Estilista de Cariacica brilha em desfile do São Paulo Fashion Week
Mayari Jubini se tornou um dos grandes nomes da moda no País e suas criações vestem celebridades nacionais e internacionais
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A estilista capixaba Mayari Jubini, de 27 anos, diz que veio ao mundo para criar. Desde a infância, sempre teve a certeza de que a criação seria o seu caminho, uma convicção que só se fortaleceu com o tempo. Natural de Jardim América, em Cariacica, a estilista participou pela segunda vez do São Paulo Fashion Week, no último dia 17, com sua grife, a Artemisi.
Nos últimos anos, sua marca tornou-se queridinha entre os famosos. Um exemplo de seu sucesso é o top de borboleta que a cantora Katy Perry usou para divulgar seu novo álbum. O top é um design de Mayari.
Porém, o caminho até o reconhecimento não foi fácil. Desde criança, Mayari já dizia a todos que seria estilista, mas o contexto em que cresceu tornava o sonho distante.
“As portas estavam fechadas para mim, meu contexto era muito distante. Então, o caminho foi muito difícil, mas sempre foi muito nítido para mim que eu ia trabalhar com criação e ser estilista”.
Acreditando em seu talento, perseverou. Fez faculdade de moda no Espírito Santo e seguiu para uma pós-graduação em São Paulo. “Sempre foi muito claro na minha cabeça que eu iria trabalhar com criação e seria estilista. Tudo o que fiz foi para chegar onde sabia que chegaria e onde sempre sonhei estar”, conta.
Foi em São Paulo, aos 24 anos, que fundou sua grife. Na época, mal conseguia comprar tecido suficiente para suas criações, mas seu design criativo e ousado chamou a atenção. Em poucos meses, a Artemisi já vestia Pabllo Vittar. Logo depois, vieram outros nomes nacionais, como Iza, Paolla Oliveira, e em 2023, um e-mail de Demi Lovato.
Como estilista, Mayari busca inspiração além do mundo da moda, especialmente na arte, que sempre fez parte de sua vida. “A arte cresceu comigo e está presente nas minhas criações”.
No São Paulo Fashion Week, Mayari apresentou um desfile que mesclou tecnologia e trabalho artesanal. Na passarela trouxe peças motorizadas, impressão 3D e looks com mais de 70 mil cristais aplicados manualmente.
“No desfile, falamos do futuro através do domínio das mais variadas técnicas. Não limitamos a peça a nada. Por exemplo, nessa coleção, tivemos um look com mais de 70 mil cristais aplicados manualmente. Outro look era movimentado por um motor. Ele, por exemplo, levou cerca de três meses para ser completado. É um trabalho super minucioso e especial. Uma alta moda mesmo”, explica.
“Minhas referências vêm da arte”
A Tribuna: Você sempre sonhou em ser estilista?
Mayary Jubini: Eu sempre soube que queria ser estilista, desde criança eu falava isso. Essa sempre foi uma certeza minha. É uma coisa curiosa por que onde eu morava não conhecia ninguém da moda. Aliás, não conhecia ninguém de nenhuma área criativa.
Hoje você é uma referência no mundo da moda, mas como foi essa jornada até aqui?
O caminho foi muito difícil. Mas sempre foi muito nítido pra mim que eu ia trabalhar com criação e ser estilista. Eu sempre tive muito foco nisso. Tudo que eu fiz na minha estrada, estava determinada a chegar onde eu sabia e onde sempre sonhei em chegar.
Quais são suas referências?
Eu busco muita referência que não seja da moda. Minhas referências vêm muito da arte, em geral, porque ela está comigo desde que eu sou criança. A arte é algo que faz parte de mim. A literatura também me influencia muito e o cinema tem um papel muito importante porque sou muito apaixonada por ele.
Quais são os pilares da sua grife?
A Artemisi tem três pilares principais que são: tecnologia, high fashion e futuro.
Como é o processo de desenvolver uma coleção?
Eu uso várias técnicas nas minhas roupas e cada uma delas exige um estudo enorme. É um processo muito intenso, ele exige muito e me entrego totalmente para fazer uma coleção porque realmente quero apresentar um produto extraordinário. É um processo grande em todos os aspectos.
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