Motociclista é ferido por linha com cerol na Segunda Ponte
Roberto teve de ser socorrido e precisou levar pontos na região da cabeça, próximo aos olhos. Capacete evitou um acidente pior
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Um supervisor de mergulho profissional teve o rosto ferido por uma linha de pipa com cerol enquanto pilotava uma motocicleta na Segunda Ponte, entre Vitória e Cariacica. Ele estava acompanhado da esposa, que não se feriu. O caso aconteceu no último sábado (7).
Roberto Buequer teve de ser socorrido e precisou levar pontos na região da cabeça, próximo aos olhos. O acidente só não teve maiores consequências por conta do capacete, que impediu que a linha, que estava atravessada na ponte, avançasse mais na sua face. Mesmo assim, o capacete dele também foi danificado.
“Eu estava passando pela alça de Jardim América, na Segunda Ponte. Nessa altura uma linha de pipa estava atravessada na pista e eu acabei passando por ela. Ela ficou agarrada. A única coisa que deu para fazer foi gritar para minha esposa. ‘Linha de pipa, linha de pipa’”, recorda Roberto.
De acordo com ele, a esposa, a artesã Michelle Ruy, já sabia o procedimento que precisava ser seguido. “Eu já tinha falado com ela que isso poderia acontecer para quem anda de moto e ela abaixou atrás de mim”, relata.
“Aí ficou aquela luta ali, eu tentando me livrar da linha, mas não sabia que era um negócio resistente daquele jeito. Eu achava que era algo que sob pressão iria arrebentar. Mas ela não arrebentou e foi entrando até cortar o capacete”, comentou.
A esposa de Roberto, que estava na garupa da motocicleta, conta que ficou desorientada na hora do acidente. “Estava olhando de um lado para o outro e perguntando se ele estava bem, se ele estava cego. Isso não é uma pergunta que se faz, né? Mas eu estava em choque”, conta Michelle.
Roberto foi socorrido pelo Samu depois do acidente. Depois desse episódio, tamanho foi o susto, que Roberto decidiu reforçar os equipamentos de segurança na motocicleta, adicionando as “anteninhas” frontais, para evitar novos acidentes como esse que deixou a mulher dele em choque.
“A gente não pode ficar contando com os outros, né? Então sim, já foi feito nos pedidos, daí a gente vai dar uma melhorada, não vamos dar mole para o azar”, relatou o motociclista.
Proibida a venda e o uso de cerol
Cerol
Proibição vai desde a fabricação, comercialização, uso, porte e a posse de cerol, linha chilena ou linha indonésia e qualquer outro produto utilizado na prática de soltar ou empinar pipa que possua elementos cortantes em sua composição.
Em Vila Velha, por exemplo, quem insiste em vender ou usar a linha pode ser punido com multa superior a R$ 2 mil.
Para Quem comercializa, a multa atinge mais do que o dobro. São mais de R$ 4.100 que a pessoa acaba tendo que tirar do bolso por comercializar ou fabricar a linha.
Se for reincidente, a multa será aplicada em dobro do valor anterior, além da cassação de alvará de localização e funcionamento.
Em Cariacica e na Serra, a proibição também é para quem fabrica, comercializa, usa ou porta linha de cerol ou produtos similares.
Quem descumprir a regra estará sujeito a multa, interdição do estabelecimento e apreensão dos produtos, além de cassação do alvará do funcionamento.
A Guarda Civil Municipal de Vitória informa que presta apoio às fiscalizações. As chamadas “Operações Cerol” são realizadas geralmente durante as férias escolares, quando há um número maior de pessoas utilizando pipas.
Fonte: Prefeituras consultadas.
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