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Cidades

“Foram horas de pânico”, diz capixaba na Flórida

Pessoas nascidas no Espírito Santo, mas que hoje moram nos EUA, relatam que precisaram deixar suas casas por causa do fenômeno


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Imagem ilustrativa da imagem “Foram horas de pânico”, diz capixaba na Flórida
Rastro de destruição foi deixado pelo furacão Milton em várias cidades dos EUA. Aline Teixeira disse que nunca viu uma “cena horrível como essa” |  Foto: Agência Estado e acervo pessoal

Embora tenha perdido força ao longo de sua passagem pela Flórida, nos Estados Unidos, o furacão Milton deixou um rastro de destruição por várias cidades, e até esta quinta-feira (10) à noite mais de 10 mortes haviam sido confirmadas.

Capixabas que moram nessas cidades ou estão a passeio ou trabalho revelaram à reportagem como foram os momentos definidos como de sufoco e incerteza.

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Auxiliar de processos imigratórios e manicure, Aline Teixeira, de 31 anos, está há quatro anos na Flórida. Ela conta que precisou sair de seu apartamento, na última terça-feira (08), em Tampa, com o marido e os três filhos, e procurar abrigo na casa de familiares, na cidade de Carrollwood.

“Aqui estávamos seguros e, mesmo assim, aconteceram alguns alagamentos na passagem do Milton, de quarta para quinta-feira. Foram horas de pânico total. Muitos ventos, ventos visíveis. Não estávamos só ouvindo, eles eram visíveis. Foi assustador. Quatro anos morando no estado da Flórida e eu nunca tinha presenciado uma cena horrível como essa”, relata.

Capixaba de Pedro Canário, Aline conta que o furacão deixou seus closets alagados. Devido às ruas alagadas, ela diz que ainda não tem previsão de voltar para a casa.

A advogada Wanusa Athayde Lorenzini, natural de Alfredo Chaves, também precisou sair de casa, em Sanford, na terça-feira. Ela conta que se abrigou em um apartamento em Miami.

“O furacão passou bem em cima da minha casa. Porém, quando chegou, já havia perdido parte da força e não causou nenhum impacto, além da falta de internet e energia. Estou acompanhando a cidade mandar mensagem sobre os alagamentos para retornar com segurança”.

A engenheira de produção Aryane Ferreira, 30 anos, de Vila Velha, está há um mês em Boca Ratón. Apesar de o furacão não ter passado na sua cidade, foi possível sentir seus efeitos. “Tivemos muitos ventos fortes, alguns galhos quebrados e pés de bananeiras tombados, mas nos preparamos para o pior. Estoquei água e alimento”.


O que eles dizem

Imagem ilustrativa da imagem “Foram horas de pânico”, diz capixaba na Flórida
|  Foto: Divulgação
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|  Foto: Divulgação

Especialista explica fenômeno

O Brasil, conhecido por seu clima tropical, está imune a furacões como os que atingem os Estados Unidos? Especialistas apontam que, embora incomuns, o País pode sim enfrentar ciclones tropicais com características semelhantes.

A professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Kyssyanne Oliveira, mestre em Meteorologia, explica que, para ocorrerem os ciclones tropicais, são necessários alguns fatores, como distúrbios atmosféricos, calor no oceano (águas com temperaturas acima dos 26,5°, com profundidade de pelo menos 50 metros), baixo cisalhamento (velocidade do vento entre a superfície próxima ao oceano) e rotação da Terra.

“Quanto mais quente tiver a superfície do oceano, mais combustível o furacão vai ter. É por isso que em tempos de mudança climática, com o oceano absorvendo 90% do calor da atmosfera, ele vai ficando cada vez mais quente”.

Segundo ela, para que o fenômeno ocorra no Brasil, é preciso que ocorram os fatores descritos. “Se tivermos esses ingredientes que falei sobre o Atlântico Tropical, podemos ter o desenvolvimento de um furacão no Brasil, sim”.

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