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Cidades

“Maior desafio é manter a harmonia nos condomínios”, dizem síndicos

Além de prezar pela organização dos edifícios, lidar com conflitos do dia a dia faz parte da rotina desse profissional


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Imagem ilustrativa da imagem “Maior desafio é manter a harmonia nos condomínios”, dizem síndicos
Os síndicos Fabiana Primo, Leonardo Nascimento e Juliana Coutinho falaram sobre as maiores dificuldades do dia a dia da profissão |  Foto: Leone Iglesias/AT

Cuidar para que haja sempre harmonia e boa convivência entre os moradores são algumas das funções do síndico, que tem seu dia comemorado nesta quinta-feira (30).

Além de prezar pela organização de condomínios, sejam residenciais ou comerciais, lidar com conflitos do dia a dia que podem atingir centenas, ou milhares de moradores, faz parte da rotina desse profissional.

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“O principal desafio do síndico é harmonizar todo mundo: os moradores, as contas do condomínio, os prestadores de serviços. E você tem de ser um pouco de tudo. Um pouco de psicólogo, de administrador, de interlocutor, tem de ser um pouquinho de cada coisa”, afirma a síndica Juliana Coutinho.

Ela é administradora, tem uma empresa de educação, e é síndica do condomínio onde mora na Praia de Itaparica, em Vila Velha.

A síndica profissional Fabiana dos Santos Primo administra cinco condomínios, totalizando cerca de 500 moradores.

Ela conta que os problemas mais comuns ocorrem porque os condôminos insistem em não respeitar o regimento interno.

“É reclamação de barulho, de animal, de vizinho que jogou o lixo fora do lugar. Hoje a parte comportamental das pessoas é o maior desafio para a gente”.

Fabiana exemplificou um caso ocorrido na semana passada, em que um morador chegou com a mudança faltando 20 minutos para acabar o horário permitido para realizá-la.

“Perguntei se ele iria conseguir fazer em 20 minutos e ele falou que não. Querem transferir um problema que é da pessoa para o síndico”.

O síndico profissional Leonardo Nascimento faz a gestão de dois condomínios em Vila Velha. Somente o Villagio Itaparica, onde mora, são 1.500 moradores.

“Com certeza, um desafio muito grande é fazer a gestão de pessoas. Na gestão de conflitos, a maioria se dá por situações de impaciência, imprudência”.

Leonardo destaca que o recomendado é esperar passar a situação de crise, aguardar um pouco e logo depois fazer a conversa com os moradores.

O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire da Costa, observa que os síndicos visam a trabalhar cada vez com mais eficiência e qualidade.

“Lógico que o síndico não agrada a todos, mas conseguir aproximar as pessoas já é uma grande conquista. Porque, nos condomínios, seus vizinhos também são família”, destaca.

“Comportamento”

A síndica profissional Fabiana dos Santos Primo conta que os problemas mais comuns ocorrem porque os condôminos insistem em não respeitar o regimento interno. “Hoje, a parte comportamental das pessoas é o maior desafio para a gente”, avalia

“Gestão de conflitos”

O síndico profissional Leonardo Nascimento faz a gestão de dois condomínios em Vila Velha.

“Com certeza, um desafio muito grande é fazer a gestão de pessoas. Na gestão de conflitos, a maioria se dá por situações de impaciência, imprudência.”

“Um pouco de tudo”

Para a síndica Juliana Coutinho, o principal desafio do síndico é conseguir a harmonia em todos os setores: os moradores, as contas do condomínio, prestadores de serviço. “E tem de ser um pouco de tudo. Um pouco de psicólogo, de administrador, de interlocutor”.


Saiba mais

Condomínios

Em torno de 4.500 condomínios existem no Espírito Santo. Este número engloba apartamentos, casas e salas comerciais.

Síndicos

Não há informação de quantidade de síndicos eleitos e síndicos profissionais.

Por estimativa, 30% dos condomínios têm síndicos profissionais, pessoas físicas ou jurídicas.

Um síndico pode administrar mais de um condomínio. Todavia, isso está dentro da estimativa de 30%.

O valor mínimo que um síndico deve receber por sua função é de um salário mínimo (R$ 1.320).

Casos curiosos

Um morador pediu imagens de videomonitoramento ao síndico Leonardo Nascimento, suspeitando que estava sendo traído. Como não é permitido entregá-las, o síndico passou a ser perseguido em aplicativos de mensagens e precisou entrar na Justiça.

Mosquitos incomodaram uma moradora, a ponto de ela ligar para a síndica Fabiana Primo para reclamar. “Eu só disse que é um problema geral e que na minha casa também tinha”.

Fonte: Sipces e síndicos entrevistados.


Inadimplentes estão entre 10% e 15% dos moradores

A inadimplência nos condomínios fica em torno de 10% a 15%, segundo o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire da Costa.

Já contando com esse percentual, denominado “inadimplentes fiéis” pela síndica profissional Fabiana dos Santos Primo, ela conta que faz o orçamento dos cinco condomínios que administra e explica que o condomínio precisa ter o necessário para sobreviver.

“Quando acontece de ter alguma obra, aí sim a gente faz uma cota extra. Mas também se a gente ficar pensando muito em cota extra, em aumentar muito o condomínio, a inadimplência sobe”, diz.

O síndico profissional Leonardo Nascimento destaca que, quando assume-se essa responsabilidade e consegue fazer o mapeamento das demandas que o condomínio tem, é possível identificar que existe muito trabalho para colocar no orçamento.

“Isso faz com que você tenha de escolher, fazer um plano de gestão. No caso, aqui nós fazemos um plano de ação das prioridades. Com essas prioridades, a gente comunica aos moradores e, por meio dessas prioridades, vamos executar aquilo que realmente é mais necessário para aquela gestão, para aquele período que você vai estar exercendo o seu trabalho”.

A síndica Juliana Coutinho conta que a inadimplência que, no passado já chegou a 35% em seu condomínio, hoje está em 5%, com medidas como o parcelamento.

“Às vezes, o condômino sempre pagou em dia, mas está com algum problema de saúde, problema de desemprego, tudo. Então, a gente tenta olhar um pouco também para o condômino. E aí eu tento fazer esse papel. Eu não deixo na mão de advogado, não deixo na mão de administrador. Então, a inadimplência hoje, quem cuida sou eu”.

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