação eficaz e respeito mútuo são fundamentais para superar os desafios”, ressalta o psicólogo Gabriel Portella, da Clínica Núcleo Joy.

A psicóloga Fabiana Naitzel também acredita que não existe relação entre duas pessoas que esteja livre de desacordos.

“Nossas diferenças nos fazem únicos e, muitas vezes, é justamente nossa singularidade que atrai nosso companheiro ou companheira. Por vezes, as pessoas se levam a sério demais e esquecem que a leveza na relação ajuda a carregar o fardo pesado que a realidade já traz a todos”.

E completa: “Há pouca tolerância e gentileza dentro de casa, e isso entristece as pessoas. Mesmo assim, muitos casais conseguem superar os momentos difíceis que, fatalmente, acontecerão. Talvez a maior dificuldade ao fim de uma relação envolva ter que lidar com o sentimento de que talvez tenha se enganado”.

Mas, segundo o psicólogo Alexandre Vieira Brito, professor do Unesc, mesmo com a separação é possível que ex sejam amigos.

“É claro que muitas pessoas preferem, assim que se separam, manter uma certa distância para não haver uma confusão dos papéis. Mas, com o tempo, é possível que se aproximem novamente, e isso acontece muito com ex-casais com filhos”.

Cumplicidade

Os aposentados Robson Santos Cardoso, 73, e Maria de Lourdes Machado Cardoso, 62, têm 49 relacionamento, sendo 43 de casamento e 6 de namoro. São anos de cumplicidade, companheirismo, paciência e romantismo. Os dois contam que já construíram uma família com duas filhas e três netos.

Segundo Robson, não há como evitar desentendimentos, mas quando acontece, que são raros, a conversa é fundamental. “Quando há desentendimento, o melhor é sempre conversar. Ser companheiro e cuidar um do outro também é importante”.

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