Campeão de Matemática, de 12 anos, em “missão” especial na Nasa
Lucca Volnei é o único do Estado que irá para a viagem, marcada para 9 de julho. Lá, vai visitar universidades e construir um foguete
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Após conquistar medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática da Tailândia, uma das mais difíceis do mundo, o estudante capixaba Lucca Volnei Medina Bitti Padilha, de 12 anos, vai embarcar em mais uma aventura proporcionada pela sua dedicação aos estudos.
Aluno do projeto de altas habilidades e superdotação na escola municipal Álvaro de Castro Mattos, em Vitória, ele é o único capixaba que vai encarar essa “missão” na Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), nos Estados Unidos, em julho.
Os pais do menino, a engenheira Valeska Medina e o analista de sistemas Diego Padilha, celebraram essa nova experiência do filho.
“Conhecer a Nasa sempre foi o sonho do Lucca. Então, por isso buscamos esse programa, para que ele pudesse ser direcionado e ver se isso é mesmo o que quer. Como mãe, quero que ele tenha experiências e essa é mais uma vitória”, contou Valeska.
Ele vai participar de um intercâmbio de 12 dias em Houston, no estado do Texas, sendo cinco deles imersos na Nasa, aprendendo mais sobre a metodologia Steam, palavra formada pelas letras iniciais das palavras Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (em inglês).
Essa abordagem busca integrar essas áreas do conhecimento, promovendo a aprendizagem de forma interdisciplinar e contextualizada. Entre as atividades, está a construção de um foguete em grupo e a visitação a universidades.
“Descobri esse programa particular de intercâmbio através do Instagram. Existe um processo seletivo, com bate-papo em inglês para saber se a criança tem condições de ir para outro país, até porque ela vai sozinha com os tutores”, ressaltou a mãe.
Embarcam na viagem 42 tripulantes de 11 a 18 anos. O embarque será dia 9 e o retorno no dia 21 de julho. “Fiquei muito feliz com essa oportunidade. Espero conhecer a cultura americana e pessoas que se interessam por áreas como Engenharia, Física e Matemática, assim como eu”, disse Lucca.
A família já conseguiu patrocínio para pagar os custos com a emissão do visto e as passagens aéreas, além de parte do valor do intercâmbio.
Mas ainda procuram apoio e patrocínio de empresas para custear os gastos restantes. Ao todo, o investimento é de R$ 50 mil.
“Quero muito conhecer astronautas”
A Tribuna- Como é ser o único capixaba a embarcar nessa “missão”?
Lucca Volnei- É muito bacana, porque terei a oportunidade de levar nossa cultura para outro país.
Além da Nasa, espera conhecer o quê?
Pretendo assistir a um jogo de algum esporte local, visitar universidades e conhecer mais sobre projetos de Matemática.
Existe algum setor da Nasa que está mais animado para conhecer?
A área de Engenharia, Física e Matemática, para que eu possa conversar com os profissionais e ver como é o dia a dia deles. Também quero muito conhecer astronautas e, se possível, participar de um treinamento com eles.
Qual profissão pretende seguir?
Estou em dúvida entre Engenharia Aeroespacial e Física, porém, ainda considero a carreira de matemático.
O que a sua dedicação aos estudos já te proporcionou?
Em maio, fui à Tailândia para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática e trouxe medalha de ouro.
No último final de semana, estive no Rio de Janeiro, numa cerimônia com o presidente da República, onde recebi a medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Agora, faço parte do Programa de Iniciação Científica em Matemática.
Sempre se dedicou aos estudos?
Sempre! Nos últimos quatro anos, li quase 300 livros e aprendi inglês por conta própria.
O que te motiva a se dedicar aos estudos?
Eu amo estudar e aprender. O que me motiva é a busca por conhecimento e a oportunidade de conhecer novos assuntos.
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