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Cidades

Quem é Carlos Gusmão, capixaba que vai disputar a corrida mais difícil do mundo

Carlos Gusmão disputa prova, nesta quinta, na Serra da Mantiqueira, como preparação para a “Badwater”, prevista para julho, nos EUA


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Imagem ilustrativa da imagem Quem é Carlos Gusmão, capixaba que vai disputar a corrida mais difícil do mundo
Carlos conta que descobriu aptidão para correr grandes distâncias quando passou a praticar triatlo |  Foto: Leone Iglesias/AT

Com uma rotina intensa de treinos, que inclui em média 100 quilômetros de corridas semanais, o ultramaratonista capixaba Carlos Gusmão já está preparado para enfrentar um de seus maiores desafios: a BR135 Ultramarathon.

Este percurso, de 217 quilômetros na Serra da Mantiqueira, representa para Gusmão o caminho para a “Badwater”, considerada a maratona mais difícil do mundo, que ocorre nos EUA em julho deste ano.

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A BR135 Ultramarathon, que se inicia em Águas da Prata (SP) e termina em Paraisópolis (MG), é parte integrante do circuito mundial de ultramaratonas em ambientes extremos. Gusmão busca concluir essa prova abaixo de 30 horas, na próxima quinta-feira, data que acontece o desafio.

“ O atleta que completa esse percurso abaixo de 48 horas ganha a qualificação para disputar a prova nos Estados Unidos, nos desertos. Então, eu quero essa qualificação para correr no Vale da Morte dos Estados Unidos”, afirmou o atleta.

Como profissional da área esportiva, o ultramaratonista é técnico esportivo da Prefeitura de Vitória e tem uma assessoria esportiva de corrida de rua em Vila Velha.

Sua paixão pelas longas distâncias começou no triatlo e evoluiu para desafios extremos, incluindo a Spartathlon Ultra Race, na Grécia, onde se destacou como o brasileiro que mais vezes concluiu essa corrida de 246 quilômetros entre Esparta e Atenas.

Além de encarar os desafios físicos, Gusmão se prepara psicologicamente para quase dois dias diretos sem dormir durante a competição, lidando com fome, dores musculares e a adversidade extrema que caracterizam as provas de longa distância.

“Não tem como eu dizer que não vai doer, que não vai ser fácil, porque não é. Dói? Dói muito! Tem que ter muita força de vontade para poder chegar, sei que vou ter de saber lidar com dores, mas estou nessa jornada desde os 20 anos”.

Perfil

Carlos Gusmão

Idade: 44 anos

Natural de Vila Velha, no Espírito Santo.

Pratica esportes desde os 7 anos de idade.

Começou a correr aos 20 anos.

Atividades Atuais: Técnico esportivo da Prefeitura de Vitória.

Único brasileiro que concluiu quatro vezes, em 2014, 2015, 2017 e 2018, a Spartathlon Ultra Race, uma ultramaratona que tem como percurso os 246 km entre as cidades de Atenas e Esparta, na Grécia.

Desafio

Caso consiga qualificação para participar do maior desafio de corrida do mundo, o “Badwater”, essa não será a primeira vez que o capixaba enfrentará os desertos norte-americanos. Isso porque o atleta conseguiu completar a prova em 2013.

“Lá eu fiz 38 horas. Essa vai ser a minha terceira participação na BR 135”, disse. E finalizou: “A primeira vez eu fiz 37 horas. Aí, na segunda, eu fiz 32 horas e consegui a vaga para ir para o deserto”.

Carlos Gusmão: “Sempre busquei desafios cada vez maiores”

O ultramaratonista capixaba Carlos Gusmão está determinado a enfrentar a BR135 Ultramarathon, uma das etapas de um circuito mundial de provas em ambientes extremos. O atleta conversou com a reportagem e disse que sempre buscou desafios em sua vida.

A Tribuna - Que tipo de corrida é a BR135 Ultramarathon?

Carlos Gusmão - "A BR135 Ultramarathon é uma ultramaratona que faz parte de um circuito mundial de provas em ambientes extremos. Com 217 quilômetros de extensão, ocorre na Serra da Mantiqueira, no Brasil."

- Qual é o seu objetivo ao competir na BR135?

"Concluir a prova abaixo de 30 horas para me qualificar para correr na Badwater, nos EUA, conhecida como a ultramaratona mais difícil do planeta."

- Quais foram os tempos de participação que você teve em provas anteriores?

"Nas participações anteriores na BR135, completei a prova em 37 horas na primeira vez e em 32 horas na segunda, conquistando a vaga para competir nos desertos dos EUA, onde conclui a prova em 38 horas, sendo o único capixaba a finalizar e um dos poucos brasileiros."

- Como tem sido a preparação para as competições?

"Nos últimos cinco meses, fiz uma rotina de treinos intensos, correndo cerca de 100 quilômetros semanais."

- Como surgiu o seu interesse pelas maratonas?

"Desde criança pratico diversos esportes, como natação e futsal. Na fase adulta, fui praticar triatlo e percebi minha aptidão para longas distâncias. Sempre busquei desafios cada vez maiores."

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