Dia do Médico: Como a Inteligência Artificial ajuda a acelerar tratamentos
Inteligência Artificial, robótica, telemedicina e diagnósticos personalizados estão entre as novidades que ajudam na medicina
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Salvar vidas. Talvez essa seja a definição mais apropriada para uma das profissões mais antigas: a de médico. Nesta sexta-feira (18) é comemorado o Dia do Médico, data de origem cristã, que foi escolhida em homenagem a São Lucas, médico, que escreveu o terceiro Evangelho do Novo Testamento.
De lá para cá, a medicina avançou em diversas áreas. Se na época do evangelista Lucas os recursos eram escassos, hoje não se pode dizer o mesmo. Inteligência Artificial (IA), robótica, telemedicina e diagnósticos personalizados estão entre as tecnologias usadas na medicina para melhorar o tratamento e diagnóstico de doenças.
Embora a Inteligência Artificial exista há muito tempo, o médico Marcus Vinícius Leitão, diretor de laboratório de inovação, destaca que ela tem avançado nos últimos anos.
“Conseguimos tirar muito proveito dessa tecnologia com os pacientes. Desde a visualização de imagem de exames, resposta de pacientes, até mesmo conseguimos fazer diagnósticos mais precoces. É possível avaliar uma grande quantidade de dados e, com isso, podemos avaliar se o paciente tem uma chance maior de complicação, como diabetes, câncer ou Alzheimer”.
O médico André França, especialista em Operações de Saúde da MedSênior, ressalta que a tecnologia, principalmente os recursos de IA, pode apoiar o processo de inovação contínua dentro do contexto de sustentabilidade no serviço de saúde. “Há uma série de benefícios que esses recursos podem propiciar dentro da área de diagnóstico, terapêutica e de pesquisa, por exemplo”.
Com 32 anos de idade e dois de formação, o médico Thiago Padilha é um desenvolvedor de projetos em tecnologia com experiência em atendimento de emergência, acompanhamento de pacientes internados e atuação como diarista e hospitalista. Há mais de uma década atua em áreas ligadas à programação.
“Acredito firmemente que a tecnologia será o principal determinante de saúde no futuro. A integração entre medicina e inovação tecnológica tem o potencial de transformar radicalmente a forma como prevenimos, diagnosticamos e tratamos doenças”.
O QUE ELES DIZEM
Bancos de dados
Após se formar e se especializar, o médico Marcus Vinícius Leitão, de 46 anos, trabalhou em UTI e se incomodava com o lançamento manual de dados sobre pacientes a cada plantão. Esse foi um dos motivos que o levou a se interessar por estudar bancos de dados e tecnologia, para automatizar relatórios de pacientes. Formado há 19 anos, Marcus carregava desde a infância o sonho de ajudar outras pessoas. “Fui para a área de saúde com um propósito definido”.
Exames avançados
O oftalmologista Eduardo Abib, 42, é formado há 18 anos e vê em sua área grande influência do avanço tecnológico. “Temos, por exemplo, a tomografia de coerência óptica (OCT), um exame mais avançado que permite visualizar, praticamente, todas as camadas internas do olho, com grande precisão, auxiliando no diagnóstico de glaucoma, degeneração macular. Temos ainda a cirurgia a laser para correção de grau. Os lasers têm se tornado cada vez mais precisos e as cirurgias, mais rápidas. Há ainda o uso da Inteligência Artificial, levando a diagnósticos mais precisos”.
Menores incisões
Foi aos 15 anos que o cirurgião cardiovascular Fabrício Otávio Gaburro Teixeira, 49, entrou para a faculdade de Medicina. Aos 21 anos estava se formando e hoje também é presidente da Associação Médica do Espírito Santo (Ames). “Na área de cardiovascular houve uma melhora grande dos materiais, das endopróteses, permitindo cirurgias com menores incisões e até sem incisão por via endovascular. Os meios diagnósticos também avançaram”.
SAIBA MAIS
Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, há 575.930 médicos ativos no Brasil. O número resulta em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, também a maior já registrada e que coloca o País à frente dos Estados Unidos, Japão e China.
No Espírito Santo, há 14.440 profissionais com registro ativo.
Fonte: Conselho Federal de Medicina.
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