Acidente no ES: "Parecia um filme de terror”, diz sobrevivente
Marcela Hammer, de 25 anos, estava no banco do carona quando o acidente aconteceu
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Ainda sentindo muita dor e extremamente triste pelo acidente, a consultora de negócios Marcela Hammer, 25 anos, que mora em Cariacica e foi internada em um hospital de Venda Nova do Imigrante, conversou com a reportagem de A Tribuna nesta segunda-feira (08).
Ela, que tem plano de saúde e aguardava ser transferida para um hospital na Grande Vitória, contou o que descreve como um verdadeiro filme de terror, lamentando a perda de amigos.
A Tribuna - Como você está?
Marcela Hammer - "Eu fraturei o fêmur do lado direito e tive fratura exposta no pé esquerdo.
Além das dores físicas, fica a dor psicológica pelos amigos e irmãos que a gente perdeu. Infelizmente, são coisas da vida, a gente não tem como evitar algumas coisas. Ainda não sabemos o que, de fato, aconteceu, mas no momento estamos preocupados com o estado de saúde dos sobreviventes."
- O que se lembra do acidente?
"De nada, pois na hora a gente estava dormindo. Quando acordei, eu estava presa às ferragens. Foram cerca de duas horas para retirar a gente, foram momentos de terror mesmo. Eu fiquei quase duas horas presa às ferragens."
- Qual era exatamente o cenário?
"Era desesperador, parecia um filme de terror. Eu não conseguia gritar porque estava com muita dificuldade de respirar, pois o meu pulmão estava sendo pressionado."
- Estava sentada em qual lugar?
"Eu estava sentada na frente, no banco do carona, e afundou tudo. O banco foi jogado contra o painel da van e o para-brisa ficou todo quebrado."
- Ouvia as pessoas pedindo socorro?
"Ouvia pessoas gritando, pedindo socorro, porque a maioria estava com as pernas travadas, mas eu estava com o corpo inteiro preso.
Fui uma das últimas pessoas a ser retirada porque estava respondendo e eles estavam priorizando quem estava desacordado.
Eu sentia muita dor, se eu não me engano, um policial da PRF (Polícia Rodoviária Federal) ficava me segurando e pedia para eu tentar ficar calma que já iria me retirar dali, mas as minhas pernas continuavam presas. Fiquei o tempo todo orando e pedindo a Deus para eles me tirarem dali logo."
- Conseguia ver o motorista e as outras pessoas?
"Via o motorista, que estava desacordado, e ouvia algumas pessoas pedindo socorro."
- Já foi submetida a cirurgia?
"Ainda não. Continuo no Hospital Padre Máximo, em Venda Nova do Imigrante, e aguardo autorização do plano de saúde para ser transferida para um hospital na Grande Vitória."
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