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Cidades

Estado investiga mais 11 mortes por dengue este ano

Governador decretou no Estado situação de emergência e criou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de Arboviroses


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Imagem ilustrativa da imagem Estado investiga mais 11 mortes por dengue este ano
Antes de morrer, a dona de casa Elisceia Cardoso da Silva (destaque), 56, passou por dois hospitais, mas o seu caso se agravou rápido. Seu filho, o soldador Jair Cardoso da Silva da Vitória, 37, contou que a mãe deu entrada no Hospital Geral de Linhares e precisou ser transferida para um hospital em Colatina, onde não resistiu. Ele contou que a mãe foi internada no dia 5 e na madrugada do dia 7, ele recebeu a notícia da morte. “Eu já tive dengue, em meados do ano passado. É triste saber que alguns casos têm sido fatais”. |  Foto: Divulgação/Sesa e acervo pessoal

O agravamento do cenário da dengue no Espírito Santo levou o governo do Estado a decretar situação de emergência em saúde pública.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, duas mortes estão confirmadas e outras 11 estão em investigação. Uma terceira morte pela doença foi confirmada pelo município de Linhares.

Para integrar esforços no combate ao mosquito Aedes aegypti, o governador Renato Casagrande ainda criou ontem o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de Arboviroses, a exemplo do que foi feito na pandemia de covid-19.

O centro terá reuniões semanais de acompanhamento e articulação de ações entre representantes da Secretaria da Saúde, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado e do Instituto Jones dos Santos Neves.

Além disso, o governador anunciou o repasse de R$ 2 milhões aos municípios capixabas, que poderão ser utilizados em apoio às ações de redução de risco e dano causado, de acordo com o Plano de Contingência de cada município.

O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, destacou que o Espírito Santo é hoje o sexto no ranking brasileiro entre os estados com maior incidência da doença, ficando atrás de Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal.

Até o momento, o Espírito Santo já tem 24 mil casos notificados de dengue, mais de 1,3 mil casos notificados de chikungunya e 507 casos notificados de Zika. No ano passado inteiro, quando o Estado passou pela maior epidemia de dengue até aquele momento, foram 192.136 casos notificados e 98 óbitos.

“Quanto às notificações, já ultrapassamos os dados do mesmo período de 2023. Em relação a óbitos, nós temos duas mortes confirmadas: uma criança de seis anos do município de Sooretama e outra criança de 10 anos de Laranja da Terra”.

Linhares teve o primeiro óbito pela doença confirmado: a dona de casa Elisceia Cardoso da Silva, de 56 anos. Outras duas mortes são investigadas, sendo um idoso de 93 anos e uma idosa de 75 anos. Todas as mortes ocorreram este mês.

Em todos os casos, os pacientes tinham comorbidades, como destaca Sônia Dalmolim, secretária da Saúde de Linhares.

Moradores pedem reforço nos fumacês nos bairros

Lideranças comunitárias da Grande Vitória pedem reforço do uso dos carros fumacês pelas ruas para combate ao mosquito.

Em Jardim Camburi, na Capital, o presidente da Associação Comunitária, Bruno Malias, reivindica reforço nas ações, como maior frequência do carro fumacê e presença mais efetiva dos agentes.

Bruno, que também já teve dengue este ano, lembrou ainda que esse é um problema que deve ser resolvido de forma coletiva. “Pedimos que os moradores deixem os agentes entrarem nas suas casas; que síndicos e zeladores recebam e acompanhem as equipes nos condomínios”.

Ele revelou ainda que na próxima semana a Prefeitura de Vitória e a Associação Comunitária irão lançar uma campanha em Jardim Camburi, que é o bairro com maior número de casos, e reforçar a necessidade da ação coletiva.

O presidente da Associação de Moradores da Praia de Itapuã, Valdenilson Lima (Neném Lima), disse que a equipe que trabalha na dengue tem feito um trabalho excelente no bairro, com foco na prevenção e orientação.

“Gostaríamos que o carro fumacê passasse com mais frequência pelo bairro”. Já o presidente da Associação de Moradores de Coqueiral de Itaparica (Amocit), Leonardo Nascimento, pede que moradores também monitorem a presença de mosquitos e denunciem possíveis focos de infestação às autoridades competentes, como secretarias de Saúde e a vigilância sanitária.

Sobre o pedido, o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, destacou que as estratégias de controle do vetor são baseadas, principalmente, no controle biológico, que é a eliminação das larvas do mosquito.

Já o controle químico, com os carros fumacês, por exemplo, só tem 30% de efetividade, já que fatores como temperatura, velocidade do veículo e abertura das janelas, influenciam. “O fumacê também só alcança mosquitos adultos. No Espírito Santo há uma peculiaridade que é uma lei que proíbe um tipo de inseticida usado em outros estados no fumac

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